LOC.: O Congresso Nacional derrubou o veto à desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia, nesta quinta-feira (14). O projeto aprovado pelo Legislativo prevê a prorrogação dos incentivos fiscais até 2027. Com as regras atuais, os benefícios são válidos até o dia 31 de dezembro de 2023. O texto vai à promulgação.
Na justificativa do veto, o Executivo argumentou que a “proposição contraria o interesse público tendo em vista que cria renúncia de receita sem apresentar demonstrativo de impacto orçamentário-financeiro.”
O economista Hugo Garbe avalia que o veto do governo gerou uma frustração nas empresas.
TEC./SONORA: Hugo Garbe, economista
“Essa prorrogação tem como objetivo dar um fôlego para as empresas em termos econômicos, que ainda sofrem com os resultados da crise econômica do coronavírus. Então isso acaba trazendo esse fôlego, inclusive em termos de resultado de caixa para as empresas como um todo.”
LOC.: Foram 438 votos pela rejeição ao veto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em discurso, o autor da proposta vetada, senador Efraim Filho, do União da Paraíba, argumentou que o projeto é apoiado por quem produz e por quem trabalha.
TEC./SONORA: senador Efraim Filho (União-PB)
“Demonstrar que o imposto sobre folha de pagamento, sobre a geração de empregos, é um imposto burro. É um imposto equivocado e que tem que ser alterado. Não é simples renúncia de receita, é uma substituição. As empresas continuam, sim, pagando seus impostos, mas não sobre o emprego, não sobre a folha de pagamento. Ela paga sobre o faturamento.”
LOC.: Além de alcançar os setores da economia, o projeto beneficia também os municípios com população de até 142.632 habitantes, que vão ter a contribuição ao Regime Geral da Previdência Social reduzida até 2027. A Confederação Nacional dos Municípios, a CNM, afirma que a derrubada do veto vai resultar na economia de R$ 11 bilhões por ano aos municípios.
Reportagem, Fernando Alves