Doação de Leite Humano

Saúde
02/08/2023 12:00h

Campanha nacional de incentivo à amamentação está voltada às trabalhadoras, para atingir meta de 70% de aleitamento exclusivo até 2030

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O governo federal pretende implantar salas de amamentação em Unidades Básicas de Saúde de todo o país. Um projeto piloto está em fase de construção desses espaços  em unidades que já estão em funcionamento em cinco unidades da federação: Pará, Paraíba, Distrito Federal, São Paulo e Paraná.

A campanha nacional de incentivo à amamentação de 2023 está voltada às trabalhadoras para atingir meta de 70% de aleitamento exclusivo até 2030. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, informa que a iniciativa visa apoiar especialmente aquelas mães que estão no mercado informal e não têm o amparo da legislação. “Nem sempre é um ato simples a amamentação, principalmente, com a questão de uma licença mais reduzida para a maternidade, com a falta de apoio nos ambientes de trabalho, uma atenção especial as mulheres que estão trabalhando e, aqui, nós falamos das mães e dos pais que trabalham”, relata.

O aleitamento materno é mais do que uma simples alimentação para o bebê. Ele protege, cuida e acalma. Além de ser sinônimo de cuidado, é uma forma de aproximar mãe e bebê. Mas existem cuidados que precisam ser observados. A opinião é da pediatra Natalia Ribas. Ela diz que muitas mães deixam de amamentar porque não conseguem se adequar à rotina de trabalho e amamentação. Para ela, é preciso ter mais espaços de apoio para que as mulheres trabalhadoras sigam amamentando seus filhos.

“Não é uma questão de que eu vou amamentar e não quero ficar exposta porque eu não posso amamentar em qualquer lugar, mas o fato de ter uma poltrona adequada, condições adequadas e uma estrutura preparada para receber essa mãe com seu bebê, isso dá mais liberdade. É uma questão de inclusão. Além de proporcionar um ambiente mais seguro, não trazendo tantos riscos de contaminação e infecção, o bebê consegue amamentar com mais tranquilidade e sem barulho”, destaca.

A médica ginecologista  Érica Medeiros, do Grupo Elas Brasília, concorda. “As salas de amamentação trazem mais conforto para o momento mãe e filho e podem ser um lugar de privacidade para as mães que sentirem essa necessidade, por isso é importante frisar que a amamentação em público tem que ser normalizada e estimulada até”.

A pediatra Natalia Ribas explica que é preciso estimular cada vez mais a amamentação porque o leite materno é extremamente importante para a saúde da criança e tem inúmeros benefícios: “O leite materno possui anticorpos que protegem os bebês durante todo o período de lactação, mas, especialmente, nos primeiros períodos de vida. Também promove segurança e bem-estar para o bebê, fortalece o desenvolvimento da arcada dentária, fortalece também os músculos da face, o leite possui todos os nutrientes necessários durante os seis primeiros meses de vida, além de ter maior absorção no intestino do que as fórmulas”, destaca.

A médica da Clinica Obstétrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Maternidade São Luiz Star, Mônica Fairbanks de Barros, conta que o leite materno é o alimento mais completo que existe e ainda é específico para cada espécie.

“É tão perfeito que muda a composição de acordo com a fase de vida do bebê ou seja, o leite do pré-maturo é mais rico em anticorpos do que o leite de uma criança maior. A composição vai mudando conforme a idade da criança. E não é só alimento, também é considerado como a primeira vacina porque é muito rico em anticorpos. Todos aqueles anticorpos que a mãe adquiriu durante a vida por doenças infecciosas que ela teve ou por vacinas que ela tomou passam pelo leite e ajudam a conferir proteção e imunidade”, informa.

Mas não são apenas os bebês os beneficiados. A médica ginecologista do Grupo Elas Brasília, Érica Medeiros, acrescenta: “Para a mãe, o benefício está no fortalecimento do vínculo com seu filho, a redução do sangramento pós-parto pelos hormônios que são produzidos durante a amamentação, a prevenção do câncer de mama e até câncer de ovário e de endométrio, além do custo do aleitamento materno ser zero e ter fácil acesso, a mãe também pode amamentar em qualquer lugar”, avalia.

Bancos de leite

Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. A médica da Clinica Obstétrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Maternidade São Luiz Star, Mônica Fairbanks de Barros, revela que a doação de leite materno é fundamental para ampliar as chances de recuperação de bebês prematuros ou com baixo peso que estão internados em UTIs neonatais.

“Aquelas mães que têm leite excedente devem ser estimuladas a doarem o leite materno. Uma das funções desses bancos de leite é poder receber o leite doado de outras mães. Já existem redes de bancos de leites estabilizadas coordenadas pela Fiocruz que fazem esse tipo de serviço”, aponta.

Para a pediatra Natalia Ribas, o banco de leite é fundamental para a manutenção da amamentação. “Essa questão dos primeiros quinze dias, a dor pra pegar, é difícil. Tem muita mãe que já sai da maternidade com o seio rachado, doendo e muitas desistem da amamentação por conta das dificuldades. Nesse sentido, muita amamentação é salva pelos bancos de leite. Ele é essencial para fazer essa manutenção. E ainda existe um acompanhamento da mãe e da criança para dar suporte e garantir uma boa amamentação”, revela.

Mesmo sabendo de todos os benefícios da amamentação para a saúde do bebê e da mãe e que os indicadores brasileiros estejam melhorando ao longo do tempo, as taxas de amamentação ainda seguem abaixo das recomendadas por organizações internacionais especialistas no tema. Segundo o mais recente Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), em 2019, apenas 45,8% das crianças menores de seis meses de todo o país eram alimentadas exclusivamente com leite materno. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2025, ao menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente. E que, até 2030, esse índice chegue a 70%.
 

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17/05/2022 20:58h

Em 2022, campanha nacional ocorre a partir desta quinta-feira (19), Dia Mundial da Doação de Leite Humano. País possui a maior rede de banco de leite do mundo, com 225 bancos e 217 postos de coleta

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Para incentivar o aumento das doações e abastecer os estoques dos bancos de leite humano em todo Brasil, o Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (17), a Campanha Nacional de Doação de Leite Humano 2022.

A campanha de 2022 ocorre a partir desta quinta-feira (19), Dia Mundial da Doação de Leite Humano. A veiculação vai até o dia 16 de junho, em rádio, redes sociais e pontos de grande circulação de pessoas.

Neste ano, o governo visa aumentar em até 5% a quantidade de doações e reforçar todos os estoques. Em 2021, o ministério registrou um aumento de 7% no volume de doações em comparação a 2020. Mas o quantitativo, segundo a pasta, representa 55% da necessidade por leite humano no País. O governo estima que, anualmente, cerca de 340 mil bebês prematuros ou de baixo peso nascem no território nacional.

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A coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Janini Ginani, explica os benefícios do leite humano para os recém-nascidos, especialmente os que nascem prematuramente e que estão em risco. "Os bebês amamentados com leite humano têm mais chances de uma rápida recuperação, o que também representa uma economia para o Sistema Único de Saúde (SUS), pois o leite materno possui elementos essenciais para a imunidade do recém nascido, que possibilita um menor uso dos antibióticos.” 

No ano passado, 3 milhões de mulheres doaram leite humano. Isso beneficiou outras 35 milhões de mães. “Reforçamos anualmente nas campanhas de arrecadação de leite materno que qualquer quantidade importa”, conclui Janini Ginani.

O Brasil tem a maior rede de bancos de leite humano no mundo. São 225 bancos de leite em todas as UFs e 217 postos de coleta. A rede brasileira é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). 
 

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19/08/2021 03:00h

Instituição também faz apelo por novos voluntários para doação de medula óssea no estado

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Com estoques sanguíneos de tipagens negativas praticamente escassos, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) precisa urgentemente que novos candidatos à doação de sangue se apresentem ao local para melhorar o banco de sangue. Com o objetivo de mobilizar a população alagoana, o Hemoal conta com o Hemocentro Coordenador, localizado em Maceió e, também, com uma estrutura descentralizada.

Alagoas tem duas Unidades de Coleta e Transfusão (UCTs): em Coruripe, no Hospital Carvalho Beltrão e no Hospital Veredas, em Maceió. Com o objetivo de abastecer o banco de sangue, o Hemoal indica que os voluntários devem procurar a UCT mais próxima. 

O órgão também faz um apelo por mais doadores de medula óssea que, além do hemocentro em Maceió, podem procurar o Hemocentro Regional de Arapiraca para fazer o cadastro. 

Logo depois, o cadastro é repassado para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão nacional responsável pelo gerenciamento das informações do doador e do paciente. Caso haja compatibilidade, o Redome entrará em contato com o doador para retirada das células.

Coordenação estadual

Segundo Camila Cansanção, assistente social do Hemoal, os municípios atuam frequentemente na doação de sangue a fim de manter o estoque bem abastecido para auxiliar pacientes que precisam de transfusão. “Além de solicitarem coletas externas, os moradores se reúnem em grupo e vão até o Hemoal ou Arapiraca para a coleta”, garante.

Atendimento regional

O hemocentro localizado em Arapiraca, no agreste alagoano, atende, sobretudo, a nove municípios. Entre eles, São Sebastião, Feira Grande, Craíbas e Lagoa da Canoa. A unidade fica na Rua Desportista Ernesto Alves Siqueira, número 49, Centro.  O telefone para contato é o (82) 3521- 4934.

Quem mora em Anadia, Boca da Mata, Coruripe, Jequiá da Praia, Junqueiro, Roteiro ou em um dos outros três municípios que fazem parte da microrregião de São Miguel dos Campos, pode procurar a Unidade de Coleta do Hospital Carvalho Beltrão  em Coruripe, que fica em Comendador Tércio Wanderley, sem número, cujo telefone é (82) 3273- 1183.Para saber mais informações sobre endereços e horários de funcionamento das unidades, veja o mapa abaixo. 

Atitude nobre

O fiscal de aviação, Diego Rodney Neves, 28 anos, doou medula óssea e conta que a experiência foi única. “Foi inenarrável pelo fato de ser concedida uma nova oportunidade para quem precisa. É uma nova chance de vida, uma possibilidade tão difícil e remota de acontecer e você se sente  agraciado por poder salvar a vida de alguém”, relembra o morador de Maceió. 

Além da medula, Diego também doa sangue desde os 18 anos. Seguindo o mesmo gesto de solidariedade, o empresário Henrique Correia, 44 anos, que mora do bairro Pilar, em Alagoas, doa sangue há mais de cinco anos. “Esse é um ato de doar vida e, além disso, estou me cadastrando para ser doador de medula óssea também”, conta ele. 

Doação de Sangue

O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, garante que doar sangue é possível graças ao SUS. “Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa”, afirma o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.”

E quem vacinou contra a Covid-19 pode doar sangue?

Após a vacinação, é preciso aguardar um período para poder doar sangue e medula, de acordo com o tipo de vacina, conforme quadro abaixo:

 

Laboratório 

Inaptidão para doação de sangue

Coronavac

48 horas

AstraZeneca/Oxford/Fiocruz

7 dias

BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer

7 dias

Janssen-Cilag

7 dias

Gamaleya National Center

7 dias

Fonte: Ministério da Saúde

Como doar sangue

Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano, com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses entre as doações. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.

Candidatos à doação de medula óssea devem ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doença infecciosa ou incapacitante. Segundo o Redome, algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

O Ministério da Saúde ressalta que quem foi infectado pelo coronavírus também pode doar. Só é preciso aguardar 30 dias após completa recuperação da Covid-19, apresentando o RT-PCR negativo e a ausência de sintomas. Já os vacinados com a CoronaVac devem esperar 48 horas. O tempo de espera para outras vacinas é de sete dias. O tempo vai depender da marca do imunizante.

Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea no estado de Alagoas acesse  cidadao.saude.al.gov.br.

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20/05/2021 10:45h

O objetivo é aumentar as doações do alimento em todo o país

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No Dia Mundial da Doação de Leite Materno, celebrado em 19 de maio, o Ministério da Saúde lança a campanha “Doe leite, doe esperança. Um grande gesto pode salvar a vida de quem mais precisa”. O objetivo é ampliar o número de mães doadoras em todo o país.

O leite materno permite que o bebê se desenvolva com mais saúde, além de protegê-lo contra infecções, diarreias e alergias. O alimento também é fundamental para o sustento e recuperação de bebês prematuros internados. Estima-se que a cada ano, no Brasil, nasçam 330 mil bebês prematuros ou de baixo peso - cerca de 11% das crianças nascidas no país.

Alimentação nos primeiros anos de vida é decisiva para a formação de hábitos alimentares, crescimento e desenvolvimento da criança

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Para ser uma doadora de leite materno, basta seguir as instruções do banco de leite, como os cuidados com a higiene antes de iniciar a coleta. Após o procedimento, deve-se armazenar corretamente e ligar para a unidade de doação mais próxima, pelo número 136.

Na doação, qualquer quantidade de leite pode ajudar. Apenas 1 ml já é suficiente para uma refeição de um recém-nascido, dependendo do peso. Todo leite é analisado, pasteurizado e passa por um processo de controle de qualidade.

Confira no link as orientações para uma coleta segura.

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05/08/2020 00:00h

Dados sobre amamentação foram apresentados pelo Ministério da Saúde durante lançamento da campanha de incentivo à essa prática

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Considerado um ato fundamental para o desenvolvimento saudável de uma criança, o aleitamento materno tem ganhado cada vez mais atenção no Brasil. É o que revela o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) do Ministério da Saúde. De acordo com o balanço, 14.505 crianças menores de cinco anos foram avaliadas no período entre fevereiro de 2019 e março de 2020. Desse total, 53% continua sendo amamentada no primeiro ano de vida.

Em relação às crianças menores de seis meses, o índice de amamentação exclusiva é de 45,7%. Quanto às menores de quatro meses, a taxa chega a 60%. Esses resultados, segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara Medeiros, representa um avanço importante, pois uma amamentação feita da maneira correta contribui, de maneira significativa, para uma vida saudável, tanto no momento atual, quanto no futuro.

“A amamentação é importante porque reduz em até 13% a mortalidade infantil, diminui as chances da criança ter alergia, infecções, diarreia, doenças respiratórias, obesidade e diabetes tipo 2. Além disso, causa um efeito positivo na inteligência, reduz as chances da mulher vir a ter câncer de mama e de ovário, não causa poluição ambiente por não ter embalagens e diminui os custos com tratamentos e para o sistema de saúde”, pontua Medeiros.

Os dados foram apresentados durante o lançamento da campanha de incentivo à amamentação, do Ministério da Saúde. A iniciativa marca o início do Agosto Dourado e da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2020 (SMAM), que ocorre em mais de 150 países.

Na ocasião, foram apresentadas informações sobre o último dado de 2006 da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS). Quando comparados ao Enani, esses dados apontam para um aumento de 15 vezes na prevalência de aleitamento materno exclusivo entre as crianças menores de 4 meses, e de 8,6 vezes entre crianças menores de 6 meses.

Por outro lado, em relação aos últimos 34 anos, percebe-se um salto de aproximadamente 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de 4 meses e de cerca de 16 vezes entre crianças menores de 6 meses.

“Esses resultados mostram que o Brasil avançou nesses indicadores, revelando a importância das políticas públicas nessa área e a importância de continuar investindo em políticas públicas para promover e apoiar a amamentação. A nossa recomendação é que as crianças mamem por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos seis primeiros meses, priorizando a amamentação na primeira hora de vida”, destaca a coordenadora Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde, Gisele Bertolini.

Amamentação na pandemia

Apesar das recomendações sobre os cuidados para evitar contágio da Covid-19 serem mantidas, o Ministério da Saúde orienta que a amamentação seja contínua mesmo durante a pandemia. Nesse caso, são levados em conta alguns pontos como benefícios para a saúde da criança e da mulher e a ausência de constatações científicas significativas sobre a transmissão do coronavírus por meio do leite materno.

Cai o número de doadoras e de leite materno no estoque do Banco de Leite Humano de Uberaba 

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A diretora substituta do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), Maria Dilma Teodoro afirma que ainda é considerado o fato de não haver recomendação para a suspensão do aleitamento materno na transmissão de outros vírus respiratórios.

“A mulher deve procurar um profissional de saúde para obter orientações sobre os cuidados necessários para manter a amamentação no período da infecção por vírus. Caso ela tenha alguma dúvida ou se sinta insegura, a recomendação é procurar esclarecimentos com alguém da área e que tente não interromper a amamentação se não houver uma indicação em outro sentido”, explica Maria Dilma.

Nessa situação específica, a amamentação deve ocorrer apenas se a mãe desejar e estiver em condições clínicas adequadas para realizá-la. No caso das mães que tenham confirmação ou estejam com suspeita da Covid-19 que não puderem ou não quiserem amamentar, devem ser orientadas por profissionais de saúde a realizarem a extração do leite materno manualmente ou por bomba.
 

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Saúde
16/06/2020 04:00h

O leite materno é fundamental para um melhor desenvolvimento da criança e é o único alimento recomendado para o bebê até os seis meses de vida

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No município paraense de Bragança, o Banco de Leite Humano (BLH) Maria Eunice Begot da Silva Dantas opera com baixos estoques de leite materno. A direção do Banco de Leite Humano, que funciona dentro do Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria, afirma que há uma dificuldade em atrair doadoras que não deram à luz na maternidade do hospital.

Em meio à Campanha Nacional de Doação de Leite Humano, ação promovida pelo Ministério da Saúde, e diante da pandemia do novo coronavírus, a unidade reforça a necessidade em aumentar o estoque do Banco de Leite Humano, que caiu 60% neste período. 

O leite materno é fundamental para um melhor desenvolvimento da criança e é o único alimento recomendado para o bebê até os seis meses de vida. É o que diz a coordenadora do Banco de Leite Humano da Fiocruz, Danielle Aparecida da Silva.

“Não há como comparar a grandiosidade do leite materno com outros produtos. Ele é o alimento mais completo, que facilita a digestão, provoca menos cólica, possui fatores probióticos e de proteção. E ajuda no desenvolvimento do trato gastrointestinal.”

De acordo com o Ministério da Saúde, o leite materno protege as crianças de infecções e alergias e reduz o risco de elas desenvolverem doenças crônicas na fase adulta, como diabetes, hipertensão e obesidade.

A mãe Ingrid Fassanaro conta que não conseguiu produzir leite materno suficiente para a filha recém-nascida que se encontra internada na unidade neonatal. Segundo ela, o que tranquilizou foi saber que poderia contar com o Banco de Leite Humano para alimentar a sua bebê.

“Só o fato de saber que minha filha será alimentada tranquiliza o meu coração de alguma forma e ajuda com que fique mais calma.”

O Banco de Leite Humano (BLH) Maria Eunice Begot da Silva Dantas funciona dentro Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria, localizado na Avenida Nazeazeno Ferreira, Padre Luiz. Para mais informações e para agendar a coleta domiciliar, ligue para (91) 99631-3114. 

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”.  Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite. 
 

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Saúde
16/06/2020 04:00h

Os dados da Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) também apontam diminuição de 27% no número de doadoras da unidade

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O Banco de Leite Humano (BLH) de Uberaba registra queda de 33% no volume de leite materno coletado entre janeiro e abril deste ano na comparação com o mesmo período de 2019. Os dados da Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) também apontam diminuição de 27% no número de doadoras da unidade.  

A situação dos estoques dos Bancos de Leite Humano e dos Postos de Coleta de Leite Humano no país piorou com a pandemia do novo coronavírus. A nível nacional, houve redução de 5% na quantidade de mulheres que contribuem com a doação de leite materno, de acordo com o Ministério da Saúde. 

O órgão ressalta que é possível reverter a tendência de queda nas doações mesmo em meio à crise da Covid-19. Para isso, o ministério diz que basta que mães e Bancos de Leite Humano tomem cuidados básicos de higiene. O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os seis primeiros meses de vida. Infelizmente, muitas mães não podem amamentar os filhos, sobretudo aqueles que nascem prematuros e/ou de baixo peso e ficam internados em Unidade Neonatal. 

Janini Selva Ginani, coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, afirma que uma simples doação de leite materno tem potencial para fazer a diferença. 

“Algumas mães acreditam que o leite materno que produzem não é suficiente para doação. Qualquer quantidade de leite materno é suficiente para doar. Alguns recém nascidos, dependendo das condições de saúde e de nascimento, podem precisar de quantidades tão pequenas como 1ml de leite materno.”

Da capital do estado, Belo Horizonte, vem o exemplo de Luiza Freire Vidigal, 33 anos. A engenheira doa leite materno desde o nascimento do primeiro filho, o Henrique. Ela conta que faz o gesto em retribuição ao tratamento que recebeu da equipe do Banco de Leite Humano e pela consciência em ajudar outras mães e bebês. A doadora faz um apelo para que outras mamães se juntem a ela. 

“Doação de leite materno não custa nada. É o seu leite que está sobrando. O pessoal do Banco de Leite Humano busca em casa, não precisa nem ir lá. É gratificante! A mãe que puder ser uma doadora, vale muito a pena, pelo outro, por você, é só bem pra todo mundo.”

O Banco de Leite Humano de Uberaba está localizado na Avenida Leopoldino de Oliveira, nº1.160, Parque do Mirante. O Banco de Leite Humano funciona para coleta presencial ou caso alguma mãe queira tirar dúvidas sobre amamentação, de segunda à sexta-feira, das 13h às 17h. Há coleta domiciliar, ao menos uma vez por semana. Para se cadastrar, basta ligar no telefone (34) 3332-0559. 

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite.

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Saúde
16/06/2020 04:00h

Com o leite materno, a criança se desenvolve com mais saúde, tem mais chances de recuperação e fica protegida de infecções, diarreias e alergias

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Mesmo com os estoques abastecidos, o Banco de Leite Humano Enfermeira Anália Heck, alerta para a importância das mamães que estão amamentando a doarem o seu leite. Até abril deste ano, a unidade coletou 487 litros do alimento no município de Ribeirão Preto (SP). Com as doações a unidade conseguiu ajudar na nutrição e recuperação de 412 bebês prematuros ou de baixo peso que estavam internados nas Unidades Neonatais. Ajudar a salvar essas vidas só foi possível depois da doação de 216 mães. 

Com o leite materno, a criança se desenvolve com mais saúde, tem mais chances de recuperação e fica protegida de infecções, diarreias e alergias.

Qualquer quantidade de leite materno pode ajudar essa criança. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, 1ml já é suficiente para nutrir um recém-nascido a cada refeição, dependendo do peso e condições clínicas. Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite materno. Para doar, basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. 

A diretora técnica de saúde do Banco de Leite Humano Enfermeira Anália Heck do Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto, Larissa Garcia Alves, faz um chamamento a todas as mamães.

“Pedimos para as mães que estão amamentando, que tem leite materno em excesso para entrarem em contato com os Bancos de Leite Humano para receberem a orientação da equipe. Os profissionais de saúde fazem o serviço domiciliar de buscar o alimento na casa da mãe. Nós oferecemos todo o material esterilizado para a coleta. A equipe orienta sobre os cuidados e o armazenamento do leite materno e o transporte. Nós temos muitos bebês que precisam dessa doação”.

O leite materno doado é analisado, pasteurizado e submetido a um rigoroso controle de qualidade antes de ser ofertado aos bebês prematuros e/ou de baixo peso internados nas Unidades Neonatais.

Na cidade de Ribeirão Preto (SP) a mãe que deseja doar leite materno pode procurar o Banco de Leite Humano Enfermeira Anália Heck. A unidade fica na Avenida Santa Luzia, número 387, no bairro Jardim Sumaré. Lá os profissionais atendem de segunda a sexta-feira, das sete horas às seis horas da noite. O número para o contato é: (16) 3610-8686 ou 3610-2649.

A mãe e engenheira, Luiza Freitas Vidigal, é doadora e tem dois filhos, o Henrique e o Marcelo. Ela fala um pouco da importância do gesto.

“Sempre vão ter crianças precisando. E quando a gente vê o nosso filho saudável, na maioria das vezes no nosso braço, pensamos que outras crianças nasceram prematuras e que tem mães que não estão conseguindo amamentar e que podemos ajudar.”

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Procure o Banco de Leite Humano mais próximo ou ligue para o Disque Saúde, no número 136, para tirar qualquer dúvida. Para mais informações, acesse saude.gov.br/doacaodeleite.

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Saúde
16/06/2020 04:00h

Neste ano a coleta só deu para suprir a necessidade de 391 crianças

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A exemplo do que ocorre em muitos municípios brasileiros, o número de doadoras de leite materno diminuiu no Banco de Leite Humano (BLH) Dr. Virgílio Brasileiro, em Campina Grande. Os dados da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH) apontam que a unidade perdeu 27% das doadoras entre janeiro e abril deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. 

Por causa da queda nas doações, menos bebês prematuros e/ou de baixo peso que precisam do leite materno para se recuperarem mais rápido, receberam o alimento. Se nos quatro primeiros meses de 2019, a coleta foi suficiente para atender a 465 bebês, neste ano só deu para suprir a necessidade de 391 crianças. De acordo com as autoridades em saúde, o temor causado pela pandemia do novo coronavírus explica a triste situação. 

No entanto, o Ministério da Saúde garante que com os devidos cuidados de segurança, tanto das mães, quantos dos Bancos de Leite Humano, é possível reverter o quadro. O órgão afirma que, por ano, cerca de 330 mil crianças prematuras — muitas das quais não podem ser amamentadas pelas próprias mães — precisam da doação.  

Segundo Danielle Aparecida da Silva, coordenadora do Banco de Leite Humano (BLH) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz), qualquer mulher que esteja amamentando é uma possível doadora de leite materno. 

“Toda mulher que esteja amamentando e produzindo para além do que o seu filho consome, deve ser uma doadora de leite materno. Quando você enche um frasco, você coloca ali, nutrição, saúde e esperança. Doe leite materno, é seguro para você e para o bebê que recebe. Ajude um Banco de Leite Humano a salvar vidas.”

Moradora de Caruaru, em Pernambuco, Roseane Cristina doa leite materno há dois meses. Após ser afastada do trabalho por conta da pandemia do coronavírus, ela conta que conseguiu mais tempo para se dedicar à causa, principalmente por saber da necessidade de abastecimento dos estoques do Banco de Leite Humano. 

“Eu sei da importância que o leite materno tem na vida de um recém-nascido e, também, sei que os hospitais estão precisando. Como eu fui abençoada, tenho bastante, tanto para saciar a necessidade da minha filha e também estou ajudando na necessidade de outras crianças, principalmente nesse momento da Covid-19.”

O Banco de Leite Humano Dr. Virgílio Brasileiro pertence ao Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea). A unidade está localizada na Rua Vila Nova da Rainha, nº147, Centro. O Banco de Leite Humano funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 13h. A lactante pode doar presencialmente ou fazer o cadastro por telefone, o que garante a coleta domiciliar. Nesse caso, a equipe do banco vai até a doadora e recebe o pote de leite materno. O telefone para doar é o (83) 3310-6185. 

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite.

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Saúde
16/06/2020 04:00h

Em meio à pandemia do novo coronavírus, a unidade oferece a coleta domiciliar para incentivar novas doações

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Em Porto Velho (RO), o Banco de Leite Humano (BLH) Santa Ágata opera com o estoque baixo. Em meio à pandemia do novo coronavírus, a unidade oferece a coleta domiciliar para incentivar novas doações. 

Diante desse cenário, autoridades de saúde fazem um apelo às mães da cidade que estão amamentando e possam doar o seu leite, que doem. Segundo o Ministério da Saúde, houve redução de 5% no número de doadoras em relação ao mesmo período de 2019, em todo o Brasil. O ministério alerta que com os cuidados necessários, tanto da doadora quanto dos Bancos de Leite Humano, é possível manter a rotina de doação durante a pandemia.

Ainda de acordo com o ministério, toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite materno. Para doar, basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. 

O coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (BLH), João Aprígio, explica que o leite materno é um alimento fundamental para o desenvolvimento de crianças. 

“O leite materno tem substâncias que protegem, de imunomodulação. E o que é imunomodulador? Aumentam a resistência do organismo. Têm substâncias que promovem o crescimento facilitado do bebê e da criança.”

Um pote de leite materno pode alimentar até 10 crianças por dia. O alimento doado é destinado para bebês em Unidades Neonatais e bebês que nasceram prematuros e/ou com baixo do peso. 

Para a mãe Ingrid Fassanaro, o leite materno doado foi fundamental para o desenvolvimento da filha prematura. 

“Ser mãe em UTI é muito difícil. Havia dias que estava tão triste e chorava tanto, que tentava tirar leite materno e não saia nada. Sou muito grata, muito mesmo [pelas doações de leite materno].”

O Banco de Leite Humano (BLH) Santa Ágata está localizado na Avenida Governador Jorge Teixeira, número 3.766, no setor industrial de Porto Velho. A unidade funciona todos os dias da semana, das sete da manhã às sete da noite. Para agendar uma coleta em domicílio, ligue para (69) 3216-5715. Repetindo: (69) 3216-5715.

Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite.

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