A Vida Continua

Saúde
14/11/2019 15:29h

No Amazonas, oito potenciais receptores fazem parte da lista de espera estadual.

Baixar áudio

Doar órgãos pode salvar a vida de quem espera por um transplante. Atualmente, mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No Amazonas, oito potenciais receptores fazem parte da lista de espera estadual.

Esses pacientes aguardam por transplante de córneas, o único procedimento realizado no estado. Os pacientes que precisam de TX de órgãos, como rins, fígado, pâncreas, coração e pulmão são encaminhados para outras Unidades da Federação por meio de TFD (Tratamento Fora de Domicilio) onde são inscritos.

O coordenador da Central Estadual de Transplantes do Amazonas, Marcos Lins de Albuquerque, relata que as maiores demandas dos pacientes do estado são para transplantes de rim, fígado e coração. A secretaria estadual de Saúde negocia o credenciamento do Hospital e Pronto-Socorro da Zona Norte para a realização de transplantes renais.    

E o estado tem o desafio de diminuir a taxa de recusa familiar. Seis em cada 10 famílias amazonenses (63%) se recusam a doar órgãos de parentes com morte encefálica. Esse fator, na avaliação de Marcos Lins de Albuquerque, influencia diretamente no número de transplantes. 

“Hoje, indicações de transplante estão aumentando, por ser um método efetivo. Então, a porta de entrada está aumentando, ou seja, vários novos doentes estão precisando de transplante, Mas a escassez de órgãos continua a ser um gargalo.”

Fabíola de Almeida Cordeiro Pinto, de 30 anos, precisou fazer transplante de córnea, após um ceratocone ter rompido o tecido. A engenheira moradora de Manaus faz um apelo para que todos se conscientizem em prol da doação de órgãos. 

“Graças a Deus, todos nós temos dois olhos. Por mais que estivesse com um olho ruim, eu tinha o outro bom que me permitiu, por exemplo, tirar a primeira habilitação, concluir uma faculdade... Mas, e se fosse um coração, um fígado, órgãos vitais que não podem ser substituídos e viver só com um?”

O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes. 

Se você vive no estado e quer saber como ser um doador ou tirar dúvidas, acesse o site doeorgaos.am.gov.br, ou ligue para o número (92)3643-6340. Repetindo: (92)3643-6340. A Central de Transplantes fica no endereço Av. André Araujo nº 701, Bairro Aleixo, e funciona 24 horas.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral pelo SUS, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante. A vida continua. Doe órgãos. Converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
 

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
14/11/2019 15:00h

De janeiro a junho deste ano, 137 transplantes de córnea e 37 de rim foram realizados.

Baixar áudio

O número de transplantes realizados em hospitais paraenses registrou uma pequena queda. De janeiro a junho deste ano, 137 transplantes de córnea e 37 de rim foram realizados. No mesmo período de 2018, 195 pacientes receberam córnea e 44 transplantaram rim. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde.
Uma das razões para a diminuição é a recusa familiar. Quarenta por cento das famílias brasileiras não autorizam a doação de órgãos de parentes com morte encefálica.

 Atualmente, 1,3 mil possíveis receptores do estado compõem a lista de espera para transplantes: 392 esperam por um rim e 982 por córnea. Os hospitais locais realizam apenas esses dois procedimentos. Os pacientes que precisam de outros órgãos, como fígado, pâncreas, coração e pulmão, são encaminhados para outras Unidades da Federação por meio de TFD (Tratamento Fora de Domicílio) onde são inscritos e o transplante é feito pelo programa de Tratamento Fora de Domicílio.  

O morador de Belém Kattiniz Barbosa, de 33 anos, tomou a decisão, juntamente com a esposa, de doar os órgãos do filho falecido. O gerente de transportes explica a decisão.

“Começamos a perceber, de fato, como foi importante, naquele momento de sofrimento, a gente ter autorizado a doação. Quantas pessoas aquele ato pode salvar. Depois de um ano, consegui falar alguma coisa sobre o que a gente fez e ter contato com pessoas que foram beneficiadas pelo ato que a gente tinha feito.”

O filho de Kattiniz é um exemplo de doador falecido. Este tipo de doador pode ser qualquer paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diagnosticado com morte encefálica, geralmente ocorrida após traumatismo craniano (TCE) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Neste caso, é importante que o desejo de doar os órgãos seja compartilhado com a família.

O outro tipo de doador é o vivo. Este pode doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e a medula óssea, desde que não prejudique a própria saúde. Por lei apenas parentes como avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, netos e cônjuges podem ser doadores.

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Pará, Maria Ierecê Miranda de Carvalho, defende a conscientização das pessoas em prol da doação de órgãos. 

“Frente às recusas, é preciso trabalhar a informação e a sensibilização. Às vezes, a pessoa também tem a informação, mas não está sensibilizada. Então, levamos um depoimento de alguém que já transplantou ou o depoimento de alguma família que doou, e conseguimos fazer essa sensibilização.”

O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes. 

Os hospitais que realizam transplantes em Belém são: o Hospital Universitário Betina Ferro, a Clínica Cynthia Charone, o Hospital Ophir Loyola e o Hospital Saúde da Mulher. No interior, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, e o Hospital Regional do Araguaia, em Redenção, realizam transplantes de rim.

Para tirar dúvidas sobre a doação de órgãos e outras informações, a Central de Transplantes atende pelos telefones (91) 3244-9692, 3223-8168 e 98115-2941 que atende de plantão e pelo WhatsApp. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
 

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
14/11/2019 14:33h

Para este tipo de procedimento, inclusive, é que há a maior demanda no estado, com 712 pessoas à espera.

Baixar áudio

Mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No Rio de Janeiro, mais de 1.380 pacientes compõem a lista de espera. O grupo também é formado por aqueles que aguardam por um novo tecido, como a córnea. Para este tipo de procedimento, inclusive, é que há a maior demanda no estado, com 712 pessoas à espera. 

A lista dos que aguardam por um transplante conta com 468 pacientes que precisam de um rim, 171 de um novo fígado, 21 de coração e 11 de pâncreas e rim. Os números são referentes ao primeiro semestre de 2019.

O ato de doar um órgão significa dar uma nova chance de vida a alguém. Quem recebe essa doação tem a chance de um recomeço. Foi o que aconteceu, por exemplo, com Roberto da Silva Sales, administrador de empresas, de 41 anos. Ele teve um ataque de pressão alta que afetou os rins. Depois de três anos e mais de 500 sessões de hemodiálise, recebeu um rim do próprio pai. Roberto conta que o sentimento pelo gesto é de gratidão.

“Após o transplante, que foi um sucesso, a minha vida decolou. Vida nova com o transplante. Não há gesto mais humano, não há gesto com tanta demonstração de amor como esse, não há nada que possa mostrar a gratidão por esse gesto.”

O pai de Roberto foi um doador vivo. Esse tipo de doador pode doar, em vida, um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e a medula óssea, desde que não prejudique a própria saúde. Por lei, apenas parentes como avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, netos e cônjuges podem ser doadores vivos sem necessidade de autorização judicial.

Existe, no entanto, o doador falecido, que pode ser qualquer paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diagnosticado com morte encefálica, geralmente ocorrida após traumatismo craniano (TCE), ou Acidente Vascular Cerebral. Neste caso, é necessário que a família autorize o procedimento.
No Brasil, 40% das famílias se recusam a doar órgãos de parentes falecidos. O coordenador da Central Estadual de Transplante do Rio de Janeiro, Gabriel Teixeira, explica que as razões para isso são inúmeras, mas que a falta de conhecimento sobre o processo de doação é o principal fator. 

“Os motivos de recusa são os mais variados possíveis: desconhecimento da vontade do falecido, algumas famílias por motivos religiosos, outras por descontentamento com o atendimento, outras aguardando um milagre. Os motivos são os mais variados. Agora, talvez todos eles tenham em comum,  algum ponto de desconhecimento sobre o tema. Depois de entender o benefício, quase a totalidade das pessoas poderiam ser doadoras se tivessem informações prévias ou melhores sobre o tema.”

Se você vive no estado e quer saber como ser um doador, basta procurar a Central Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro, localizada na capital Fluminense, Av. Padre Leonel Franca, 248, na Gávea ou pelo telefone: (21) 2333-7550. Repetindo: (21) 2333-7550.

Para tirar dúvidas sobre a doação de órgãos e outras informações, as pessoas podem ligar no Disque Transplante, 155, ou acessar o site doemaisvida.com.br. A vida continua. Doe órgãos. Converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
 

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
13/11/2019 12:34h

Nos seis primeiros meses deste ano, 1.082 pessoas receberam novos órgãos e tecidos.

Baixar áudio

O número de transplantes de órgãos registrou um recuo de 5% em Pernambuco. O dado é da Secretaria Estadual de Saúde e se refere à comparação das quantidades de procedimentos realizados nos primeiros semestres de 2019 e 2018. Nos seis primeiros meses deste ano, 1.082 pessoas receberam novos órgãos e tecidos. No mesmo período do ano passado, o total desse tipo de cirurgia foi de 1.139. 

Segundo o Ministério da Saúde, 1.295 pacientes compõem a lista de espera no estado. A maior demanda com 1.031 pessoas na lista, é por rim. Em seguida, aparecem 94 pacientes que precisam de um fígado, 148 de córneas e 12 que esperam por pâncreas rim. 

O transplante pode ser a única esperança de um recomeço para aqueles que precisam. Este foi o caso do pequeno Mathews Rodrigues, de três anos. Quando a criança tinha apenas um aninho, foi diagnosticada com atresia biliar, condição de saúde que demandava um transplante de fígado. O doador foi o pai, o técnico em enfermagem Moisés Rodrigues de Souza, de 42 anos, morador do Recife.

“Esperamos um ano para conseguir fazer o transplante. Neste tempo, tive que me preparar, perder peso, parar de fumar, estar com os exames cardíacos ‘ok’. E, depois do transplante, a sensação foi de alívio: a pressão que existia sobre eu ser doador, estar com saúde, sobre o meu filho ter saúde após o transplante... Então, a sensação foi maravilhosa e, hoje, colhemos a saúde dele”, conta.

O Moisés foi um doador ‘vivo’. Esse tipo de doador pode doar, em vida, um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e a medula óssea, desde que não prejudique a própria saúde. Por lei, apenas parentes como avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, netos e cônjuges podem ser doadores.

Já o doador falecido pode ser qualquer paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diagnosticado com morte encefálica, geralmente ocorrida após traumatismo craniano (TCE) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Neste caso, é fundamental que o desejo em doar órgãos seja compartilhado com parentes e pessoas próximas. Isso porque, no Brasil, 40% das famílias dos possíveis doadores não autorizam o procedimento. Parte delas por desconhecerem a vontade do parente.

A coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes, ressalta a importância da doação de órgãos.

“A doação de órgãos é um ato que salva vidas. É capaz de transformar certidões de óbito em certidões de nascimento, porque permite que pessoas condenadas à morte recebam a oportunidade de continuar vivendo. Qualquer um de nós pode passar por isso, porque as doenças que levam a necessidade de um transplante estão no nosso dia a dia. E se isso acontecer com a gente? Qual seria a nossa resposta? ‘Sim’ ou ‘não’ à doação?”, questiona.

Em Pernambuco, a retirada dos órgãos doados é realizada no Hospital onde se encontra o doador. Os transplantes de órgãos sólidos são feitos pelo SUS, em hospitais credenciados pelo Ministério da Saúde. Os principais são: Real Hospital Português, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Hospital Osvaldo Cruz e Jayme da Fonte.

Para tirar dúvidas sobre a doação de órgãos e outras informações, o telefone do plantão 24 horas é o (81) 3412.0205. Repetindo: (81) 3412.0205. A vida continua. Doe órgãos. Converse com sua família. Para mais informações, acesse: http://saude.gov.br/doacaodeorgaos.
 

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
13/11/2019 11:58h

Preocupação das autoridades é com possíveis doadores não identificados nas unidades de saúde

Baixar áudio

Três vezes na mesa de cirurgia. Esse foi o drama vivido por Bruna Louise Jeske, de 25 anos, moradora da cidade catarinense de Gravatal. Há 10 anos, ela foi diagnosticada com Doença de Wilson, uma enfermidade que faz um acúmulo tóxico de cobre nos tecidos, principalmente no cérebro e fígado. Ao fazer uma endoscopia o problema foi detectado.

A jovem foi encaminhada para a cidade de Blumenau, onde passou por uma cirurgia de transplante de fígado. Durante cinco anos, o organismo dela reagiu bem ao procedimento. Mas, após esse período, ela começou a apresentar rejeição ao novo órgão.  Ela conseguiu reverter a rejeição, mas no ano passado, novas complicações surgiram e um novo transplante foi necessário. 

Ela recebeu um novo fígado, mas, no dia seguinte, uma nova rejeição ocorreu. Pela terceira vez, Bruna fez um transplante, passou por uma recuperação bem lenta e há um ano vive bem, após o último procedimento cirúrgico.

Com toda essa experiência vivida, Bruna percebeu, na prática, o quanto a doação de órgãos é importante. Por meio desse gesto ela continua viva e agradece às famílias que disseram sim à doação dos órgãos dos entes falecidos. 

“A doação de órgãos na minha vida foi muito importante, porque se não fosse o gesto de uma pessoa em um momento tão difícil, que é perder um ente querido, de dizer ‘sim’, eu já não estaria viva há dez anos. Já teria morrido. É uma situação muito difícil para a pessoa que acabou de perder um ente querido, dizer sim para a doação. Dizendo sim, ela pode salvar até oito pessoas que estão ali, lutando diariamente para conseguir arrumar um ânimo e viver melhor.”

O coordenador da central de transplantes do estado de Santa Catarina, Joel de Andrade, revela que, apesar de problemas como o tempo de espera dos pacientes por um novo órgão, o estado teve, por 12 vezes, nos últimos 15 anos, a maior taxa de doação do país. 

Mas nem sempre foi assim. O coordenador conta que já houve registros de taxas que chegaram a 70% de rejeição familiar para a proposta de doação, o que foi revertido com o trabalho de comunicação e conscientização das famílias. A queda foi brusca e hoje a taxa de recusa familiar é de aproximadamente 25%.
Mas ainda há o que melhorar. Ele destaca que a rede de saúde precisa ser treinada a identificar possíveis doadores, sendo este um dos principais desafios do estado.

“(O maior problema) São os escapes. O que são os escapes? Tecnicamente é quando uma morte cerebral ocorre em um hospital e ela não é notificada para a central de transplantes. É a não identificação de um potencial doador. No ano passado, nós ainda registramos 45 escapes, o que poderia ter elevado nossa taxa de doação para dois ou três doadores por milhão de população. Esse é um problema ativo, e a solução se concentra em treinar cada vez mais os profissionais de saúde.”

 Em Santa Catarina, quem quiser saber mais sobre o transplante de órgãos pode acessar o site sctransplantes.saude.sc.gov.br ou ligar para o telefone 0800 643 7474. O número fica disponível 24 horas para atendimento ao público.

Para que a quantidade de transplantes aumente no país, um dos caminhos é informar a sua família sobre o desejo de ser um doador de órgãos. A doação é um ato nobre. A vida continua. Doe órgãos. Converse com sua família. Para mais informações sobre o processo de doação e outras dúvidas, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos.
 

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
07/11/2019 11:15h

Trezentos e setenta e três pacientes aguardam um transplante de córnea, 232 por rim e um por fígado.

Baixar áudio

Atualmente, mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Os dados revelam ainda que, somente em Goiás, 606 potenciais receptores estão na lista de espera. Trezentos e setenta e três pacientes aguardam um transplante de córnea, 232 por rim e um por fígado. 

Quem precisou passar por esse procedimento acredita que teve uma segunda chance de continuar a levar a vida normalmente. Esse é o sentimento de Laina Maria Borges, moradora de Catalão, município localizado a 260 quilômetros de Goiânia. Há nove anos, ela teve um problema de saúde e precisou passar por uma cirurgia de transplante de rim. A dona de casa de 38 anos, conta que a doação do órgão foi feita pela irmã mais velha. 

“Ainda existe família que não tem essa consciência de doar os órgãos de um ente querido que falece. Eu sou uma experiência viva que deu certo, que está dando certo, graças a Deus. Se não fosse a minha irmã, talvez eu estivesse até hoje numa lista de transplante, aguardando órgão. Graças a Deus e a ela, hoje eu sou uma nova pessoa.”

A irmã de Laina é um exemplo de doador vivo. Mas, vale lembrar que o transplante de alguns órgãos pode ser feito por alguém que já faleceu. Neste caso, é necessária a autorização dos familiares. No entanto, isso é algo que não acontece com frequência. Na média nacional, quatro em cada dez famílias dos possíveis doadores dizem ‘não’ à doação. Para mudar essa realidade, é importante comunicar aos parentes e pessoas próximas a vontade em ser um doador. 

Na avaliação da gerente da Central Estadual de Transplantes de Goiás, Katiúscia Freitas, um dos fatores que contribui para esse número é a falta de conhecimento sobre a importância da doação de órgãos.

“É o receio, o medo, os mitos, a falta de informação que faz com que essa recusa ainda seja tão elevada. A campanha é essa, o desafio é esse: conscientizar as pessoas da importância de conversar em vida sobre a doação de órgãos, porque isso faz toda uma diferença.”

O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.

O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante, financiados pela rede pública de saúde. 

A Central de Transplantes de Goiás localizada na Avenida Vereador José Monteiro, nº 1665, Setor Negrão de Lima, em Goiânia funciona 24 horas e o telefone para contato é (62) 3201-6720. Repetindo: (62) 3201-6720. A vida continua. Doe órgãos. Converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos. 

Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado. 

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
06/11/2019 05:51h

Atualmente, no estado, 282 pacientes estão na lista de espera por transplantes de órgãos, em sua maioria por rim e córnea

Baixar áudio

Em Rondônia, quatro em cada 10 famílias de pacientes com morte encefálica não autorizam a doação de órgãos. Segundo dados da Central Estadual de Transplantes, no ano passado, a média girou em torno de 60%. Já houve época em que se tinha 70% de recusa. 

Atualmente, no estado, 282 pacientes estão na lista de espera por transplantes de órgãos, em sua maioria por rim e córnea. O dado é do Ministério da Saúde. 

Para que você entenda melhor, existem dois tipos de doadores: os vivos e os falecidos. Estes podem ser qualquer paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), diagnosticado com morte encefálica, geralmente ocorrida após traumatismo craniano (TCE) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

Nestes casos, é “fundamental” que o desejo em doar órgãos seja compartilhado com familiares e pessoas próximas, como ressalta a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Edcléia Gonçalves.

“Se não tiver o elemento doador de órgãos, aquele que dispõe parte de seu corpo ou de seu ente querido, não tem como continuar a linha da vida. Então, é a oportunidade que a gente tem de poder ajudar outro, em um momento em que a gente não pode mais falar, no caso da morte encefálica”, comenta.

Já os vivos saudáveis, optantes pela doação, podem doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e a medula óssea, desde que não prejudique a própria saúde. Foi o caso da auxiliar administrativa e moradora de Porto Velho, Claryssa Viana da Silva, de 35 anos. Em 2016, ela doou um dos rins à mãe Esther, que sofria de um problema crônico no órgão:

“Embarquei de Porto Velho para São Paulo no dia 11 de junho a noite. Dia 12 de junho, nós internamos e, na manhã do dia 13, colocaram a minha maca ao lado da dela. Ela estava extremamente nervosa, olhava para mim e chorava. Eu estava tranquilíssima, graças a Deus. Foi um transplante muito bem-sucedido. Ela é, hoje, uma pessoa extremamente feliz! Fiz por ela o que ela fez por mim, que foi dar a vida”, conta.

Por lei, apenas parentes como avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, netos e cônjuges podem ser doadores. Já as pessoas sem vínculo de parentesco só podem doar por meio de autorização judicial. 

O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.

Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.

O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Em Rondônia, a Central Estadual de Transplante funciona 24 horas por dia. O contato de lá é o (69) 3216-5747 e 3216-5738.

A vida continua. Doe órgãos, converse com sua família. Para mais informações, acesse: http://saude.gov.br/doacaodeorgaos. 

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
06/11/2019 05:20h

Apenas no Acre, 94 potenciais receptores estão na lista de espera

Baixar áudio

Atualmente, mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Apenas no Acre, 94 potenciais receptores estão na lista de espera. Os dados são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). E um fator é decisivo para que esses pacientes possam contar com uma segunda chance: a autorização dos familiares. Ainda 40% das famílias dos possíveis doadores dizem ‘não’ à doação. No estado, essa taxa chega a cerca de 80%, de acordo com a Central Estadual de Transplantes.

Para mudar tal realidade, é importante comunicar aos parentes e pessoas próximas a vontade em ser um doador. Para que histórias como a da vendedora Silvânia Rossetto, de 45 anos, se repitam. A moradora de Rio Branco ficou na lista de espera por um rim ao longo de 11 anos. Neste período, ela foi chamada em duas ocasiões, mas o transplante não foi realizado por incompatibilidade, na primeira vez, e por recusa familiar, na segunda. Até que, em 2011, recebeu o órgão de um doador, após o consentimento de um familiar. 

“Meu sentimento é de gratidão. No momento de dor, ela [familiar do doador] ter optado por ajudar vidas. É preciso ter muito amor no coração. Se, hoje, tenho oito anos de transplantada, se estou bem aqui, é graças a Deus e à decisão dela”, conta.

O médico Marcelo Grando, responsável técnico da Central de Transplantes do Acre, conta que o transplante, na maioria das vezes, é única salvação, a última instância do tratamento para determinadas doenças. O especialista ressalta a importância do diálogo entre quem deseja doar órgãos e parentes.

“Muitas das vezes, a pessoa não sabe que pode ser doadora viva. Então, o diálogo [com os familiares] amplia os horizontes, amplia muito a visibilidade e a visão das pessoas com relação ao transplante”, afirma.

O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.

Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.

O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante, financiados pela rede pública de saúde.

A Central Estadual de Transplantes fica na Fundação Hospital do Acre (Fundhacre), em Rio Branco, e o contato de lá é o (68) 3227-6399. Para mais informações, acesse: http://saude.gov.br/doacaodeorgaos. 

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
05/11/2019 10:36h

A maioria delas (61%) aguarda por um rim. Já 32,7% aguardam por córneas. A demanda restante é por coração e fígado

Baixar áudio

Mais de 45 mil pacientes aguardam por um transplante de órgãos no Brasil. O dado é do Ministério da Saúde. No Distrito Federal, 914 pessoas fazem parte da lista de espera. A maioria delas (61%) aguarda por um rim. Já 32,7% aguardam por córneas. A demanda restante é por coração e fígado.

Já as estatísticas dos transplantes têm se mostrado estáveis em todo país. No primeiro semestre deste ano, foram realizados 13.263 transplantes. A quantidade pouco variou em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram feitos 13.291 procedimentos do tipo. Ainda segundo o ministério, o DF foi uma das 10 UFs que apresentaram crescimento no número de transplantes.

E tais números poderiam ser maiores, se mais famílias de pacientes com morte encefálica autorizassem a doação. No Brasil, quatro entre 10 famílias não autorizam o procedimento. No DF, 36% dos familiares optam por não realizar a doação. A coordenadora da Central de Transplantes do Distrito Federal, Joseane Vasconcellos, relata o porquê.

“Dois dos motivos mais comuns são o desconhecimento se o familiar falecido tinha ou não interesse em doar os órgãos e o tempo prolongado entre a autorização para a doação e a retirada dos órgãos”, relata.

O economista aposentado Edilon de Oliveira, de 65 anos, sabe bem a importância da doação de um órgão. O morador do Guará II teve uma doença grave no fígado, chamada cirrose criptogênica. Quem o salvou foi a própria filha, a Loryne de Oliveira, de 28 anos.

“Em função deste gesto de amor, de carinho e respeito pela vida que ela teve por mim, estou vivo hoje. (Ela) Teve a coragem de deitar em uma maca para salvar a minha vida. Este é um gesto que não tem como mensurar valor”, afirma.

Para Loryne, o sentimento de gratidão é mútuo, pois se sente “privilegiada” em ter salvo a vida do pai. 

“Não são todos os filhos que têm a oportunidade de fazer alguma coisa neste sentido. Me sinto privilegiada em poder fazer isso, ajudar e estar presente neste momento tão essencial para a manutenção da vida do meu pai”, conta.

O transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação, assim como foi para o Edilon. Por isto, é preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão. 

Pela legislação brasileira, a única maneira de garantir efetivamente que a vontade do doador seja cumprida é por meio da autorização dos familiares que possuem o conhecimento do desejo de doar do parente falecido. Por isso, a informação e o diálogo são fundamentais, segundo o Ministério da Saúde.

Em razão disso tudo, a orientação das autoridades de saúde é de que a pessoa que deseja ser doador de órgãos e tecidos comunique sua vontade aos seus familiares. Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). 

Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.

No Instituto Hospital de Base e no Hospital Universitário de Brasília são feitos os procedimentos para rim e córnea. Conveniado à Secretaria de Saúde, o Instituto de Cardiologia do DF (ICDF) faz mais procedimentos, incluindo coração, rim, fígado, córnea e medula óssea. O telefone da Central de Transplantes do Distrito Federal é o (61) 3550-8823. Repetindo (61) 3550-8823.

A vida continua. Doe órgãos, converse com sua família. Para mais informações, acesse: http://saude.gov.br/doacaodeorgaos. 

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
05/11/2019 10:26h

Apenas no Mato Grosso do Sul, 286 potenciais receptores estão na lista de espera

Baixar áudio

Atualmente, mais de 45 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Apenas no Mato Grosso do Sul, 286 potenciais receptores estão na lista de espera. Os dados são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). E um fator é decisivo para que esses pacientes possam contar com uma segunda chance: a autorização dos familiares. Na média nacional, quatro em cada 10 famílias dos possíveis doadores dizem ‘não’ à doação.

Para mudar tal realidade, é importante comunicar aos parentes e pessoas próximas a vontade em ser um doador. Isso permite que histórias como a do pintor automotivo Celeidino Fernandes, de 59 anos, se repitam. O morador do município de Jardim fez um transplante de coração em 1998. Duas décadas depois, em setembro passado, precisou transplantar um novo órgão, desta vez um rim. Isso só foi possível, segundo ele, graças a solidariedade de outra família.

“Eu acho que as pessoas têm que se conscientizar mais sobre doação de órgãos e tem que avisar a família também. Se não fosse essa atitude da família do falecido, eu estaria morto há anos. Acho que a necessidade é de conscientização mesmo, porque estamos falando de salvar uma vida. O pensamento deveria ser “estou perdendo alguém da família, mas em compensação, tenho condição de manter pelo menos 5 ou 6 pessoas vivas”

A coordenadora da Central Estadual de Transplante no Mato Grosso do Sul, Claire Miozzo, explica que o transplante, na maioria das vezes, é única salvação, a última alternativa do tratamento para determinadas doenças. Por isso, ela ressalta a importância do diálogo entre quem deseja doar órgãos e parentes.

“Doar órgãos é o maior ato de amor que uma pessoa pode fazer. Porque nós temos muitas pessoas na lista e a gente sabe que uma doação pode tirar até sete pessoas da lista; e a gente nunca sabe se no dia do amanhã a gente não vai vir precisar de um órgão, né? Eu acho importante a gente conversar sobre isso, a gente conscientizar a população da importância da doação de órgãos e tecidos para transplante.”

O Brasil manteve o número de transplantes realizados no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Foram 13.263 transplantes neste ano, contra 13.291 do ano passado. O balanço do período apontou crescimento de transplantes considerados mais complexos. Os de medula óssea aumentaram 26,8%, passando de 1.404 para 1.780. Já os de coração cresceram 6,3%, passando de 191 para 203. Também tiveram aumento os de pâncreas rim (45,7%), passando de 46 para 67; e pâncreas isolado (26,7%), que cresceu de 15 para 19 transplantes.

O país é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem assistência integral, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, o acompanhamento e os medicamentos pós-transplante, financiados pela rede pública de saúde. 

A Central Estadual de Transplante do Mato Grosso do Sul funciona 24 horas e o telefone para contato é o (67) 3312-1400 e (67) 3321-8877. A vida continua. 

Doe órgãos, converse com sua família. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/doacaodeorgaos. 

Clique nos pontos verdes e confira as centrais de transplante de cada estado.

Copiar textoCopiar o texto