Saúde

26/04/2024 00:02h

Anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25). Cenário epidemiológico teve ligeira melhora na última semana, de acordo com a pasta

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O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (25), que mais 625 municípios vão receber doses da vacina contra a dengue. A expectativa da pasta é que a distribuição dos imunizantes para essas cidades comece na sexta-feira (26). 

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, destacou o esforço da pasta para ampliar o acesso dos municípios às vacinas contra a doença. 

"A boa notícia é que a gente amplia para mais seis estados. Agora, temos 25 estados da federação contemplados com a vacina. Vamos atingir mais 625 municípios. Esses 625 vão somar com os 705 já contemplados, o que vai dar 1.330 municípios em todo o Brasil", detalhou em entrevista coletiva. 

O Ministério da Saúde já recebeu as remessas da fabricante da vacina e agora vai iniciar distribuí-las aos municípios. Até o momento, a pasta enviou 1.682.139 doses aos estados e Distrito Federal. 

Tendência de queda em 11 estados

Em todo o país foram 3.852.901 casos da doença em 2024, dos quais 1.792 moreram.. Há ainda 2 mil mortes sob investigação pelas secretarias de saúde estaduais e municipais. A letalidade subiu de 0,04% para 0,05%. 

Na 16ª Semana Epidemiológica — entre 13 e 20 de abril — mais um estado passou a integrar a lista dos entes que têm tendência de queda para a dengue. São 11 os estados com situação melhor, na comparação com a semana anterior: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. 

A lista de estados em que há tendência de alta nos contágios subiu de cinco para seis. Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins compõem o grupo. Já aquela que reúne os estados que apresentam estabilidade no cenário epidemiológico caiu de 12 para 10. Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. 

Ethel Maciel diz que, embora o cenário geral seja ligeiramente melhor do que na última semana, não há motivos para as autoridades de saúde e a população baixarem a guarda. 

"Apesar de estarmos numa tendência de queda e estabilização dessa epidemia, nós precisamos saber que muitas pessoas ainda ficarão doentes, muitas pessoas poderão ficar graves, mas nós podemos evitar muitos óbitos. Então, é importante que as famílias, a própria pessoa, nós mesmos e os profissionais de saúde estejam muito atentos tanto para os sinais e sintomas, para um diagnóstico correto, quanto para os sinais de alerta", destacou. 

Dengue: tendência é de redução de casos no país, apontam dados do Ministério da Saúde

Nova fábrica para o Método Wolbachia

A secretária do Ministério da Saúde também anunciou que a Fiocruz vai inaugurar na segunda-feira (29) a segunda fábrica para a produção de mosquitos Aedes aegypti por meio do Método Wolbachia. 

De acordo com a Fiocruz, a Wolbachia é uma bactéria que impede que os vírus da dengue se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para a redução da doença. O novo projeto será desenvolvido em uma unidade situada em Minas Gerais. 
 

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23/04/2024 00:06h

Neste episódio a infectologista, Fernanda Descio, fala sobre o que fazer em casos de dengue

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Com a epidemia de dengue no Brasil, é crucial saber identificar a doença. Se você apresentar sintomas como febre alta, dores no corpo e nas articulações, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, vômitos, náuseas e manchas vermelhas pelo corpo procure um serviço de saúde ou um médico para definir o diagnóstico.


O diagnóstico da dengue é primeiramente clínico, baseado na história do paciente, nos sintomas que ele apresenta e no exame físico realizado durante a avaliação médica. Existem também exames laboratoriais que podem auxiliar nesse processo, como o hemograma.


Uma vez feito o diagnóstico, o que fazer?


A dengue é uma doença causada por um vírus, não existe um remédio, até o momento, capaz de matar esse vírus. O tratamento se baseia em medicações de suporte até que o nosso sistema de defesa elimine o vírus, e o principal tratamento é a hidratação, que deve ser feita com bastante atenção. 


É muito importante saber que NÃO se pode fazer o uso de anti-inflamatórios, como o diclofenaco por exemplo, por conta do risco de sangramentos. Em caso de pessoas com doenças crônicas, que fazem uso de aspirina ou algum anticoagulante, devem procurar o seu médico para avaliar se será necessário ajuste na medicação. Em caso de febre ou dor, você pode tomar dipirona ou paracetamol.


Quem precisa ficar internado no hospital?


Primeiramente, você deve saber de tem algum sinal de alerta, que são:

  • Dor forte e contínua na barriga;
  • Vômitos que dificultam a hidratação;
  • Inchaço no corpo;
  • Pressão baixa, tontura e sensação de desmaios;
  • Sangramentos espontâneos, como por exemplo, na gengiva ou no nariz; 
  • Sonolência e cansaço 
  • Choro persistente ou irritabilidade em crianças. 


Na presença de qualquer um desses sinais de alarme, você deve procurar um serviço de emergência para avaliação. 


Mesmo já estando contaminado com a dengue, devemos utilizar repelentes e também manter a busca e eliminação de focos de dengue, como a água parada em casa ou nas proximidades.


Além disso, a dengue tem quatro tipos diferentes, então mesmo após uma infecção por dengue ainda é possível ser contaminado novamente por outro sorotipo, por isso manter os cuidados de prevenção continua sendo muito importante, como o uso de repelentes, roupas compridas, telas e mosquiteiros para crianças pequenas e eliminar os focos da dengue.


Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube. 


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23/04/2024 00:02h

Sudeste é a região com o maior número de casos acumulados, seguida do Centro-Oeste e Sul

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Foram notificados 19.870 novos casos de Covid-19 no Brasil entre os dias 7 e 13 de abril, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Houve um aumento de mais de 5 mil casos quando comparados com a semana anterior. Além disso, foram registradas 148 mortes decorrentes da doença nesse período.

Segundo os dados, o Sudeste é a região com o maior número de casos acumulados (11.563), seguida do Centro-Oeste (3.560) e Sul (3.470).

DENGUE: DF entra na lista das 10 unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença

A especialista em gestão de saúde Chrystina Barros explica que a Covid-19 deixou de ser uma emergência sanitária e passou a ser uma doença do dia a dia, como a gripe. “Assim como todos os anos a gente precisa se vacinar contra a gripe, Influenza, também precisamos renovar a proteção, se vacinar contra a Covid. Então é muito importante que, em cada município, as pessoas estejam atentas à convocação, à divulgação de calendários”, pontua.

Ela destaca que assim como a gripe, a Covid-19 pode gerar complicações que resultam em internações e mortes. O Ministério da Saúde também ressalta que a vacinação é a forma mais segura de prevenir casos graves e mortes pela doença.

A pasta informou que 12,5 milhões de doses da mais recente vacina contra a Covid-19 estão programadas para serem disponibilizadas à população nos próximos quinze dias. Na sexta-feira (19), o departamento finalizou o contrato com a empresa vencedora do certame emergencial. Após essa fase, prevê-se que as novas doses sejam distribuídas aos estados em um prazo de dez a doze dias.

Cobertura vacinal

Segundo o Ministério da Saúde, o número de doses contra Covid-19 aplicadas é de 518.848.678, até o momento — incluindo as doses de primeira, segunda e terceira aplicação, bem como as doses de reforço.

No que se refere à vacina bivalente, recomendada pela pasta como reforço para pessoas com mais de 12 anos que apresentam comorbidades — ou para adultos sem comorbidades — o total de doses aplicadas no Brasil foi de 35.790.622. 

A estudante Andriely Katrine, de 22 anos, mora em Manaus, no Amazonas. Ela afirma que tomou quatro doses da vacina contra Covid-19 e que durante esse tempo não pegou a doença.

“Tanto como uma cidadã, como usuária do SUS [Sistema Único de Saúde], quanto acadêmica [de enfermagem] e futura profissional de saúde, eu acho muito importante incentivar a cultura da vacinação e aderir a ela, mesmo com todas as ressalvas que a gente pode ter, porque elas evitam que a gente contraia doença”, aponta.

Para ela, a pandemia trouxe sentimentos negativos para a população, como estresse e ansiedade. Andriely diz que conforme as pessoas foram se vacinando, esses sentimentos diminuíram, na medida que as pessoas puderam voltar a sair de casa.

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Dr. Ajuda
21/04/2024 00:05h

Neste episódio a dermatologista, Vivian Loureiro, fala sobre descamação de pele

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A descamação da pele está presente em muitas condições dermatológicas. Pode ter diversas causas e características associadas, que auxiliam o médico no diagnóstico preciso. Entre elas:

  • Pele seca, que tende a piorar nos dias frios;
  • Descamação após exposição solar excessiva, tomar sol sem proteção é uma agressão à pele;
  • Descamação crônica desde a infância e outras alergias, sugerindo dermatite atópica;
  • Descamação no couro cabeludo e ao redor da sobrancelha, indicativa de dermatite seborreica;
  • Descamação após contato com substâncias irritantes;
  • Presença de placas descamativas com fundo avermelhado, característica da psoríase;
  • Descamação em áreas quentes e úmidas, causada por infecções fúngicas;
  • Feridas que não cicatrizam, podendo indicar câncer de pele.


Além dessas, outras diversas condições dermatológicas podem causar descamação na pele como doenças autoimunes, alergia a medicamentos e outro tipos de câncer. Por isso, se sua pele estiver descamando ou apresentar lesões descamativas, não deixe de procurar o médico, de preferência um dermatologista.

 

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube


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Dr. Ajuda
20/04/2024 00:06h

Neste episódio o ortopedista especialista em joelho, Rodrigo Calil, fala sobre condromalácia patelar

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Toda a junta ou articulação do corpo humano é amortecida por um tipo de tecido chamado de cartilagem articular, essa cartilagem é resistente e cobre as extremidades de todos os ossos dentro das nossas articulações.À medida que essa articulação se movimenta, essa cartilagem permite que os ossos deslizem suavemente entre eles.


Em algumas situações, essa cartilagem pode amolecer e se romper causando lesões nesses tecidos levando a condromalácia ou condropatia, a doença da cartilagem. 


A condromalácia pode afetar qualquer articulação do corpo humano, sendo a da patela uma das mais frequentes. A patela é um ossinho de formato circular que fica na parte da frente do joelho, e é responsável por conectar os músculos da coxa com a perna, exercendo  papel de proteção da articulação do joelho e também a função de facilitar o movimento de extensão do joelho. Quando essa cartilagem fica amolecida, pode se romper ou se fragmentar até ocorrer a exposição do osso embaixo da cartilagem. Com o passar do tempo, essa exposição óssea pode acabar gerando um processo degenerativo da articulação, chamado de osteoartrite ou artrose. 


Causas


As principais causas são: 

 

  • Uso excessivo, como atividades que envolvam agachamento ou saltos repetitivos, desequilíbrio muscular, alterações anatômicas, joelho em valgo, dentre outras;
  • Desequilíbrio muscular: um desequilíbrio muscular na região do joelho devido a uma fraqueza da musculatura da coxa ou do quadríceps associado ao encurtamento da musculatura da parte de trás da coxa, leva a uma sobrecarga nessa articulação;
  • Alterações anatômicas: algumas pessoas possuem características que aumentam a sobrecarga nessa região podendo levar a condromalácia;
  • Traumas: traumas diretos na frente do joelho ou fraturas podem levar a uma lesão da cartilagem articular da patela;
  • Doenças reumatológicas: pacientes com doenças autoimunes como artrite reumatoide possuem mais chances de desenvolver lesões na cartilagem.


Sintomas


Os sintomas comuns incluem:

  • Dor ao levantar-se ou subir escadas;
  • Crepitação, semelhante a um arranhão no joelho;
  • Inchaço, em alguns casos.


Diagnóstico


O diagnóstico é feito a partir do histórico clínico, o médico irá avaliar o histórico de traumas, características da dor, no exame físico o médico vai observar o alinhamento do joelho, sinais de atrofia da musculatura ou de encurtamento, movimento da patela, aumento do volume e dor em alguns locais. Para complementar o diagnóstico pode ser necessário a realização de exames de imagem, como uma radiografia ou uma ressonância magnética do joelho.


Tratamento


É importante destacar que esta é uma condição crônica, não possui cura, sendo fundamental adotar medidas preventivas para evitar sua rápida progressão. Recomenda-se:

  • Realizar aquecimento e alongamento antes das atividades físicas;
  • Praticar exercícios para fortalecer os músculos ao redor do joelho, especialmente os da coxa;
  • Aumentar gradualmente a intensidade do programa de treinamento;
  • Evitar esforços excessivos e exercícios muito rápidos.

 

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube

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20/04/2024 00:03h

Especialista alerta a população para a campanha de vacinação contra gripe como uma forma de evitar a doença

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Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam aumentando no Brasil, principalmente devido ao vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A — o vírus da gripe; aponta o Boletim InfoGripe Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (18). Segundo as informações, os casos de Covid-19 continuam em declínio, com alguns estados mantendo uma estabilidade em níveis reduzidos.

Além disso, as mortes relacionadas à SRAG continuam mais altas entre os idosos, com a predominância da Covid-19 neste grupo etário. No entanto, o panorama é diferente para crianças de até dois anos de idade. O aumento da circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem ocasionado um crescimento expressivo na mortalidade por SRAG nesse grupo, ultrapassando os casos associados à Covid-19 nas últimas oito semanas epidemiológicas. 

Caroline Andrade, pediatra do Hospital Santa Helena de Brasília, da Rede D’Or, explica que o VSR  é um vírus respiratório comum, que geralmente causa sintomas semelhantes ao resfriado.

“Ele é responsável por infecção respiratória em todas as faixas etárias, porém ele é mais comum e pode ser mais grave em bebês e crianças. A população que tem maior chance de desenvolver a forma grave são os recém-nascidos prematuros, as crianças menores de 6 meses e os menores de dois anos que tem associado a alguma comorbidade,” informa.

43% da população aponta a saúde como prioridade para os próximos três anos, mostra pesquisa da CNI

Prevenção

O coordenador do Boletim InfoGripe, Marcelo Gomes, destaca que a campanha da vacina contra gripe é uma das formas de combater a morte por SRAG, decorrente da influenza A. “O foco é diminuir o risco de agravamento de um resfriado que pode acabar desencadeando uma internação — e até eventualmente, uma morte. Então a vacina da gripe é simplesmente fundamental”, aponta.

Gomes também destaca que aqueles que apresentarem sintomas de infecções respiratórias devem buscar atendimento médico, especialmente grupos de risco. Outras recomendações são fazer repouso, isolamento e utilizar “boas” máscaras.

Aumento de SRAG

Entre as capitais brasileiras, 19 mostram indícios de aumento de SRAG. São elas:

  • Aracaju (SE), 
  • Belém (PA),
  • Belo Horizonte (MG),
  • Plano Piloto e arredores de Brasília (DF),
  • Campo Grande (MS),
  • Cuiabá (MT), 
  • Curitiba (PR),
  • Florianópolis (SC),
  • Fortaleza (CE),
  • João Pessoa (PB),
  • Macapá (AP),
  • Manaus (AM),
  • Palmas (TO),
  • Recife (PE),
  • Rio Branco (AC),
  • Rio de Janeiro (RJ),
  • Salvador (BA),
  • São Luís (MA),
  • São Paulo (SP).
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19/04/2024 19:54h

Em 10 estados do país, o cenário de combate à doença melhorou. Secretária de Vigilância em Saúde, no entanto, diz que é preciso continuar em alerta

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Em sua atualização mais recente sobre o panorama nacional da dengue, o Ministério da Saúde aponta que há tendência de redução dos casos no país. A situação melhorou em 10 estados. Em 12 unidades da federação, as ocorrências estão estáveis, enquanto em cinco entes houve aumento do contágio. 

Segundo Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, o pior cenário da doença parece estar ficando para trás, mas é preciso manter a cautela. 

“Neste momento, passamos pelo pico. Subimos a montanha e, agora, estamos descendo, mas nessa descida ainda precisamos continuar em alerta”, afirmou durante evento na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). 

O Distrito Federal e seis estados, sendo estes Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e Santa Catarina, concentram mais de 85% dos casos, mas apenas no Paraná a curva de casos continua subindo. Bahia, Maranhão, Ceará e Sergipe completam a lista das cinco unidades da federação onde há alta de infecções. 

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde sobre a arbovirose, registraram-se 3.507.062 casos prováveis, 217.423 ocorrências a mais do que na atualização anterior. O número de óbitos por conta da dengue saltou para 1.544. A taxa de letalidade da doença continua em 0,04%. 

São Paulo

O estado está entre as dez unidades da federação onde há tendência de queda no número de casos. De janeiro até agora, 706.682 pessoas tiveram dengue em São Paulo. 

Na 15ª semana epidemiológica – entre 7 e 13 de abril – as autoridades de saúde registraram 24 mil novos casos. O número é bem inferior ao observado na semana anterior, quando houve 60 mil ocorrências. 

O analista de sistemas Bruno Gentil, de 35 anos, mora na cidade de São Paulo e se recupera da doença que contraiu há cerca de 10 dias. Logo no primeiro dia, quando os primeiros sintomas apareceram, ele procurou atendimento e orientação médica. E conta que isso foi fundamental para conseguir se recuperar e evitar o agravamento da dengue.

“Estava orientado sobre hidratação — o máximo possível — e repouso. A partir dali, foi simplesmente controlar a febre. Tenho certeza que meu quadro não ficou pior por estar seguindo todas as orientações do médico”.  

DENGUE: SP está entre as 10 unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença

Minas Gerais

Também no Sudeste, Minas Gerais é outro estado que apresenta queda no número de casos. Desde o início do ano, 1.026.290 pessoas foram infectadas pela doença. 

No entanto, o número de novas ocorrências na 15ª semana epidemiológica foi de 10,9 mil, enquanto nos sete dias anteriores foi de 33,1 mil. 

MINAS GERAIS: Estado tem tendência de queda de casos de dengue

DF

Na capital federal, o cenário também melhorou. Desde janeiro, 219,5 mil pessoas foram infectadas pela doença no DF, mas na passagem da 14ª para a 15ª semana epidemiológica, as autoridades de saúde viram a quantidade de novos casos diminuir de 8 mil para 3,2 mil. 

DENGUE: DF está entre as 10 unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença

Amazonas

Já o Amazonas é um dos 12 estados do país com tendência de estabilidade, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo a pasta, desde janeiro foram infectadas 9,5 mil pessoas na unidade da federação. Entre os dias 7 e 13 de abril registraram-se 172 casos. Duas mortes foram confirmadas. 

DENGUE: Amazonas está entre as 12 unidades da federação com tendência de estabilidade nos casos da doença

Bahia

A Bahia está entre as unidades da federação que não têm o que comemorar quanto ao cenário para a doença. Isso porque houve alta no número de infectados na 15ª semana epidemiológica. Entre 7 e 13 de abril, as autoridades de saúde notificaram 5,2 mil casos. Até o momento, foram confirmadas 45 mortes por causa da dengue no estado. 

DENGUE: Bahia está entre as cinco unidades da federação com tendência de alta nos casos da doença

Pacientes e médicos: atenção ao 4º dia da doença

Apesar da alta incidência dos casos e da necessidade de combate ao mosquito Aedes, a dengue é uma doença que pode ser prevenida. E, para evitar a forma grave, o tratamento rápido e adequado é fundamental. A secretária Ethel Maciel explica que a dengue tem suas fases: “uma inicial com muita febre e uma segunda fase — às vezes sem febre — mas é nesse momento que os sinais de alerta podem aparecer e a pessoa precisa procurar o serviço de saúde”.

“Queria aproveitar para alertar os profissionais de saúde — não só a população — para prestarem atenção no quarto e quinto dia. A pessoa chega ao serviço de saúde, relatando que teve um diagnóstico de dengue e está se sentindo com enjoo, vômito, algum sangramento. [O profissional deve] Ficar atento porque é um caso de dengue, que está ficando grave”. 

Sintomas (Fonte: Ministério da Saúde)

Os sintomas mais frequentes da dengue são febre alta e dor de cabeça, mas é quando esses sinais começam a ir embora, que outros aparecem, como:

●    vômitos;
●    dor abdominal;
●    tonturas ao se levantar;
●    sangramento na gengiva e no nariz. 

Gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma — e procurar imediatamente ajuda médica. A mesma recomendação do Ministério da Saúde vale para pais e responsáveis de crianças pequenas que apresentarem algum desses sinais.

Cuidados precisam continuar

Mesmo com a tendência de queda no número de casos registrados no estado de São Paulo, a população não pode descuidar. A eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti continua sendo a melhor forma de prevenção contra a dengue. Por isso, o Ministério da Saúde preconiza que apenas 10 minutos semanais são suficientes para vistoriar a casa e acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor. Confira alguns cuidados:

●    Olhar garrafas, pneus, calhas, caixas d'água;
●    Verificar o recipiente atrás da geladeira e climatizador;
●    Inspecionar plantas e pratos que acumulem água;
●    Verificar todo e qualquer local que tenha possibilidade de ter água parada;
●    Telas e proteções nas janelas também são indicadas, além dos repelentes.

Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito. 

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19/04/2024 03:00h

Especialista destaca a importância dos investimentos adequados em todos os níveis da saúde, desde a atenção primária até os serviços mais especializados

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A saúde pública foi a área mais apontada pela população como prioritária para o Brasil nos próximos três anos. Segundo 43% dos brasileiros, a saúde deve ser a principal preocupação dos governos, revela a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira nº 61, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Karina Tomiasi atua na saúde pública há 4 anos. Atualmente é pediatra em Presidente Prudente, São Paulo. Para ela, a saúde é um dos direitos universais dos cidadãos e deve ser prioridade do governo em todas as esferas, desde municipais à federais. 

“São importantes os investimentos adequados em todas as áreas da saúde, incluindo a atenção primária, que são os postos de saúde, até a atenção mais especializada, compreendendo ambulatórios de especialidades e hospitais”, pontua.

A pesquisa também mostra que, para 23% dos entrevistados, a principal área de atenção na saúde pública deve ser aprimorar as infraestruturas hospitalares e dos postos de saúde. De acordo com 22%, é necessário reduzir as filas e a espera por consultas e atendimentos, enquanto outros 22% apontam que é importante combater a corrupção e o desvio de verbas. Além disso, 21% avaliam que a contratação de mais profissionais da saúde, como médicos e enfermeiros, deveria ser a prioridade.

A saúde pública foi citada como prioridade em todas as regiões brasileiras, com destaque para o Sudeste (31%) e Nordeste (31%).

A pediatra destaca que, para diminuir as filas de espera, como para exames e atendimentos com especialistas, é importante a realização de uma análise constante das demandas populacionais por área e município.

Ela ainda afirma que é importante que a atenção primária, como as Estratégia Saúde da Família, que abordam pré-Natal, vacinação e comorbidades mais comuns, seja “bem” desenvolvida, já que essa é a base para o bom funcionamento da saúde em todas as hierarquias.

A analista de sistemas Anna Beatriz Moreira, de 20 anos, é moradora de Caratinga, em Minas Gerais. Para ela, a saúde pública também deve ser uma das prioridades do governo em municípios menores. 

“Se o governo investisse mais em saúde pública, por exemplo, em infraestrutura, na contratação de mais médicos qualificados, acho que dessa forma diminuiria bastante as filas e assim melhoraria também a qualidade dos atendimentos. Seria interessante para a população de Caratinga no geral”, explica.

Pesquisa

Educação pública foi a segunda área mais citada (34%) como prioritária para o Brasil nos próximos três anos, seguida por gerar empregos (16%) e segurança pública (10%).

A pesquisa foi realizada pela CNI em parceria com o Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding. Foram ouvidas 2.012 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal. As perguntas foram abertas e cada entrevistado poderia citar até dois problemas de forma espontânea.

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MINUTO DA SAÚDE: o que são dengue, zika e chikungunya?

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17/04/2024 19:00h

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, fala sobre os sintomas das três arboviroses

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Dengue, zika e chikungunya. Três arboviroses, que são doenças transmitidas por artrópodes, e que chegam ao ser humano através do mesmo vetor – o mosquito Aedes aegypti. Apesar disso, tratam-se de vírus diferentes. O que faz com que a gente confunda os três são os sintomas, todos muito semelhantes.

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, explica que sintomas são esses. “Febre, dor no corpo, dor nas articulações, cansaço, manchas no corpo. São doenças que podem levar à morte, então há o risco e o que diferencia elas são a evolução posterior.”

Segundo a doutora Alda, o maior risco da infecção pelo Zika é a Síndrome Congênita nas mães, com a transmissão para o bebê e o consequente aparecimento de microcefalia e doenças neurológicas. “O paciente com chikungunya pode evoluir durante muito tempo com dores nas articulações. Já a dengue pode ter uma evolução com uma morte muito abrupta.”

Confira 8 dicas para eliminar criadouros do mosquito

Entre as três doenças, a dengue é a que predomina na maior parte do Brasil.  Mas, em algumas regiões, há aumento dos casos de chikungunya. Como todas são transmitidas pelo Aedes, a principal tarefa diária, para todos os brasileiros, é trabalhar no combate ao mosquito. Limpar a casa e se atentar a locais onde possa ter água limpa acumulada é fundamental para evitar os criadouros e a proliferação dos transmissores.

Conheça os sintomas da dengue

Além do combate ao mosquito, é importante estar alerta ao aparecimento dos sintomas da dengue. São sinais de alerta:

  • Febre alta e/ou persistente
  • Dores musculares e nas articulações
  • Manchas vermelhas (exantema)
  • Dor de cabeça ou atrás dos olhos
  • Diarreia e/ou dor forte na barriga
  • Pressão baixa
  • Náusea e vômitos frequentes
  • Agitação ou sonolência 
  • Sangramento espontâneo 
  • Diminuição da urina 
  • Extremidades frias

E não se esqueça: são apenas 10 minutos por semana para proteger sua família e vizinhos da dengue. 

Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.
 

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17/04/2024 17:00h

Aos primeiros sinais da doença, é fundamental que o paciente procure imediatamente uma unidade de saúde

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Os sintomas clássicos e mais comuns da dengue são fáceis de serem identificados: febre alta, dores no corpo e atrás dos olhos, coceira e manchas vermelhas na pele, e prostração. Se não forem cuidados, esses sintomas podem se agravar. Por isso, aos primeiros sinais da doença, é fundamental que o paciente procure imediatamente uma unidade de saúde.

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, alerta: “Normalmente, a gente diz: ‘é só uma febrinha, vou melhorar. Amanhã, melhoro. Vou dormir e amanhã estou bem’. Não. Procure uma unidade de saúde, porque a evolução é muito rápida. Entre 5 e 6 dias, o paciente pode evoluir para óbito. Se fizermos uma intervenção precoce, podemos evitar isso [morte].”

Confira algumas recomendações em caso de sinais graves de dengue

Para a diretora, os cuidados devem ser ainda maiores para pacientes acima de 60 anos com diabetes, hipertensão e obesidade. Essas doenças crônicas acabam agravadas com a dengue. Um cuidado fundamental é se hidratar. “Beber água. Não existe um medicamento para a dengue, mas a água é o remédio. A dengue é uma doença evitável tanto de se transmitir quanto de evoluir para a morte.”

Segundo a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, a hidratação pode ser via oral ou mesmo endovenosa, em caso de agravamento dos sintomas da doença.

Conheça mais sinais de alerta:

  • Febre alta e/ou persistente
  • Dores musculares e nas articulações
  • Manchas vermelhas (exantema)
  • Dor de cabeça ou atrás dos olhos
  • Diarreia e/ou dor forte na barriga
  • Pressão baixa
  • Náusea e vômitos frequentes
  • Agitação ou sonolência 
  • Sangramento espontâneo 
  • Diminuição da urina 
  • Extremidades frias

E não se esqueça: são apenas 10 minutos por semana para proteger sua família e vizinhos da dengue. 

Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.

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