LOC.: O segundo decêndio de dezembro do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM, será pago nesta quarta-feira (20), mas 48 cidades podem não receber o repasse na data porque estão bloqueadas.
As cidades entram na lista do Sistema Integrado de Administração Financeira quando apresentam alguma irregularidade, seja por pendências previdenciárias ou dívidas com a União. A lista, atualizada no último dia 15, mostra que a maioria dos municípios bloqueados está no Rio Grande do Sul.
O consultor de orçamento César Lima aponta o possível motivo da inclusão de novas cidades na lista.
TEC./SONORA: César Lima - consultor
“Como aumenta o repasse para a folha, também aumenta as obrigações previdenciárias dos entes, então isso aí pode ter alguma ligação. É interessante que a prefeitura faça o ajuste dessas pendências para que ela possa receber esses valores que ficaram bloqueados”.
LOC.: Ao todo, serão repassados R$ 3,6 bilhões para os municípios brasileiros, sendo R$ 3,1 bilhões para cidades do interior e R$ 361 milhões para as capitais.
Em relação ao primeiro repasse do mês, quando foram pagos R$ 5,2 bilhões, houve uma queda de 45%. Já na comparação com o mesmo decêndio do ano passado, o valor foi 2% menor.
A prefeita da cidade de São João d’Aliança, em Goiás, Débora Domingues, fala que os municípios de pequeno porte, principalmente os que ficam no nordeste do estado, sobrevivem basicamente do FPM e ICMS.
TEC./SONORA: Débora Domingues - prefeita
“Devido a desaceleração do FPM, esse ano a gente sentiu muita dificuldade. Teve a desaceleração do crescimento, os preços aumentaram, então a maioria dos municípios está fechando no vermelho. Aqui no meu município eu não vou fechar no vermelho devido algumas estratégias, leilão de bens móveis e imóveis, economias que a gente tinha, então a gente vai, se Deus quiser, conseguir fechar, com muita dificuldade, mas vamos conseguir fechar as contas”.
LOC.: Os valores do FPM fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, por meio de impostos, e são repassados aos municípios brasileiros a cada 10 dias.
Reportagem, Yumi Kuwano