LOC.: O Brasil registrou 131.900 casos prováveis de dengue na última semana epidemiológica de abril, o que representa uma queda de 55% em relação à semana anterior, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
Mesmo com a redução, o número de casos prováveis da doença neste ano já é mais que o dobro do que o registrado em todo o ano passado. Só neste ano 1.937 pessoas morreram por causa da dengue no país.
O Distrito Federal lidera a lista dos maiores coeficientes de incidência (8320,7) — taxa que estima o risco de ocorrência de casos em uma determinada população, considerando 100 mil habitantes — seguido de Minas Gerais (5795,3) e Paraná (3463,8).
Para aumentar o combate a doenças causadas pelo Aedes aegypti, na tarde desta segunda-feira (29), foi inaugurada em Belo Horizonte a biofábrica do Método Wolbachia, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o governo de Minas Gerais e a prefeitura da cidade. A administração será responsabilidade da Fiocruz.
O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam no inseto. A partir disso, é criada uma nova população de mosquitos, todos com a bactéria, que não são geneticamente modificados e não transmitem doenças.
A unidade, que fica no bairro Gameleira e tem 4 mil metros quadrados, será responsável pela manutenção do ciclo completo dos mosquitos. A previsão é de que a operação seja iniciada em 2025 e a estimativa de produção é de dois milhões de mosquitos por semana.
Reportagem, Yumi Kuwano