LOC.: A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias Alemãs e a Comissão de Negócios Alemães da América Latina assinaram uma declaração conjunta que aponta cinco ações consideradas como prioritárias pelo setor. O documento foi entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, na última segunda-feira (30), em Brasília.
De acordo com o Ministério de Relações Internacionais, mais de mil empresas alemãs atuam em território brasileiro e a corrente de comércio bilateral superou US$ 19 bilhões em 2022. O Brasil é o principal parceiro da Alemanha na América do Sul.
O economista William Baghdassarian explica que a relação entre os dois países vai além das trocas comerciais.
TEC./SONORA: William Baghdassarian, economista
“A relação econômica entre Brasil e Alemanha é muito mais ampla do que só importação e exportação. Ela passa pela Alemanha ser a principal economia europeia e falar em nome da Europa. Então estamos falando em integração com a Europa, não só com a Alemanha.”
LOC.: As prioridades apresentadas pela indústria são: a conclusão do Acordo União Europeia-Mercosul; a modernização do plano de ações da parceria estratégica entre Brasil e Alemanha; um novo e moderno tratado para evitar dupla tributação; a entrada do Brasil na OCDE; e promover iniciativas bilaterais de digitalização e da Indústria 4.0.
Para o economista Hugo Garbe, as prioridades apresentadas pela indústria são importantes para facilitar o comércio internacional.
TEC./SONORA: Hugo Garbe, economista
“Um acordo para evitar bi tributação é um acordo que visa facilitar o comércio internacional entre Brasil e Alemanha. Uma das prioridades é a entrada do Brasil na OCDE, que é um órgão comercial. Essencialmente os países que fazem parte da OCDE são países que buscam o estado da arte em termos de relações econômicas internacionais. Então é importante o Brasil levar a sério essas prioridades para figurar entre os países mais importantes, não só da América Latina como do mundo.”
LOC.: Os dois países são tradicionais parceiros em pautas sobre o meio ambiente, comércio e investimentos, com destaque para o setor industrial.
Reportagem, Fernando Alves