Minério de ferro

13/09/2023 13:01h

As exportações de pelotas saltaram de 575 mil toneladas em julho de 2022 para 1,301 milhão de toneladas em julho desse ano

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (Sinferbase), as exportações de minério de ferro somaram 24,789 milhões de toneladas em julho de 2023, um leve aumento sobre as 24,550 milhões de toneladas do mesmo mês de 2022. As exportações de minério da Vale e coligadas somaram 22,256 milhões de toneladas em julho de 2022, e aumentaram para 24,789 milhões de toneladas em julho de 2023. 

As exportações de minério de ferro nos sete primeiros meses de 2023 cresceram de 134,368 milhões de toneladas, em 2022, para 136,814 milhões de toneladas até julho desse ano. No acumulado até julho, as exportações da Vale e coligadas cresceram de 123,146 milhões de toneladas para 124,462 milhões de toneladas na comparação anual entre os sete primeiros meses de 2022 e 2023.

As exportações de pelotas saltaram de 575 mil toneladas em julho de 2022 para 1,301 milhão de toneladas em julho desse ano. Entre janeiro e julho, as exportações de pelotas aumentaram de 2,696 milhões de toneladas, em 2022, para 8,472 milhões de toneladas neste ano. 

Já as vendas de minério de ferro no mercado nacional aumentaram de 2,765 milhões de toneladas em julho de 2022 para 3,192 milhões de toneladas em julho de 2023. No acumulado até julho, as vendas internas cresceram de 20,256 milhões de toneladas, em 2022, para 21,453 milhões de toneladas neste ano.

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01/09/2023 12:30h

Com tecnologia inovadora da Vale, o briquete é um produto aglomerado aplicável em altos-fornos e em redução direta

A Vale iniciou os testes com carga na primeira planta de briquete de minério de ferro, na Unidade Tubarão, em Vitória (ES). Com tecnologia inovadora desenvolvida pela Vale, o briquete é um produto aglomerado aplicável em altos-fornos e fornos de redução direta, que contribuem para a redução de emissões na cadeia produtiva do aço. 

“Este é um momento histórico para a siderurgia”, explica o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo. “Depois de vários anos de desenvolvimento no Brasil, estamos oferecendo um produto inovador que vai apoiar nossos clientes no desafio de promover a descarbonização de suas operações, atendendo às demandas da sociedade na luta contra as mudanças climáticas”.

Os testes com carga fazem parte do esquema de comissionamento da planta e são uma das últimas etapas antes do início da produção. O start-up da primeira planta de briquete em Tubarão está previsto para ocorrer até o fim de 2023. A segunda planta está em fase final de construção e tem start-up previsto para início de 2024. As duas unidades combinadas terão capacidade produtiva de 6 milhões de toneladas de briquetes por ano.

A Vale tem expectativa de aumentar sua produção de produtos aglomerados como briquetes e pelotas de minério de ferro nos próximos anos, com potencial para atingir uma produção de aproximadamente 100 milhões de toneladas após 2030.

A produção dos briquetes de minério de ferro é parte da estratégia da empresa de reduzir em 15% as suas emissões de escopo 3, relativas à cadeia de valor, até 2035. A empresa também busca reduzir suas emissões líquidas de carbono diretas e indiretas (escopos 1 e 2) em 33% até 2030, como primeiro passo para se tornar uma empresa carbono zero em 2050.

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26/08/2023 13:30h

Capacidade instalada de produção, nas minas Ipê e Tico-Tico, passará de 2,8 milhões toneladas ao ano para 8,8 milhões toneladas ao ano

A partir de outubro, a Mineração Morro do Ipê deve iniciar a operação da mina Tico-Tico, localizada entre os municípios de Brumadinho, São Joaquim de Bicas e Igarapé, Minas Gerais, o que lhe permitirá triplicar a produção de minério de ferro. Em 2022, a empresa produziu 3,385 milhões de toneladas de produto acabado. A projeção da Mineração Morro do Ipê é elevar sua capacidade instalada de produção, nas minas Ipê e Tico-Tico, de 2,8 milhões t/ano para 8,8 milhões t/ano. De acordo com o diretor de Assuntos Corporativos e Sustabilidadelidade da empresa, Cristiano Parreiras, o investimento na nova unidade foi de R$ 1,3 bilhão. A expectativa é que a nova unidade vai gerar cerca de dois mil empregos.

A nova mina vai operar sem barragens de rejeitos – as três barragens que a empresa possui estão inativas e a MMI apenas autorização do órgão ambiental para iniciar os projetos de descomissionamento -- e todo o rejeito será filtrado e empilhado a seco.

Controlada pelos grupos Trafigura e Mubadala, a Mineração Morro do Ipê foi criada em 2016, após adquirir os ativos das minas Tico-Tico e Ipê da antiga MMX Sudeste e desde então tem investido na recuperação do passivo ambiental deixado pela antiga mineradora de Eike Batista. Hoje a Mineração Morro do Ipê preserva em sete vezes a área impactada pelo projeto, segundo Parreiras. Apesar de já existir uma lavra na área da mina Tico-Tico, o projeto foi totalmente desenvolvido a partir do zero.

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11/08/2023 11:35h

Gestores dizem que situação da Agência Nacional de Mineração é caótica; servidores param pela sexta vez em quatro meses — e ameaçam não voltar

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Os servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) entraram em greve na última terça-feira (8), por melhores salários e condições de trabalho. Prefeitos de municípios produtores de minérios ouvidos pelo portal de notícias Brasil 61 afirmam que a situação é crítica — não só pelos salários defasados, mas também porque a autarquia está sucateada, sem estrutura suficiente para cumprir seu papel de fiscalizar e impedir a sonegação de grandes empresas na exploração da atividade minerária nos municípios.

Esta já é a sexta vez que os funcionários da ANM cruzam os braços, este ano. No entanto, desta vez a greve não tem data para acabar. O governo não aceitou a proposta da Associação dos Servidores da Agência Nacional de Mineração (ASANM), e os diretores da entidade afirmam que não vão apresentar outra. Há, inclusive, a possibilidade de os servidores entrarem com um pedido coletivo de LIP (Licença para Tratar de Interesses Particulares), esvaziando a Agência até que o impasse seja solucionado (veja o histórico da greve, ao fim desta reportagem). 

A necessidade de reestruturação da ANM é assunto antigo e muito conhecido no setor minerário. A reivindicação não é só dos servidores da Agência, mas de profissionais, empresas e, ainda, de vários deputados e prefeitos ligados à mineração brasileira. Há poucos dias, o presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), anunciou a liberação de mais de R$ 9,2 milhões para que o órgão possa atualizar-se e desempenhar melhor suas funções. 

Os recursos são resultados de uma luta da FPMin e de outras entidades, como o Sinagências (Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação). Porém, Zé Silva adiantou que o dinheiro não é suficiente para toda a reestruturação necessária ANM. “Mas é um começo”, avaliou.

CFEM atrasada

O governo não paga a CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) há vários meses. Trata-se de um dinheiro repassado pelo governo às prefeituras de municípios que produzem minérios, com objetivo de amenizar os danos causados pela exploração mineral nos seus territórios. 

A ANM repassou às prefeituras a CFEM de julho (o Brasil 61 noticiou em primeira mão), mas os repasses de maio e junho ainda estão pendentes. Além disso, centenas de “municípios afetados pela mineração” — que não produzem, mas também são afetados pela atividade — também estão à espera dos repasses de parte dos impostos cobrados pelo governo das mineradoras. Estes recursos também estão atrasados, mas por outro motivo: desde o início do ano o governo promete publicar, através do Ministério das Minas e Energia, um documento regulamentando a distribuição destes royalties.

Pagamento da CFEM feito em julho:

Prefeitos de várias regiões e até ex-gestores municipais, como Waldir Salvador, ex-prefeito de Itabirito (MG) e ex-presidente da AMIG (Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil), reclamam da falta de estrutura da Agência. Salvador chegou a declarar ao portal Brasil 61 que o governo trata a população dos municípios mineradores com deboche e desrespeito, por causa do atraso nos repasses dos royalties da mineração.

ANM “sucateada”

De acordo com Darci José Lermen, atual prefeito de Parauapebas (PA), a ANM foi criada justamente para dar mais agilidade ao setor: “Depois do Departamento Nacional de Produção Mineral, que era o DNPM, que foi extinto para que pudéssemos ter mais agilidade nos procedimentos — só que não mudou nada”, denunciou.

“Nós temos hoje uma Agência totalmente sucateada, com 30% do material humano que se necessita para trabalhar; os salários não têm isonomia com as outras agências, equipamentos tudo muito arcaico”, revelou o gestor.

“Nossa expectativa é que o governo se sensibilize e dote a ANM de condições para que possa fazer essa distribuição com mais rapidez. E quanto a essas parcelas em atraso, nós lamentamos muito porque tenho falado com muitos prefeitos, praticamente todos vão atrasar pagamentos, fornecedores. E isso impacta diretamente na saúde, na educação, impacta em tudo”, declarou.

Para o prefeito, a expectativa é de que haja bom senso e que, mesmo com esse sistema deficitário, que eles consigam fazer a distribuição mesmo que de forma manual. 'É preciso que o governo olhe com carinho para nós, que estamos na ponta da prestação dos serviços do nosso Brasil para que possamos atender nossa população a contento”, afirmou o gestor municipal.

Sonegação

Já o prefeito Ângelo Oswaldo, de Ouro Preto (MG), comentou sobre a importância da união entre os municípios produtores de minérios e destacou o apoio que os prefeitos recebem da AMIG, na defesa dos interesses dos municípios mineradores. Segundo ele, é preciso que a Agência Nacional de Mineração atue com firmeza para impedir a sonegação e garantir que as grandes empresas mineradoras paguem o valor certo da CFEM, que deve ser repassado atualizado pelo governo federal aos municípios. 

“Nós temos nos empenhado muito para que a CFEM seja justa. Muitas vezes, há inclusive sonegação de CFEM. Portanto, é importante que a Agência possa fiscalizar, que ela possa acompanhar — e para isso tem que estar bem equipada", declarou o gestor municipal. "Por isso nós compreendemos a greve dos funcionários da Agência, uma vez que eles estão necessitados de reforço, mas isso prejudicou bastante os municípios, porque até agora nós estamos ainda sem receber dois meses. Esperamos que tudo isso se normalize rapidamente porque nós estamos prejudicados porque a sonegação prospera".

Histórico da greve

Esta já é a sexta vez que os funcionários da ANM  paralisam suas atividades, em 2023. A primeira greve, com data para terminar, aconteceu em maio. De lá para cá, a categoria fez paralisações pontuais, alertando para a possibilidade de greve geral diversas vezes. O governo não aceitou a proposta da Associação dos Servidores da Agência Nacional de Mineração (ASANM). E os diretores da entidade afirmam que, desta vez, não vão apresentar outra — e a greve não tem data para terminar.

No mesmo dia em que teve início a paralisação geral dos servidores da ANM, na terça-feira passada, a Comissão de Negociação do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagencias) reuniu-se com representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) para apresentar as demandas da categoria: equiparação salarial com os servidores das outras agências reguladoras e melhores condições de trabalho, inclusive estruturação física da ANM.

O governo recusou a proposta e abriu espaço para que apresentassem outra. No entanto, segundo a diretoria do ASANM, os servidores insistem na equiparação integral ainda em 2023, porque  —  segundo os dirigentes sindicais — “há recursos financeiros no Orçamento Federal previstos para isso”.

“O próprio governo já admitiu que há recursos financeiros, mas insiste na proposta de parcelamento, que não vai resolver o caos institucional da Agência. Então não nos resta outra alternativa, senão a de deflagrar mais uma greve, desta vez por tempo indeterminado, para que fique bem claro que não aceitaremos essa proposta”, afirmou Ricardo Peçanha, diretor da ASANM.

 
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Brasil Mineral
28/07/2023 19:45h

Os investimentos incluíram aportes de crescimento e manutenção, mantidos em linha na comparação anual

A Vale obteve EBITDA ajustado proforma das operações continuadas de US$ 4,1 bilhões no segundo trimestre, US$ 1,4 bilhão inferior ao resultado registrado um ano antes, principalmente pelos menores preços realizados de finos de minério de ferro e níquel.

Os investimentos da Vale alcançaram US$ 1,2 bilhão no trimestre, o que inclui os aportes de crescimento e manutenção, mantidos em linha na comparação anual. A dívida bruta e arrendamentos atingiram US$ 13,9 bilhões no segundo trimestre de 2023, US$ 1,0 bilhão superior t/t, como resultado da emissão de US$ 1,5 bilhão de bonds e da oferta de aquisição de US$ 500 milhões no trimestre, como parte da gestão de passivos da Vale. Já a dívida líquida expandida foi de US$ 14,7 bilhões no trimestre, US$ 0,3 bilhão maior t/t, impulsionada, principalmente, pelo US$ 1,4 bilhão do programa de recompra de ações no trimestre e de US$ 0,8 bilhão no Fluxo de Caixa Livre das Operações. A meta de alavancagem da Vale é de US$ 10-20 bilhões.

O desembolso da Vale faz parte do 3º programa de recompra no trimestre e totalizou US$ 1,4 bilhão. No final do trimestre, o 3º programa de recompra estava 64% concluído. O Conselho de Administração aprovou a distribuição de US$ 1,7 bilhão em juros sobre capital próprio, a serem pagos em setembro. “Continuamos realizando progressos substanciais na excelência operacional em todos os nossos negócios. Em Soluções de Minério de Ferro, estabelecemos um novo recorde de produção para um segundo semestre em S11D, juntamente com os sólidos desempenhos de Itabira e Vargem Grande. A licença da barragem Torto é um marco significativo, melhorando a qualidade geral do nosso portfólio. Nosso negócio de Metais para Transição Energética também apresentou um bom desempenho, com o ramp-up bem-sucedido de Salobo III e com a melhora do desempenho em Sossego. Hoje, o anúncio da formação de uma parceria estratégica com a Manara Minerals e Engine No.1 é outro importante marco na jornada de Metais para Transição Energética para acelerar o crescimento com alta agregação de valor e destravar o valor potencial de longo prazo para todos os nossos stakeholders. Além disso, cumprimos nosso compromisso e implementamos o GISTM para nossas estruturas de rejeitos priorizadas. Este é um marco importante da evolução de nossa gestão de barragens e da segurança das nossas operações e das comunidades no entorno. Continuaremos avançando com a incorporação das melhores práticas internacionais para que a Vale se torne uma empresa cada vez mais segura e sustentável”, disse Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale.

Na área de minério de ferro, a Vale obteve Licença de Operação para a barragem Torto, em Brucutu, e o comissionamento segue em andamento. A mineradora assinou em maio memorandos de entendimentos e acordos de arrendamentos de terra com parceiros nos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Omã, além de um memorando com a GravitHy, produtora francesa de ferro-esponja (DRI), para avaliar, em conjunto, a construção de uma planta de briquetes co-localizada no projeto da planta de DRI da GravitHy em Fos-sur-Mer, França. A Vale também está construindo um veículo de metais para transição energética.

A reorganização das operações de Metais para Transição Energética foi concluída com sucesso em 1º de julho e o avanço de Salobo III segue bem, com sólidas taxas de produção alcançadas no segundo trimestre. A Vale, BHP, Samarco e alguns credores entraram em um acordo vinculante para a reestruturação da dívida da Samarco. A mineradora implantou os padrões do Global Industry Standard on Tailings Management (GISTM) para todas as estruturas de rejeitos priorizadas, dentro dos prazos estabelecidos para a indústria. Os trabalhos de descaracterização da barragem de Campo Grande, na mina de Alegria, foram iniciados, bem como os das barragens Grupo e Área IX, na mina de Fábrica. O complexo de energia solar Sol do Cerrado, um dos maiores parques solares na América Latina, atingiu sua capacidade máxima de 766 Megawatts.

Atualização de estimativas

A Vale atualizou as estimativas sobre os custos do minério de ferro e níquel para 2023. O custo caixa C1 do minério de ferro deve ficar entre US$ 21,5 e US$ 22,5 por tonelada (inclui a mudança na expectativa da taxa de câmbio média para US$ 4,94 conta os US$ 5,20 anteriormente), o custo all-in do minério de ferro em torno de US$ 52 a US$ 54 por tonelada (engloba o impacto potencial de fatores externos, como a redução dos prêmios pagos por produtos de alta qualidade, levando os prêmios all-in da Vale para cerca de US$ 4/t vs. cerca de US$ 8/t anteriormente), e mudanças na taxa de câmbio média USD/BRL, enquanto o custo all-in do níquel entre US$ 15.500 e US$ 16 mil por tonelada, inclui impactos como preços mais baixos do que o esperado para os subprodutos, nomeadamente cobalto e PGMs, que caíram de 30% a 40% desde que a Vale forneceu o guidance para o mercado; volumes de subprodutos mais baixos do que o esperado, principalmente resultantes do impacto mais alto do que o previsto da mudança no método de mineração na mina Coleman e preços de níquel e cobre mais altos do que o esperado, impactando os custos de compra de feed de terceiros.

A Vale esclarece que as informações representam uma mera estimativa, e que de forma alguma constituem promessa de desempenho por parte da mineradora e/ou de seus administradores. As projeções apresentadas envolvem fatores de mercado alheios ao controle da Vale e que passíveis de novas alterações. Adicionalmente, a Vale informa que reapresentará oportunamente o item 3 de seu Formulário de Referência, no prazo previsto na Resolução CVM nº 80/2022.

Pagamento de JCP a acionistas

O Conselho de Administração da Vale aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 8.276.500.800,00, o que corresponde a um total de R$ 1,917008992 por ação. A data de corte para pagamento dos JCP aos detentores de ações de emissão da Vale negociadas na B3 será dia 11 de agosto, enquanto a record date para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) negociados na New York Stock Exchange (NYSE) será dia 15 de agosto. As ações da Vale serão negociadas ex-JCP na B3 e na NYSE a partir de 14 de agosto de 2023.

O pagamento dos JCP ocorrerá em 1º de setembro e os titulares de ADRs receberão o pagamento por meio do Citibank N.A., agente depositário dos ADRs, a partir de9 de setembro. O valor de JCP a ser pago por ação pode sofrer pequena variação até a data de corte em decorrência do programa de recompra de ações, que impacta o número de ações em tesouraria. Caso ocorra isso, a Vale fará um Aviso aos Acionistas informando o valor final por ação.

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27/07/2023 12:30h

Com isto, a mineradora poderá avaliar as melhores formas de disposição e do comportamento geotécnico das pilhas de rejeitos

A Samarco iniciou, em julho, o comissionamento do filtro prensa, equipamento semi-industrial que possibilitará a construção de aterros experimentais com diversos cenários de mistura de rejeito arenoso e lama. Com isto, a mineradora poderá avaliar as melhores formas de disposição e do comportamento geotécnico das pilhas de rejeitos. A iniciativa é mais um avanço do Programa Estratégico de Soluções para Reserva, Rejeitos e Estéril. “Estamos comissionando todo o sistema de filtragem, que inclui, além do filtro, bomba, compressor e outros periféricos”, afirmou Gil Ribeiro, engenheiro especialista em Inovação. A previsão é que os testes sejam concluídos em abril de 2024.

O projeto foi desenvolvido pela Gerência de Inovação da Samarco e tem o apoio de várias gerências, como a Gerência de Gestão de Ativos, responsável pela implementação do projeto, que considerou o atendimento às normas regulamentadoras vigentes e procedimentos de segurança, a fim de garantir confiabilidade e segurança na operação do filtro prensa.

Desde a retomada gradual das operações, a Samarco opera com um sistema de filtragem e empilhamento a seco de cerca de 80% do rejeito gerado. O objetivo agora é avaliar o comportamento de várias misturas de rejeito arenoso + lama (inclusive 100% lama) e sua filtrabilidade, assim como estabilidade na formação de pilhas e outros parâmetros geotécnicos.

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Brasil Mineral
22/07/2023 04:00h

Produção da companhia cresceu 11% no segundo trimestre de 2023

O CEO da Anglo American, Duncan Wanblad, disse que a produção da companhia cresceu 11% no segundo trimestre de 2023 na comparação com o mesmo período do último ano, refletindo o ramp-up da nova mina de cobre Quellaveco, no Peru, que já atingiu níveis de produção comercial. A Anglo também comemora o forte desempenho na operação de minério de ferro Minas-Rio, além de uma maior produção das operações a céu aberto em Carvão Siderúrgico na Austrália. Estes últimos foram compensados por uma produção menor temporária da mina Venetia da De Beers, conforme ela transita de mina aberta para subterrânea, e produção esperada de PGMs (produtos do grupo de platina) mais baixa, bem como o impacto da menor produção e teores de cobre no Chile. "Nosso foco permanece em alcançar com segurança nosso guidance de produção para 2023 durante o segundo semestre, sazonalmente mais forte. As recentes mudanças em nossa equipe de liderança executiva, juntamente com a reorganização de como gerenciamos nossos negócios de produção e a experiência funcional que os suporta , nos posiciona melhor para impulsionar um desempenho operacional seguro e consistente e uma entrega estratégica de longo prazo."

A produção de cobre aumentou 56%, para 209 toneladas, demonstrando o crescimento dos níveis de produção comercial de Quellaveco, enquanto a produção das operações no Chile caiu 2%, para 130,8 toneladas, impulsionado pelo menor rendimento em Collahuasi e menores teores em Los Bronces, parcialmente compensados pelo teor mais alto planejado em El Soldado.

A produção de carvão siderúrgico aumentou 28%, para 3,4 milhões de toneladas, à medida que as operações a céu aberto (Capcoal e Dawson) foram impactadas pelo clima úmido fora de estação no segundo trimestre de 2022. Já a produção de minério de ferro aumentou 9% (15,6 milhões de toneladas), impulsionada principalmente pelo forte desempenho operacional em Minas-Rio, onde a produção aumentou 29% (6,327 milhões de toneladas). A produção de níquel caiu 4%, para 9.900 toneladas, refletindo o impacto dos teores mais baixos, apesar das melhorias na Codemin.

A produção de diamantes em bruto diminuiu 5%, para 7,6 milhões de quilates, devido à redução planeada na África do Sul enquanto as transições de mina a céu aberto de Venetia para operações subterrâneas compensaram com o forte desempenho impulsionado pelo planejado tratamento de minério de maior teor nos ativos remanescentes. A produção das operações Platinum Group Metals (PGMs) diminuiu 9%, impulsionada principalmente por desafios operacionais de curto prazo e fechamentos de infraestrutura planejados para 2022 em Amandelbult, bem como a redução planejada de Kroondal.

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Brasil Mineral
20/07/2023 14:00h

Aumento foi impulsionado pela produção recorde no S11D para o trimestre

A Vale produziu 78,7 milhões de toneladas de minério de ferro no segundo trimestre de 2023, um crescimento de 6,3% na comparação com o mesmo trimestre do último ano e impulsionado pela produção recorde no S11D para o trimestre, seguido por bom desempenho dos complexos Itabira e Vargem Grande, o que melhorou a qualidade média do portfólio de produtos da mineradora. No trimestre, a Vale obteve Licença de Operação da barragem Torto, que segue com o comissionamento em andamento. A produção de pelotas aumentou 5% no segundo trimestre, para 9,1 milhões de toneladas, devido à maior produção nas usinas de Tubarão como resultado do aumento na produção de pellet feed.

As vendas de finos de minério de ferro cresceram 1% no segundo trimestre de 2023 e atingiram 63,3 milhões de toneladas, enquanto a comercialização de pelotas alcançou 8,8 milhões de toneladas, um decréscimo de 0,4% sobre o mesmo trimestre de 2022. A recuperação veio com a produtividade do Terminal Ponta da Madeira ao longo do trimestre, após as restrições de carregamento causadas pelas fortes chuvas que impactaram embarques e vendas no primeiro trimestre do ano. A Vale espera um menor gap entre produção e vendas no terceiro trimestre com a venda de estoques formados no primeiro semestre, dependendo das condições de mercado.

A produção de cobre da Vale somou 78,8 mil t no segundo trimestre, um crescimento de 41% na comparação com o mesmo trimestre de 2022, principalmente, devido ao bem-sucedido processo de ramp-up da planta de Salobo III e à melhora do desempenho na operação de Sossego. Já as vendas de cobre somaram 73,8 mil t, 43,3% superior na comparação com o mesmo trimestre de 2022, em decorrência dos maiores volumes de produção. A produção de níquel atingiu 36,9 mil t no segundo trimestre de 2023, o que representa um aumento de 7,9% sobre o mesmo trimestre do ano passado, principalmente, graças ao melhor desempenho operacional em Sudbury e na Indonésia. As vendas de níquel aumentaram 2,5% no trimestre, para 40,3 mil t, devido à melhora de produção, permanecendo relativamente estável t/t devido à formação de estoques entre janeiro e março deste ano.

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17/06/2023 18:35h

Exportações tiveram leve queda sobre os 17,936 milhões de toneladas do mesmo mês de 2022

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (Sinferbase), as exportações de minério de ferro em abril de 2023 somaram 17,678 milhões de toneladas, uma leve queda sobre os 17,936 milhões de toneladas do mesmo mês de 2022. No 1º quadrimestre de 2023, as exportações caíram de 68,278 milhões de toneladas, em 2022, para 60,159 milhões de toneladas nos quatro primeiros meses deste ano.

As exportações de minério da Vale e suas coligadas registraram recuo de 16,774 milhões de toneladas em abril de 2022 para 15,657 milhões de toneladas em abril deste ano. Na comparação dos quadrimestres, Vale e coligadas despencaram de 63,530 milhões de toneladas para 53,577 milhões de toneladas. As vendas externas de pelotas cresceram de 250 mil toneladas para 470 mil toneladas na comparação mensal e registaram acréscimo de 1,299 milhão de toneladas para 2,516 milhões de l toneladas na comparação dos quadrimestres.

Já as vendas de minério de ferro no mercado nacional mantiveram-se praticamente estáveis, caindo de 3,021 milhões de toneladas em abril de 2022 para 3,012 milhões de toneladas em abril deste ano. No quadrimestre inicial ocorreu cenário semelhante, com as vendas internas passando de 11,355 milhões de toneladas, em 2022, para 11,761 milhões de toneladas neste ano.

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24/10/2022 16:08h

Ferro respondeu por 93%, com um volume de 2,8 bilhões de toneladas, das quais 2,6 bilhões de toneladas foram extraídas do solo

Segundo dados do United States Geological Survey (USGS), de todos os minérios extraídos em 2021, o minério de ferro respondeu por 93%, com um volume de 2,8 bilhões de toneladas, das quais 2,6 bilhões de toneladas foram extraídas do solo. Do total, 98% são convertidos em ferro-gusa para produção do aço.

Quanto aos chamados minerais industriais, o mundo extraiu mais de 181 milhões de toneladas no último ano, sendo que o alumínio responde por quase 40%, tendo a China como seu maior produtor, com mais da metade da produção global de alumínio. A indústria da construção utiliza cerca de 25% do alumínio produzido anualmente, com 23% indo para o transporte. 

O cromo, metal menos conhecido, tem papel fundamental na fabricação de aço inoxidável, que em sua composição conta com 10% a 30% de cromo, aumentando para aumentar sua resistência à corrosão. 

Cobre, manganês e zinco completam os cinco principais metais industriais extraídos em 2021, cada um com suas propriedades e funções únicas na economia.

Dentre os metais tecnológicos, destacam-se aqueles utilizados em tecnologia e dispositivos. Comparados aos metais industriais, eles geralmente são extraídos em menor escala e podem ter um crescimento mais rápido do consumo à medida que o mundo adota novas tecnologias. O rênio, um dos metais mais raros, é usado em superligas que são críticas para as lâminas de turbinas de aeronaves e turbinas a gás. A indústria do petróleo o utiliza em catalisadores de rênio-platina para produzir gasolina de alta octanagem para veículos. 

Quanto ao lítio, a produção mais que dobrou desde 2016, devido à sua utilização na fabricação de baterias para veículos elétricos. No mesmo período, a produção global de terras raras mais que dobrou, impulsionada pela crescente demanda por ímãs. O índio é outro metal interessante nesta lista, já que sua grande parte é usada para fazer óxido de índio-estanho, um componente importante de telas sensíveis ao toque, telas de TV e painéis solares. 

A produção global de minério de ferro e alumínio mais do que triplicou em relação a meados da década de 1990 e outros metais, como cobre e aço, também tiveram um crescimento significativo no consumo.

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