A Vale S.A. informa que obteve decisões liminares pela 1ª Vara Cível de Canaã dos Carajás e Vara Cível de Ourilândia do Norte, reestabelecendo as Licenças de Operação das minas de Sossego e de Onça Puma. A Companhia reitera seu compromisso de manter diálogo com as autoridades competentes.
As duas operações haviam sido suspensas por determinação da SEMAS (Secretaria de Meio Ambiente) do Pará, que alegou irregularidades para adotar a medida. Localizada em Canaã dos Carajás, a mina de Sossego é a primeira operação de cobre na Vale no mundo e atualmente encontra-se em processo de exaustão, mas a companhia pensa em utilizar as instalações para processar minério de cobre obtido em outras minas que nas proximidades, sob controle da Vale. A mina foi inaugurada em 2004 com uma capacidade de produção de 140 mil toneladas/ano de concentrado.
Onça-Puma, localizada no município de Ourilândia do Norte, é a única operação de níquel da Vale no Brasil e atualmente está passando por um projeto de expansão, com a instalação de um novo forno, de 85 megawatts, com investimento estimado em US$ 560 milhões. O projeto deve adicionar mais 15 mil toneladas/ano de produção de níquel contido em ferro-níquel a partir do segundo semestre de 2025.
A Lundin Mining, em 2023, atingiu o guidance projetado, de forma consolidada em todos os metais, seja dentro da média ou acima do esperado. A produção de cobre atingiu 314.798 toneladas e a produção consolidada equivalente de cobre foi superior a 550 mil toneladas. A mina Chapada, em Goiás, produziu 45.719 toneladas de cobre e a produção de ouro ficou no limite superior da orientação, com 59.268 onças para o ano.
A mina candelária produziu 152.012 toneladas de cobre e 89.700 onças de ouro, ficando dentro do cronograma para o ano. Já a produção de cobre da mina Caserones foi de 65.210 toneladas no segundo semestre de 2023, o que excedeu o guidance inicial, e no ano inteiro foi de 139.520 toneladas.
A produção consolidada de zinco foi de 185.161 toneladas e ficou no ponto médio da orientação, sendo que a produção em Neves-Corvo se situou no limite superior da orientação para o zinco, enquanto a Zinkgruvan ficou ligeiramente abaixo da orientação para o zinco. A produção consolidada de ouro foi de 148.968 onças, o que ficou no limite superior da orientação. A produção de níquel em Eagle foi de 16.429 toneladas e a produção de cobre foi de 13.600 toneladas, ambas excedendo a orientação original.
“2023 foi um ano significativo para a Lundin Mining e estamos bem posicionados para o crescimento em 2024. A aquisição de 51% da Caserones levou a um recorde na produção anual de cobre. Iniciamos esforços abrangentes de otimização de valor em nossas unidades na América Latina e estamos começando a executar algumas dessas iniciativas em Chapada e Candelária e o início dos trabalhos de otimização em Caserones terá início neste trimestre. Um emocionante programa de exploração começou no lado chileno e argentino do distrito de Vicuña. Procuraremos gerar valor a partir da perfuração, pois esta provou ser um contribuidor chave para a criação de valor geral na Lundin Mining”, disse Jack Lundin, presidente e CEO da Lundin.
O executivo comentou ainda que no portfólio de metais críticos, o projeto de expansão de zinco em Neves Corvo, também conhecido como ZEP, está se concretizando, levando a uma produção trimestral recorde consecutiva de zinco nesta operação. “Em Zinkgruvan, em 2023, foram alcançadas melhores recuperações do projeto de flotação sequencial. No entanto, um aumento mais longo do que o previsto resultou numa ligeira falha na orientação. Nossa operação de níquel, Eagle, continua apresentando desempenho e atingindo o limite superior da orientação. Durante o ano, o resultado acumulado foi superior a 550 mil toneladas de produção consolidada de cobre equivalente. A orientação deste ano mostra um aumento de mais de 20% na produção de cobre e de 10% na produção de zinco em 2023. Ao virarmos a página de um ano transformacional para a Empresa, nosso foco permanece em alcançar a excelência operacional, mantendo consistentemente elevados padrões de segurança, todos ao mesmo tempo que atende às orientações de produção a custos competitivos”, afirmou Lundin.
A perspectiva atualizada do guidance para 2024 está em linha com as faixas de produção divulgadas anteriormente. A produção consolidada de cobre permaneceu consistente com as estimativas anteriores, as faixas consolidadas de produção de zinco foram ligeiramente ajustadas e as faixas consolidadas de produção de ouro aumentaram em 2024. A produção de cobre está prevista entre 366.000 e 400.000 t em base consolidada em 2024. Uma maior produção consolidada de cobre está prevista para 2024, principalmente devido ao sequenciamento da mina e ao perfil do teor de cobre do plano de mina em Candelaria. A orientação de produção de cobre da Caserones foi aumentada para 120.000 - 130.000 t anualmente para refletir taxas de produção planejadas mais altas na usina. Prevê-se que a produção de zinco aumente para 195.000 - 215.000 t numa base consolidada em 2024, aumentando ainda mais ao longo do período de três anos para atingir 220.000 - 240.000 t em 2025 e 2026.
A produção consolidada de ouro está prevista em 155.000 a 170.000 onças em 2024 e depois diminuir ao longo do período de previsão de três anos. A maior produção consolidada de ouro em 2024 deve-se principalmente ao sequenciamento da mina e ao perfil planejado do teor de ouro em Candelária. A produção de níquel está prevista para ser de 10.000 a 13.000 t em 2024 e depois diminuir ao longo do período de três anos. O perfil de produção é impulsionado pelo sequenciamento planejado da mina e pelo teor de níquel, já que os corpos de minério Eagle East e Upper Keel em Eagle estão chegando ao fim de sua vida útil.
A Ero Copper informa que o projeto Tucumã, que está sendo implantado no município de mesmo nome, no estado do Pará, obteve avanço significativo desde outubro de 2023 e registra mais de 85% de conclusão física, com a produção de concentrado de cobre programada para se iniciar no segundo semestre de 2024. A empresa, inclusive, já iniciou a transição de construção para o comissionamento.
A construção física do Projeto está agora mais de 85% concluída, a subestação principal e eletrocentros foram instalados e comissionados, com ligação de linha de energia de 16 quilômetros à rede nacional concluída antes do previsto. A linha deverá estar totalmente energizada até 20 de janeiro.
As atividades de pré-stripping estão aproximadamente 10% adiantadas em relação ao cronograma, com conclusão esperada para o final do primeiro trimestre de 2024. Até o momento, aproximadamente 3.200 toneladas de minério de sulfeto foram colocadas no estoque operacional da mina para comissionamento da planta de processo.
Os testes de conclusão mecânica e o comissionamento de subcomponentes foram iniciados para peças-chave do equipamento de processamento, incluindo o britador primário, moinho de bolas, britadores secundários e terciários, plataformas de peneira vibratória e células de flotação.
As demais estruturas de aço, chapas metálicas e instalações de equipamentos mecânicos estão sendo monitoradas dentro ou antes do prazo. As atividades de construção durante o restante do primeiro trimestre de 2024 se concentrarão na conclusão de instalações de tubulação, cabeamento elétrico, automação e sistemas de instrumentação.
Os marcos de comissionamento esperados antes da produção do primeiro concentrado no segundo semestre de 2024 incluem: Conclusão mecânica e comissionamento de subcomponentes (sistemas de lubrificação, hidráulicos, elétricos, instrumentação e automação) no final do primeiro trimestre de 2024; Primeiro minério a passar pelo circuito de britagem composto por britadores primários e secundários, bem como sistemas de peneiramento e transporte, em março de 2024; Primeiro minério no circuito de moagem em abril de 2024; Primeiro minério a passar pelo circuito do moinho de remoagem, sistemas de filtragem de concentrado e rejeitos em maio de 2024; Comissionamento integrado com circuito de flotação e ramp-up do projeto em Junho de 2024.
Com relação ao quadro de pessoal, a recente desmobilização de um projeto de mineração brasileiro (projeto Araguaia, da Horizonte Minerals) permitiu à Ero Copper adicionar aproximadamente 500 contratados treinados no local, aumentando a força de trabalho total de funcionários e empreiteiros para aproximadamente 2.220 pessoas.
Até o momento, segundo a empresa, não houve acidentes com afastamento no Projeto, com mais de três milhões de horas de trabalho concluídas desde 2022.
No que se refere a despesas de capital, a companhia informa que as despesas de construção restantes estão protegidas por meio de programa ampliado de hedge cambial. As despesas diretas de capital do Projeto foram atualizadas para aproximadamente US$ 310 milhões (em comparação com a estimativa anterior de US$ 305 milhões) para refletir o impacto de um real brasileiro ("BRL") mais forte em relação ao dólar americano ("USD") no quarto trimestre de 2023, que foi parcialmente compensado pela redução dos custos de decapagem.
Após a expansão oportunista do programa de hedge cambial da Empresa no final de 2023, as despesas de construção restantes do Projeto são protegidas por um piso e teto médios ponderados de 5,10 e 5,23 BRL por USD, respectivamente.
"À medida que fazemos a transição da construção para o comissionamento, a principal conquista em Tucumã é o excelente desempenho de segurança de nossa equipe de construção. Registrando um marco significativo, ultrapassamos três milhões de horas de trabalho sem nenhum incidente com afastamento. Estendo meus mais sinceros parabéns à equipe de liderança do projeto, bem como aos 2.200 funcionários e prestadores de serviços no local, por sua diligência contínua e execução criteriosa no avanço de Tucumã rumo à produção", disse David Strang, CEO.
“Esta é uma fase emocionante para a Ero Copper, pois nos preparamos para colocar Tucumã em operação ainda este ano e prevemos que a produção consolidada de cobre alcance mais de 100 mil toneladas em 2025. Com a recente mudança nos fundamentos de oferta e demanda de cobre sinalizando déficits de oferta em 2024 e 2025, o momento da nossa trajetória de crescimento não poderia ser melhor", concluiu Strang.
o complexo de Salobo e atingiu capacidade de processamento superior a 32 milhões de toneladas anuais
A Vale concluiu com sucesso o teste de processamento para a primeira fase do projeto Salobo III, com o complexo de Salobo e atingiu capacidade de processamento superior a 32 milhões de toneladas anuais por um período de 90 dias. Este é um marco importante para a mineradora no acordo de streaming de Salobo com a Wheaton Precious Metals International Ltd.
Em 2019, a Vale iniciou a construção do projeto de expansão Salobo III, com aporte de US$ 1,1 bilhão. Junto às plantas I e II, a capacidade de processamento agora ultrapassa as 32 milhões de toneladas anuais e, no momento, está em ramp-up para atingir a capacidade total de 36 milhões de toneladas por ano no quarto trimestre de 2024. "A bem-sucedida implementação do projeto Salobo III representa um crescimento significativo em uma operação de primeira linha em nosso negócio de Metais para Transição Energética. Este êxito é resultado das melhorias na confiabilidade de Salobo e de um compromisso firme com a excelência operacional", afirmou Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale e Diretor do Conselho da Vale Base Metals.
Bartolomeo diz que a posição estratégica da Vale na região de Carajás é uma alavanca importante para aumentar a produção de cobre para 900 mil t/ano ao longo da próxima década e fornecer produtos de alta qualidade para a transição energética global.
A mineradora tem um acordo com a Wheaton International, onde Salobo receberá US$ 370 milhões pela conclusão da primeira fase do projeto de expansão Salobo III. O saldo remanescente do pagamento de expansão será acionado assim que a Vale ampliar a capacidade para acima de 35 milhões de toneladas por ano em um período de 90 dias. Além disso, a Wheaton International realizará pagamentos anuais de US$ 5,1 milhões a US$ 8,5 milhões por um período de 10 anos na medida em que o complexo Salobo continue a produzir dentro de determinadas faixas de teor de cobre.
A empresa responde por 100% do volume de cobre refinado (cátodos) produzido no Brasil
A Justiça do estado de São Paulo homologou, dia 16 de novembro, o Plano de Recuperação Judicial da Paranapanema S.A, produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas. A empresa responde por 100% do volume de cobre refinado (cátodos) produzido no Brasil.
A decisão foi proferida pela 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 1º RAJ da Capital do Estado de São Paulo. O plano havia sido aprovado por todas as classes de credores em Assembleia Geral, em 24 de agosto, e aguardava homologação para ser posto em prática. A Paranapanema tem dívidas concursais que chegam a R$ 479,7 milhões, das quais R$ 196 milhões em créditos classe I (trabalhistas, escritórios de advocacia e assemelhados), R$ 9,9 milhões de créditos Classe II (credores com garantia real), R$ 269 milhões em créditos Classe III (quirografários: créditos sem garantia), e R$ 4,6 milhões em créditos Classe IV (pequenas e micro empresas).
O plano prevê pagamento dos credores de garantias reais em até 72 parcelas a partir do 25º mês da homologação do plano. Já no caso dos credores quirografários, até R$ 15 mil serão pagos entre três parcelas ao longo de 21 meses e o saldo remanescente será pago em 48 parcelas a partir do 25º mês da homologação, com deságio de 50%. Para as pequenas e microempresas, serão pagos até R$ 11 mil em até 12 meses, e o saldo remanescente em 12 parcelas a partir do 25º mês da homologação do plano. O plano aprovado cria vantagens para empresas que ainda fornecem produtos e serviços para a Paranapanema. Os credores de todas as classes poderão também converter as dívidas em ações da companhia.
O processo de recuperação está a cargo da Íntegra Associados, consultoria do mercado especializada em reestruturação de empresas. A Paranapanema tem três plantas industriais, sendo uma produtora de cobre refinado ou cobre primário, localizada no município de Dias d'Ávila (BA) – Caraíba Metais - e duas plantas de produtos de cobre e suas ligas, uma localizada no município de Santo André (SP) e uma no município de Serra (ES) – Eluma.
A Paranapanema realiza laminação a quente para produtos de cobre e é a única empresa brasileira que produz cobre (cátodo) de alta qualidade, certificado com o grau A (maior pureza 99,9%) nas bolsas de Londres e de Shanghai. A companhia é também a única produtora de ácido sulfúrico da região Nordeste do país. A Paranapanema é listada na B3 desde 1971 sob o ticker PMAM3, e integra o segmento de Governança Corporativa do Novo Mercado desde fevereiro de 2012.
A Lundin Mining registrou produção consolidada de 89.942 toneladas de cobre no terceiro trimestre de 2023, um novo recorde para o período. A empresa produziu também um total de 49.774 toneladas de zinco, 4.290 toneladas de níquel e aproximadamente 35 mil onças de ouro. Um recorde trimestral de produção de zinco foi alcançado à medida que o projeto de expansão de zinco (ZEP) em Neves-Corvo avançava e um quarto completo da operação do projeto de flotação sequencial em Zinkgruvan foi realizado.
A receita obtida no trimestre foi de US$ 992,2 milhões, enquanto o prejuízo líquido atribuível aos acionistas foi de US$ 3,0 milhões. O lucro ajustado atribuível aos acionistas atingiu US$ 85,6 milhões (US$ 0,11 por ação). Já o EBITDA Ajustado totalizou US$ 415,1 milhões no terceiro trimestre. O caixa gerado pelas atividades operacionais foi de US$ 303,8 milhões e o caixa e equivalentes de caixa em 30 de setembro de 2023 foi de US$ 357,3 milhões. O fluxo de caixa operacional ajustado1 foi de US$ 316,5 milhões (US$ 0,41 por ação), após a remoção do impacto do capital de giro.
A Lundin concluiu também no terceiro trimestre a aquisição de 51% da mina de cobre-molibdênio Caserones. A empresa prevê que as sinergias anuais iniciais da cadeia de fornecimento e dos contratos de serviços entre Caserones e Candelaria sejam de US$ 20 milhões a US$ 30 milhões por ano. Para financiar a aquisição da Caserones, a Lundin obteve um empréstimo a prazo em julho de 2023 no valor principal de US$ 800 milhões com uma opção de um adicional de US$ 400 milhões com vencimento em julho de 2026. "Nossas operações continuaram com forte desempenho no terceiro trimestre. Como resultado, estamos aumentando nosso guidance de produção para Caserones e Eagle. A aquisição de Caserones nos permitiu atingir um novo recorde na produção trimestral consolidada de cobre, e também alcançamos um recorde na produção trimestral de zinco. Isso levou a Empresa a um EBITDA ajustado de US$ 415 milhões no período." comentou Peter Rockandel, CEO da Lundin Mining.
Peter Rockandel, o atual CEO, anunciou que deixará o cargo e o Conselho de Administração a partir de 31 de dezembro de 2023. Essas responsabilidades serão assumidas por Jack Lundin, atual presidente e ex-presidente, Diretor da Empresa. O guidance de produção anual foi revisado, incluindo um aumento na produção de cobre de 296.000 - 325.000 toneladas para 305.000 - 325.000 toneladas, enquanto o guidance de custo caixa foi diminuído em Caserones e Eagle e aumentado em Candelaria. O guidance anual de despesas de capital é inferior em US$ 30 milhões.
A Ero Copper forneceu atualizações sobre o progresso que está sendo feito no Projeto Tucumã. Desde o início das obras no local em 2022, todas as atividades de engenharia, aquisição e construção permanecem dentro do cronograma para a primeira produção de concentrado de cobre no segundo semestre de 2024.
O total de despesas de capital diretas do projeto permanece em linha com a orientação atual de aproximadamente US$ 305 milhões. A construção física do projeto está agora 70% concluída, incluindo avanço significativo na pré-decapagem da mina, com o primeiro minério de cobre no caminho certo para ser alcançado no início de novembro.
Todas as obras de terraplenagem já foram concluídas, incluindo o reservatório de armazenamento de água, a drenagem do local e os estoques operacionais da mina, e mais de 15.000 metros cúbicos de concreto foram utilizados, concluindo todos os principais requisitos de fundação do projeto (65% de conclusão).
Foram instaladas aproximadamente 1.000 toneladas de estruturas aço, e peças importantes de equipamentos de processamento chegaram ao local com instalações concluídas ou em andamento, incluindo britador primário, moinho de bolas, britadores secundários e terciários, plataformas de peneira vibratória e células de flotação.
A subestação principal já foi instalada no local, com sala de controle primária já comissionada e construção de linha de energia de aproximadamente 16 quilômetros antes do previsto. A ligação à rede elétrica nacional esperada durante o quarto trimestre de 2023, com as placas, tubulações e cabeamento elétrico sendo instaladas antes do previsto.
Atualmente a força de trabalho conta com aproximadamente 1.750 prestadores de serviços terceirizados e funcionários trabalhando no local, e até o momento, não houve acidentes com afastamento, com aproximadamente dois milhões de horas de trabalho concluídas desde 2022. O comissionamento da primeira fase da planta de processo deve acontecer até o final do ano com início das operações no segundo semestre de 2024.
Comentando sobre o progresso, David Strang , CEO, disse: "Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar cada uma das cerca de 1.750 pessoas no local pelo notável progresso até o momento e, o mais importante, pela sua dedicação em alcançar quase dois milhões de horas de trabalho sem acidentes com afastamento. Com mais de 70% do trabalho físico concluído, peças críticas de infraestrutura instaladas ou em fase de conclusão e instalações de equipamentos principais progredindo de acordo com o planejado, estamos confiantes de que um importante ponto de inflexão para o projeto foi alcançado."
"À medida que continuamos a cumprir nossos marcos de construção, estamos voltando nossa atenção no local para a instalação de tubulação, elétrica e instrumentação - um momento emocionante para qualquer projeto. Estamos focados em executar a primeira fase do cronograma de comissionamento antes do final do ano para garantir um aumento bem-sucedido e o alcance da produção comercial no segundo semestre de 2024."
A Ero Copper foi vencedora do prêmio Empresas do Ano do Setor Mineral na categoria crescimento, justamente pelo notável avanço deste projeto.
A Ero Copper anunciou que celebrou um termo de compromisso vinculativo com Salobo Metais SA, parte do negócio da Vale Base Metals para avançar seu projeto de cobre de Furnas, localizado na Província Mineral de Carajás, no Estado do Pará. A Ero Copper terá uma participação de 60% no projeto após a conclusão de vários marcos de exploração, engenharia e desenvolvimento ao longo de um período de cinco anos a partir da assinatura de um acordo definitivo.
Em troca de sua participação de 60%, a Ero financiará exclusivamente um programa de trabalho de exploração e engenharia em fases e concederá à VBM até 11,0% de transferência gratuita em futuras despesas de capital de construção do projeto.
"Estamos muito satisfeitos com a oportunidade de parceria com a Vale Base Metals para avançar no projeto de cobre de Furnas. Estamos totalmente comprometidos em gerar valor para todas as partes interessadas, acelerando o que acreditamos ser um projeto de classe mundial", disse David Strang, CEO . "Esta parceria irá alavancar os pontos fortes da VBM e da Ero, bem como a nossa visão compartilhada para o desenvolvimento sustentável da mina."
"À medida que a construção do nosso Projeto Tucumã se aproxima da conclusão no próximo ano, esperamos que Furnas contribua ainda mais para o crescimento da produção de cobre na região mais ampla de Carajás e solidifique a posição do Brasil como líder na produção de minerais críticos com baixa intensidade de carbono."
Furnas é um projeto de IOCG (óxido de ferro, cobre e ouro) localizado a aproximadamente 50 quilômetros a sudeste das operações de Salobo da VBM e a aproximadamente 190 quilômetros a nordeste do Projeto Tucumã da Ero. Cobrindo uma área de aproximadamente 2.400 hectares, o projeto está situado a quinze quilômetros de extensa infraestrutura regional, incluindo estradas pavimentadas, uma fábrica de cimento em escala industrial, uma subestação de energia e instalações de carregamento ferroviário da Vale.
Os esforços de exploração e desenvolvimento da Ero se concentrarão em duas zonas discretas de alto teor identificadas dentro do corpo mineralizado geral, conhecidas como Zonas SE e NW, que se estendem por uma extensão combinada de aproximadamente cinco quilômetros. O programa de trabalho inicial da empresa incluirá perfuração de preenchimento para aumentar a confiança e a continuidade dessas duas zonas de alto teor, bem como perfuração extensional até a profundidade onde a perfuração anterior limitada sugere aumento de teores e espessura. A mineralização de alto grau conhecida varia entre aproximadamente 20 a 60 metros de espessura e foi perfurada a uma profundidade geral da superfície de aproximadamente 300 metros (vertical).
Como parte de seu programa de trabalho geral, a Ero pretende validar o banco de dados histórico de perfuração de exploração, desenvolver modelos de blocos incorporando preenchimento planejado e perfuração extensional para preparar uma estimativa de recursos minerais que esteja em conformidade com NI 43-101, gerar projetos de minas seletivos, realizar trabalhos de testes metalúrgicos confirmatórios, desenvolver projetos de fluxogramas de processos, realizar estudos geotécnicos e ambientais e promover vários programas comunitários e sociais.
Os pesquisadores em geociências Guilherme Ferreira e Francisco Sene, do Serviço Geológico do Brasil (SGB), participaram nos dias 28 e 29 de setembro, do webinar "La Geologia del Cobre en Iberoamerica", organizado pelo Grupo de Especialistas em Metalogenia e Recursos Minerais da Associação de Serviços de Geologia e Mineração Ibero-Americanos (ASGMI).
O evento destacou o potencial geológico da região para a produção de cobre e o papel dos serviços geológicos como produtores da informação necessária à identificação e avaliação do potencial das jazidas desse mineral. Guilherme apresentou na abertura análise dos dados levantados durante a atualização da base metalogenética da América do Sul, com informações sobre os depósitos minerais, contexto econômico, volume de recursos e reservas e as épocas metalogenéticas do cobre no continente. “A América do Sul se destaca pelos depósitos do tipo Pórfiro, principalmente nos países Andino, porém há diversas outras fontes e potenciais para cobre em nosso continente, como aqueles depósitos encontrados na Província Mineral de Carajás, por exemplo do tipo IOCG (óxido de ferro-cobre-ouro, na sigla em inglês)”. Já Francisco falou sobre depósitos de cobre pórfiro no país, sua distribuição ao longo do território brasileiro, características geológicas e mineralógicas, além das diferenças para os depósitos fanerozoicos, que ocorrem na cordilheira dos Andes.
O SGB é associado da ASGMI desde sua fundação e participou do webinar e após a etapa de atualização da base de dados do Mapa Metalogenético da América do Sul – projeto coordenado pelo SGB e pelo Servicio Geológico y Minero de Argentina. O Brasil também foi representado pelo professor Roberto Xavier (ADIMB/Unicamp), que palestrou sobre “A geologia da Província Mineral Carajás”. O evento contou ainda com apresentações de membros da academia e dos serviços geológicos de Chile, Colômbia, Cuba, Argentina, Portugal e Espanha.
Desempenho é resultado da melhora no mix de vendas e redução de custos
A Paranapanema obteve receita líquida de R$ 264 milhões no segundo trimestre de 2023, uma queda de 52% sobre o mesmo período do último ano. O lucro bruto ajustado somou R$ 12,2 milhões no trimestre, contra um prejuízo ajustado de R$ 38 milhões no mesmo período de 2022, resultado da melhora no mix de vendas e redução de custos. Este resultado elimina os efeitos da ociosidade e da contabilidade de hedge utilizada para atualizar o valor dos estoques ao valor presente de LME e dólar e que por consequência da não absorção pelo estoque, impactam o resultado. A companhia realizou R$ 114 milhões de custos fixos incluindo ociosidade no trimestre, obtendo uma redução de aproximadamente R$ 6 milhões em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A redução de custos foi obtida através de ganhos de produtividade, renegociação de contratos e redução de sua estrutura fixa de custos.
As vendas da Paranapanema somaram 7.947 toneladas de cobre, enquanto o Ebitda ajustado fechou negativo em R$ 73 milhões (-93%) o segundo trimestre, impactado pela redução do volume total de vendas. No segundo trimestre, a Paranapanema tinha como objetivo assegurar a continuidade das operações em meio às dificuldades de obtenção de crédito para capital de giro e avançar nas etapas para a aprovação do seu Plano de Recuperação Judicial (PRJ) através de reuniões com os credores e partes interessadas.
Em fevereiro deste ano, a empresa protocolou o Plano de Recuperação Judicial (PRJ), o qual prevê vários meios de recuperação para reestabelecer seu equilíbrio econômico e retomar seu crescimento. O plano inclui novas condições de pagamento de seus credores, bem como a possibilidade de conversão de créditos em ações da companhia, a possibilidade de venda de determinados ativos e condições especiais de pagamento para credores que continuem a fornecer bens e serviços. Após o 1º protocolo de fevereiro, a Paranapanema publicou ajustes no PRJ nas seguintes datas: 2º protocolo PRJ em 18 de maio, 3º protocolo em 30 de junho, 4º protocolo em 7 de julho e 5º protocolo em 11 de agosto.
Durante o segundo trimestre de 2023, a Paranapanema realizou assembleias com os Credores do Plano de Recuperação e a votação do PRJ está prevista para 24 de agosto de 2023. Em relação à dívida do Acordo Global, a companhia segue em negociação com os Credores com o intuito de obter um waiver de covenants e um acordo de standstill enquanto discute com tais credores novas condições para o equacionamento de seu passivo.