O Rio Grande do Sul registrou uma diminuição de homicídios de 25,2% em julho. Este foi o menor índice desde 2010. O marco foi alcançado pela segunda vez este ano. Outros crimes como feminicídio, latrocínio, abigeato ( furto de animais) e roubo de veículos, também apresentaram diminuição nos casos. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP).
O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, avalia que a redução dos números de crimes é devido ao trabalho de monitoramento e combate à criminalidade pelas forças de segurança.
“Isso mostra que estamos no caminho certo. Temos muito a avançar, sabemos disso, mas agimos com muita pressão operacional, com ações de prisões da Brigada Militar, da Polícia Civil, apreensões de drogas, apreensões de armas, realizando um trabalho de asfixia do crime organizado do estado”, comenta.
Segundo o secretário, o estado também registrou o menor número de roubos de veículos nos últimos 13 anos.
“Isso é fruto de várias prisões que a Brigada Militar e a Polícia Civil vem fazendo de pessoas envolvidas com crimes violentos contra o patrimônio, resultado também de apreensões de armas, de ações ostensivas e de operações realizadas pela Polícia Civil recentemente que vem desbaratando quadrilhas especializadas em roubo de veículos”, enfatiza.
Para reforçar a segurança do RS, em abril a SSP entregou 160 veículos para patrulhamento em todos os 497 municípios. Em maio, o Instituto Geral de Perícias (IGP) obteve equipamentos para acelerar laudos em diversas áreas. Já em julho, a Polícia Civil adquiriu 3,1 mil pistolas, totalizando um investimento de R$ 7,6 milhões. Já o Corpo de Bombeiros recebeu seu primeiro helicóptero, com custo de R$ 21,7 milhões, apto para operações terrestres e aquáticas.
Até junho deste ano, o Rio Grande do Sul registrou 1.040 vítimas de mortes violentas intencionais, 17.276 roubos, 61.744 furtos, 874 vítimas de homicídio doloso e 11 vítimas de lesões corporais seguidas de morte. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do estado.
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No primeiro trimestre de 2023, cerca de 8.800 denúncias referentes ao tráfico de drogas foram efetuadas pelo Disque Denúncia 181, no Paraná. Em seguida estão os maus tratos de animais domésticos com aproximadamente 4.500 denúncias e o comércio ilegal e tráfico de armas de fogo e munições, com cerca de 2.200 denúncias.
O chefe do Centro Integrado de Denúncias, no Paraná, major Giuliano Freitas avalia que o Centro Integrado de Denúncias 181 do estado recebeu 24 mil contatos de denúncia — e que essas tiveram respostas eficazes, como prisões e apreensões.
“As nossas forças de segurança tiveram êxito na prisão de 534 criminosos. Tiraram de circulação 58 armas de fogo e o principal número que nos trouxe o dado mais surpreendente pelo volume, pela quantidade, foram apreendidas mais de 3 toneladas de drogas em virtude das denúncias realizadas no 181”, afirma.
De acordo com o Centro Integrado de Denúncias, apenas em relação ao tráfico de drogas, o volume de entorpecentes apreendidos no primeiro semestre deste ano, a partir de denúncia por meio deste canal, cresceu quase 200% — índice referente à diferença entre 1,075 tonelada de janeiro a junho de 2022 e as 3,2 toneladas neste ano.
Ao considerar os casos notificados e não notificados, as autoridades de segurança do Paraná registraram, em 2023, o maior volume de apreensões de maconha para um primeiro semestre nos últimos 10 anos.
Para relatar crimes ou atividades suspeitas, você pode contatar o Centro Integrado de Denúncias 181 de forma anônima, ligando para o número 181 ou acessando o site do Disque Denúncia.
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O Governo Federal publicou portaria que permite que carros apreendidos durante operações da polícia em combate ao tráfico de drogas, poderão ser doados às Organizações da Sociedade Civil que atuam na redução de demanda dos entorpecentes, como Comunidades Terapêuticas. Os veículos, antes eram armazenados pelo Fundo Nacional Antidrogas (FUNAD).
Com a entrega a expectativa é de que as organizações desenvolvam programas de formação profissional, prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social. Serão doados os veículos avaliados em até R$ 60 mil e considerados "perdidos" e com "documentação completa".
As entidades que desejarem receber os automóveis precisarão estar inscritas no Cadastro Nacional de Credenciamento das comunidades terapêuticas e das entidades de prevenção, apoio, mútua ajuda, atendimento psicossocial e ressocialização de dependentes do álcool e outras drogas e seus familiares.
A fiscalização da utilização dos veículos ficará sob responsabilidade do Ministério da Cidadania, que entregará relatórios semestrais, inclusive com imagens que demonstrem que as organizações estão cumprindo tudo o que determina as Portarias Nº 513 e Nº 514.