Economia clara e prática

07/06/2023 04:45h

Ainda precisamos desses juros altos?

A cada nova divulgação de índices de inflação saindo surpreendente como os últimos índices do IPCA, poderíamos já enxergar que o BC possa reduzir os juros?

Poderemos ter caso houver com doses de recuo ainda tímido, afinal, será que já temos uma inflação comportada? Ou para termos algo mais expressivo, vamos ter que aguardar pelos resultados finais do Arcabouço e das Reformas tributárias que ainda estão em discussão, o que faria com que os juros possam a voltar a ficar em patamares adequados para todos?  Aguardemos.

Temos sim um BC independente, gostem ou não. Esperamos que veio para ficar, para que possa equacionar da melhor maneira nossa inflação e outros artifícios promovidos por ele. 

As cansativas falas do governo, políticos e economistas em geral para que os juros caiam de forma rápida alegando que ele é o principal culpado pela fraca retomada de nossa economia, desprezando os momentos que vivemos na Covid, guerra e com inflações e juros altos pelo mundo, onde países como Alemanha já se encontram em recessão técnica devido a uma desaceleração em sua economia.

A quem interessa todos esses discursos? 

Esse vai ser o dilema do mundo com os juros.  Se aumentar muito logo aparecerá uma desaceleração/recessão. Se cair muito, a inflação pode voltar a subir e como sabemos ainda pairam diversos problemas pelo mundo causados por uma guerra que encareceu diversos produtos com alta nos preços de várias commodities e tendo seus envolvidos nessa guerra como principais produtores e exportadores, principalmente para países europeus.

Então muita calma nesse momento, afinal precisamos de outras coisas mais importantes para que a população volte a ter tranquilidade, empregos e segurança, mas para isso vamos precisar de mais reformas pois sabemos que o Brasil tem diversas coisas defasadas contribuindo com o atraso do pais. para podermos ter um crescimento mais robusto no nosso PIB, criando empregos e melhorando nossa saúde e segurança.

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05/06/2023 04:45h

Precisamos de outras reformas ou não?

Pense vocês, somente com essas aprovações seriam suficientes para que o pais volte a navegar por mares mais nervosos? 

Ainda sem aprovação final e com muitas modificações que estão sendo feitas no texto inicial pelos parlamentares, essas reformas e planos deveriam também passar por aprovações de empresários, mercado e população para entender melhor o que esse governo busca de melhor para o pais para aí sim podermos saber se elas vieram para motivar e acelerar mais a nossa economia.

Todo alvoroço nos mercados ainda pairam por notícias vindas de fora e se o investidor tomar pleno conhecimento do que está acontecendo no mundo poderá analisar melhor em qual tipo de investimento deverá colocar seus recursos daqui em diante.

Nem tanto mar nem tanta terra assim devemos enxergar uma possível empolgação dos mercados com o Brasil.

Motivos temos em saber que o Brasil tem grande potencial para diversos tipos de investimentos. Mas não é bem assim que lá fora enxergam esse nosso momento.

Bolsas voltando a animar investidores por diversos motivos, afinal está em banho maria desde o princípio deste ano, navegando entre seus 95 – 110 mil pontos, muito pela volatilidade que estamos tendo na nossa “ecolítica” com interferências em empresas listadas em bolsa.

Pelo lado dólar teimosamente não cai a níveis que deveria estar mesmo com a presença de capital externo. Nosso cambio compactua com os mesmos modos de nossa bolsa estando em banho maria rodeando os R$ 5,00, onde já poderia estar bem abaixo, mas com as interferências políticas na economia são os motivos que seguram uma maior queda da moeda mesmo sabemos que o dólar é o porto seguro de muitos investidores aqui e no mundo.

Dito por uma profissional do mercado financeiro de fora do pais. “Enxergamos o Brasil sendo de um grupo latino com risco médio, mas estando em um momento político/econômico que se encontra, dificulta em trazer os investimentos sem enxergar esse tipo de risco. ”

Para os investidores mais arrojados é o momento de aproveitar as pechinchas da bolsa e surfar juntamente com os mercados externos, mas para o conservador e moderado a renda fixa ainda é a grande e segura tacada mesmo esperando para o segundo semestre uma provável queda dos juros, mas quem ainda enxerga uma volatilidade o modo é continuar a “diversificar”. 

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02/06/2023 04:45h

PIB do Brasil cresce 1,9% no 1º trimestre de 2023

Imaginemos se tudo estivesse de acordo, com aprovações de projetos, população e empresariado felizes com as diretrizes econômicas do pais. Pois é, imaginemos.

Parece que o Brasil está imune a tudo que estamos presenciando entre os 3 poderes, com intrigas e uma politicagem que tentam estragar o humor de todos. Mas somos mais fortes!

O mundo ainda enxerga nosso pais vulnerável, mas mesmo assim ele atrai curiosos e investidores capazes de driblar tudo que possa impedir seu acesso ao país. Isso, contudo, tem limites. E eles já perceberam.

Crescemos, mas ainda temos muito do que foi proveitoso durante o ano de 2022. Muitas coisas boas ainda o empresário e investidor enxergam com bons olhos para frente. Afinal, o mundo está complicado para saber bem qual o melhor local para aportar recursos com segurança.

Puxado pelo Agro, o PIB vem crescendo e sustentando essas altas. Mesmo com oposições a ele vindas de fora e dentro do pais, o PIB avança com sua diversificação de produtos e somando em muito com nossa balança comercial. Desse modo, pode impulsionar ainda mais com as projeções das colheitas que prometem vir com recorde de produção em diversos produtos.

Pelo lado de serviços, mesmo com a alta ainda está em compassos. Mas entra em uma fase de crescimento. 

Logicamente alguns pontos foram neutros ou negativos dentro desse PIB, mas muito em virtude de momentos de volatilidade e problemas dentro de nossa ecolítica*. 

Podemos melhorar, mas “todos” precisam colaborar.

* Ecolítica = economia + política

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01/06/2023 04:50h

Fernando Honorato alerta que o Brasil precisa reduzir o déficit público e expandir a arrecadação

Fernando Honorato  é economista e atual economista chefe do Banco Bradesco. Atuou em outras grandes instituições financeiras nacionais, sempre na posição de economista, membro de mesas e conselhos de importantes núcleos econômicos do pais, com graduação e mestrado em Economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA-USP, Program for Management Development (PMD) pelo IESE - University of Navarra, São Paulo, SP.

Roberto Dardis – Como você enxerga hoje nossa economia tendo juros de 13,75%? Culpar somente o BC por esses juros é certo?

Fernando Honorato - O juro elevado é fruto de uma série de fatores: choques de oferta da pandemia (semicondutores, automóveis, guerra), programas de estímulos de demanda, resiliência do mercado de trabalho e desencorajem das expectativas de inflação. Vale destacar que esses são fenômenos globais e não apenas brasileiros.

O novo arcabouço fiscal deve limitar a expansão do gasto público e as commodities e o dólar estão em queda, o que ajuda a inflação. Assim, após a definição do que será feito com a meta da inflação, em junho, as expectativas devem diminuir sua distância em relação à meta, possibilitando o início do corte de juros em setembro, levando a Selic a 12,25% ao final do ano.

A economia está resiliente apesar desse quadro de juros elevados, resultado do bom desempenho agrícola e, ainda, dos legados da reabertura da pandemia. Mas o esforço de construção conjunta de corte de juros pelo governo e o Banco Central é fundamental para diminuir os riscos de uma desaceleração mais intensa adiante.

RD – Com uma dívida pública alta e sem o governo economizar, será iminente um aumento de impostos? Ou temos outras saídas? Com crescimento baixo, inflação ainda fora da meta e juros altos, e sem um projeto econômico viável (Arcabouço fiscal/reforma tributária), qual seria a saída para o governo voltar a ter superávit em suas contas?

FH - O novo arcabouço fiscal prevê expansão dos gastos públicos entre 0,6% e 2,5% nos próximos anos. Segundo nossas simulações, isso deve fazer com que o gasto do governo federal se estabilize ao redor de 19% do PIB. Como a arrecadação Federal roda, hoje em dia, ao redor de 17,5% do PIB, o país terá que contar com um aumento de arrecadação da ordem de R$150 bilhões nos próximos anos para zerar o déficit primário e iniciar um processo de estabilização e queda da dívida pública.

Caso se pretenda manter esse nível de gastos nos próximos anos, as únicas alternativas para a estabilização da dívida pública sem aumento da inflação são a elevação da arrecadação ou o crescimento mais acelerado da economia, o que depende de reformas que ampliem a produtividade e o PIB potencial do país. A reforma tributária, ao dar alguma racionalidade aos impostos sobre consumo, é uma candidata a acelerar o crescimento da economia.

RD –De zero a 10, qual a nota que você daria sobre uma intromissão política em nossa economia? E qual o peso que essa intromissão causa no pais?

FH - O Brasil tem tido avanços e retrocessos em seus marcos regulatórios que organizam e fiscalizam a relação entre o setor público e o privado. Nos últimos anos houve reformas importantes, como a trabalhista e a lei do saneamento, que melhoraram o arcabouço jurídico do país, a autonomia do Banco Central, o cadastro positivo, bem como reformas que disciplinaram a relação dos bancos públicos junto ao Tesouro. Ainda há muito que se fazer para simplificar a burocracia no país e, novamente, a reforma tributária pode ser um passo importante nessa direção.

RD – Mesmo sabendo que precisamos de reformas gerais, muitos fogem desse vespeiro, mas o pais está ficando para trás sem elas. Qual a nossa saída?

FH - As reformas necessárias para a aceleração do crescimento são conhecidas: tributária, segurança jurídica, confiabilidade das agências reguladoras, maior inserção internacional, elevar a produtividade do setor público, aumentar a eficiência dos gastos e resultados em educação, fomentar a competição  e avanços na infraestrutura.

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31/05/2023 04:45h

Tudo Prático e Claro, com Roberto Dardis

Governistas, imprensa, economistas e curiosos culpam o BC pela alta nos juros que temos. E também pela dificuldade de ter um juro mais comportado. Ou seja, é mais fácil pôr a culpa nos outros pela provável desaceleração econômica do que ter sugestões para sair dessa enrascada.

Questionamentos que podemos analisar:

  • Quem é o culpado pelo alto endividamento público?
  • Será que se não houver taxas interessante nos juros, haveriam instituições financeiras interessadas no financiamento da dívida pública?
  • Temos reduzido os gastos públicos para que possamos cobrar por uma redução nos juros?
  • Temos planos de governo? Ou somente com a aprovação do arcabouço e reformas tributárias já podemos cobrar uma redução nos juros?
  • Temos propostas para uma redução nos juros para atrair investidores com “regras claras”?
  • Temos opções para que os investidores deixem de pagar o alto custo Brasil, muito devido à exposição que temos para o mundo com corrupção, intromissões em órgãos públicos, retrocessos entre outros...?

Ser pedra neste momento é fácil, quero ver é dar dicas, buscar soluções para podermos sair dessa encruzilhada. E todos sabemos quem é o maior culpado por estarmos nela... ou ver o que está acontecendo no país em volta dos “3 poderes”, qualquer investidor inteligente analisaria sua entrada no país.

Não esqueçamos que passamos por uma epidemia, temos confrontos pelo mundo com guerras e atritos entre grandes países, inflações e juros altas pelo mundo, e alguns países já enxergam uma desaceleração em suas economias que podem ser promovidas a uma recessão mundial, isso fora os problemas eternos que temos no pais, com um “ecolítica” fora do controle.

Então será que é somente o BC o grande culpado por todo esses juros altos?

Governo ativo, povo feliz, será?

Chegando a quase 150 dias de governo, ainda nada de novidade em propostas econômicas. Estamos na dependência de aprovações no Congresso do arcabouço fiscal. E é só o que vimos, o resto são promessas.

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29/05/2023 04:45h

Economia Clara e pratica com Roberto Dardis

Estatísticas à parte, mas com certeza uma intromissão em seus negócios nunca será bem-vinda. E ainda mais por pessoas que não te conhecem ou não sabem bem o que você faz.

Assim também podemos enxergar o quanto mal fazem as interferências feitas pelo governo nas empresas públicas. E mesmo sabendo que o mercado repudia essas intromissões, elas continuam a ser feitas.

A paz que tanto proclamaram, está longe de ser exercida pelo comandante político, pois precisa sair do palanque onde expressa palavras ásperas contra o governo anterior, mercado, BC, Agro e uma grande parte do eleitorado que não votou nele (70% da população).

Quais seriam os reflexos com essas intervenções que temos em nossa economia, em nossos dias, no emprego, internet entre outros?

  • Fuga do investidor local e de fora;
  • Falta de confiança na empresa que está sendo interferida;
  • Falta de interesse em investir em empresas públicas listadas em bolsa perdendo, o valor real de mercado;
  • Preços distorcidos e maquiados não fazem bem para a população;
  • Dólar, bolsa e juros sem direções favoráveis ao país.

Colocado sempre como parâmetro em nossa economia, tanto bolsa, juros e câmbio são nossos reflexos ou sinais de como está sendo administrado o país. 

Com intromissões vemos bolsa caindo, juros subindo e um dólar volátil, muito em virtude da falta de um plano governamental, das falas inconvenientes de políticos, ataques sem noção às instituições públicas e intromissões em privatizações feitas. ou revendo contratos já fechados. 

Mesmo sendo criadas a lei das Estatais, tivemos o desprazer de serem revogados e assim foram aprovados para exercer cargos de presidente de empresas públicas políticos e não técnicos, como deveria de ser. Assim voltamos á cena do risco político em empresas públicas.

Então concluímos: nem interferências em conversa de casal podem ser bem-vindas. E quanto mais em empresas sólidas, com renomes internacionais e com patrimônio público/privado como exemplo a Petrobras, que não aceita intromissão em preços por parte governamental e política, penalizando as empresas pelo mercado e investidor.

Fato é que com Luiz ou caso fosse Jair, tanto os mercados, empresários e população não aceitam interferências nas empresas públicas entre outras. Afinal nosso país ainda depende muito de uma boa articulação, de uma economia saldável e sem retrocesso. É isso que a população, investidores e empresários querem... 

De brigas o mundo está cheio, queremos Paz. 

Então pensem bem, esses atritos que estamos presenciando não traz nada de positivo ao pais.
 

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26/05/2023 04:45h

Tudo claro e prático, com Roberto Dardis


Reformas tributárias - Tributos que financiam o Estado e tem um viés mais político/econômico, com objetivos de modernizar o sistema de participação e promover modificações nas estruturas legislativas de impostos, taxas e outras contribuições.

Quais os objetivos da reforma tributária? De tornar o sistema tributário mais transparente e simplificar o processo de arrecadação sobre a produção e distribuição de bens e prestação de serviços, base tributável compartilhada pela União, estados, Distrito Federal e municípios.

Por que há tantas divergências entre políticos, economistas e empresários sobre essa reforma? Não há consenso, e esses são os grandes motivos para postergar essa reforma e outras que precisamos por tanto tempo... 

Elas envolvem interesses com arrecadadores (Estados e Municípios, União e Distrito Federal), todos querendo ter uma total autonomia orçamentária e financeira. 

Ninguém mais suporta qualquer aumento da carga tributária, mas, ninguém quer perder receitas, e nessa divisão cada um procura ter a maior fatia. 

Sobra então para o contribuinte que poderia ser desonerado de alguns tributos, redução de alíquotas e simplificação na forma de pagamento dos impostos a continuar arcando com os ônus.

Outra guerra que os estados vivem são as medidas que envolvem a disputa fiscal e sabemos que são as mais polêmicas, já que o ICMS é o carro-chefe em termos de arrecadação Estadual. 

No intuito de acomodar os interesses dos Estados e União e do Distrito Federal em atrair investimentos e manter a arrecadação possibilitando que os produtos fabricados e produzidos nos seus respectivos estados sejam competitivos nos demais: é o maior problema para ser resolvido dentro dessa reforma. 

Promovê-las seria simplificar a vida de todos, mas sem o intuito de promovê-las a base de novos aumentos na carga tributária já tão alta.

Fica a dica

A saída é propor reformas que aumentem a inovação e a produtividade da economia, bem como as que melhorem a qualidade da educação quando comparada a outros países. O Brasil gasta em educação 6,3% do PIB, mais do que os países ricos (5,6% do PIB), mas tem fracassado em oferecer educação de qualidade, particularmente no ensino fundamental e médio. (Maílson da Nóbrega).

  • Os textos, áudios, fotos, vídeos e outros materiais publicados como "Opinião" não necessariamente refletem o ponto de vista do Brasil 61. Todas as informações, avaliações e conceitos divulgados são de total responsabilidade do(s) autor(es).
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25/05/2023 04:45h

Ex-ministro alerta que "o governo dificilmente pode economizar"

Economista. Foi ministro da Fazenda no período 1988-1990. Tem seis livros publicados, inclusive sua autobiografia. É colunista da revista Veja e mantém um blog na Veja online. Membro do conselho de administração de várias empresas brasileiras. Economista do Ano 2013 pela Ordem dos Economistas do Brasil.

Roberto Dardis – Como o senhor enxerga hoje nossa economia com juros de 13,75%? Culpar somente o BC por esses juros é certo?

Maílson da Nóbrega - A taxa Selic é compatível com as expectativas de inflação. Por certo, contribui para desacelerar a atividade econômica, mas essa é a consequência natural de qualquer política monetária voltada para combater aumentos de preços. A taxa Selic reflete a baixa potência da política monetária, que influencia apenas 60% da oferta de crédito da economia, da periclitante situação fiscal. As críticas que o BC vem recebendo parecem resultar de visões ideológicas e de grossa ignorância de como funciona um banco central moderno, particularmente na questão chave da inflação.

RD – Com uma dívida pública alta e sem o governo economizar, será iminente um aumento de impostos? Ou temos outras saídas?

MN - O governo dificilmente pode economizar, pois dispõe de menos de 10% dos gastos primários federais para realizar todos os gastos discricionários. Isso tende a piorar com o crescimento vegetativo dos gastos obrigatórios e com a decisão do governo de conceder aumento reais do salário-mínimo, que reajusta três de cada benefício previdenciário, e de recompor salários do funcionalismo. A média mundial de disponibilidade do Orçamento é de 50%.

RD – Com crescimento baixo, inflação ainda fora da meta e juros altos, e sem um projeto econômico viável (arcabouço fiscal/reforma tributária), qual seria a saída para o governo voltar a ter superávit em suas contas?

MN – Dificilmente o governo não recorrerá a aumento de alíquotas de tributos. Promete-se reforçar a arrecadação com a eliminação de gastos tributários, mas se trata de difícil tarefa, principalmente porque não inclui os benefícios fiscais do Simples, da Zona Franca de Manaus e das instituições sem fins lucrativos. Propostas semelhantes fracassaram em passado recente.

RD – Mesmo sabendo que precisamos de reformas gerais, muitos fogem desse vespeiro, mas o pais está ficando para trás sem elas... qual a nossa saída?

MN – A saída é propor reformas que aumentem a inovação e a produtividade da economia, bem como as que melhorem a qualidade da educação quando comparada a outros países. O Brasil gasta em educação 6,3% do PIB, mais do que os países ricos (5,6% do PIB), mas tem fracassado em oferecer educação de qualidade, particularmente no ensino fundamental e médio.

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24/05/2023 14:50h

Tudo claro e prático, com Roberto Dardis

Enfim aprovado o arcabouço fiscal pela Câmara dos Deputados, mas com ressalvas feitas no texto inicial, onde deverão ir a plenário para votações sobre essas mudanças que estão sendo propostas. Uma coisa é certa: a espinha dorsal desse arcabouço se manteve, como a meta anual de resultado primário e limite para despesas.

Entre tantas modificações feitas, o próximo passo será como o mercado, empresários e população vão se posicionar com essa aprovação. Temos que aguardar, para que investidores empresários e população possam dar novos passos.

O mundo também aguarda definições sobre o teto da dívida EUA, onde a "novela" caminha para uma definição, deixando mercados voláteis.

Assim são nossos momentos, aguardando a boa vontade de todos para que possam ser dados novos passos. E consequentemente, sem elas, tudo fica parado no aguardo de mais definições.

A importância da aprovação tanto do arcabouço fiscal como da reforma tributária é primordial para nossa economia, para que possamos voltar a ter equilíbrio, regras e condições de darmos continuidade ao que está parado.

Como nos EUA eles têm a preocupação com os gastos em não estourar o teto de sua dívida, aqui esse assunto está sendo de suma importância. Afinal, o governo quer gastar sem saber bem de onde virão os recursos, deixando um sinal de desgoverno ou falta de importância para este caso. E sabemos muito bem quem vai pagar por todas essas contas.

Todas essas indefinições, além de causar impactos diretos nas economias, transborda uma volatilidade imensa nos mercados de juros e dólar, provocando a inflação caso o processo se estenda por muito tempo.

Então que tal congressistas, governos e políticos em geral votarem com “urgência” essas causas que mexem com o nosso dia-dia?  Mas que sejam promissores de boas ideias caso haja alterações no texto, que voltem a enxergar mais a  população _ e menos o seu partido.
 

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22/05/2023 04:45h

Nesta edição da coluna "Economia clara e prática", o economista Roberto Dardis aborda os possíveis impactos das decisões políticas na tomada de decisão de investidores e empresários

Antes, víamos que depois da tempestade vinha a bonança. Agora, poderemos ter mais raios e trovoadas em vez de bonança...

O que os mercados podem enxergar depois das mudanças na política da Petrobras? E sobre as investidas para mudar o que foi aprovado como com a privatização da Eletrobras? Ou nas mudanças que estão fazendo em leis que deveriam ser reprovados pelo STF e não estão sendo feitas? Ou em promover decretos contra o novo marco do saneamento já aprovado? Pois é...

Pode ser no curto prazo, mas também pode ser no decorrer do tempo. E não adianta nadar contra a maré, o caldo é eminente. 

Assim é com o mercado financeiro que ao ver que foram enganados ou que as regras estão mudando dentro do jogo, investidores e empresários, pegam seus recursos e partem para outro local. Simples...

Com esse modo de governar que estamos tendo, com confrontos do agro ao BC, contra as políticas e privatizações que foram feitas no governo passado ou em querer desfazer tudo que foi feito, tudo com obsessão de realizar desejos particulares e populistas, nada vai adiante.

Então veremos CPMIs espalhadas com a finalidade de resolverem perrengues e aumentando o discurso de "nós contra eles", enaltecer políticos retornando ao palanque. Enquanto isso, economicamente, o país fica em segunda opção.

Enquanto nossa economia doméstica fica sem direção definida, os olhos dos investidores enxergam dados mais para o exterior, que estão saindo como a solução com o teto da dívida EUA e uma confiança de que não haverá inadimplência, com a preocupação do BCE com os preços de serviços com desafios para desacelerar o núcleo da inflação, e uma provável desaceleração na economia chinesa provocando quedas no petróleo e no minério de ferro.

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