LOC.: Entre 2019 e 2023, o Ministério da Justiça e Segurança Pública repassou, via Fundo Nacional de Segurança Pública, R$ 4,8 bilhões aos entes federados. No entanto, desse total, apenas R$ 2,5 bilhões foram executados. Ou seja, cerca de R$ 2,9 bilhões continuam em caixa.
Dentro desse recorte, 2023 foi o ano com menos valores aplicados em relação aos recursos recebidos. Ao todo, R$ 1,1 bilhão foi repassado e somente R$ 96 milhões foram executados. Com isso, os entes ficaram com um saldo de R$ 1,5 bilhão.
O especialista em orçamento público Cesar Lima explica que, desde 2019, o fundo destina 50% dos valores aos planos estaduais de segurança pública e o restante deve ser aplicado fora desse planejamento. Porém, ele considera que as quantias paradas ainda são altas em relação ao que os estados receberam, sobretudo no ano de 2023.
TEC./SONORA: Cesar Lima, especialista em orçamento
“É interessante ver que, nem sempre o que é repassado é executado. Então há uma discrepância em relação à execução dos próprios estados. Às vezes, por conta de processos de compras, desse tipo de coisa. Mas, os repasses do fundo têm melhorado bastante desde sua restruturação, no ano de 2019.”
LOC.: No início de outubro deste ano, o Fundo Nacional de Segurança Pública começou o repasse de mais de R$ 1 bilhão aos estados e ao Distrito Federal. O valor corresponde às chamadas transferências fundo a fundo para o ano de 2024. A quantia foi antecipada em 3 meses em relação ao ano anterior.
Em relação a 2024, o estado que conta com a maior parcela é São Paulo, com cerca de R$ 45 milhões. Na sequência vem Minas Gerais, com mais de R$ 42 milhões.
Entre as unidades da federação que contam com as menores parcelas estão Tocantins, Distrito Federal e Rio Grande do Norte, com cerca de R$ 37 milhões, cada.
Reportagem, Marquezan Araújo