O presidente Lula assinou o Projeto de Lei Combustível do Futuro, que reúne seis iniciativas para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono. O documento considera a mineração e os minerais estratégicos fundamentais para o desenvolvimento de baterias de carro, produção de bioenergia, além de auxiliar na expansão da energia eólica e fotovoltaica.
Minerais como o Lítio, Nióbio, Níquel, Grafita, Silício, Manganês e Terras Raras, abundantes em solo brasileiro, serão ainda mais explorados. “A transição energética é uma prioridade para o Brasil. Hoje, podemos falar que ela é uma realidade. Afinal, temos uma das matrizes elétricas e energéticas entre as mais limpas do mundo e um solo igualmente rico, que irá contribuir com todo o planeta, mas principalmente com o desenvolvimento socioeconômico, justo e solidário, do nosso país, gerando emprego e renda para nossa sociedade”, ressaltou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O PL Combustível do Futuro foi construído com a participação de representantes do governo, indústria, associações representativas de vários segmentos ligados aos mercados de combustíveis e comunidade científica. O objetivo é reunir novas orientações para a descarbonização da matriz energética de transportes, a industrialização do País e a propulsão à eficiência energética dos veículos. Entre as propostas está, por exemplo, a integração entre a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), o Programa Rota 2030 - Mobilidade e Logística e o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE Veicular).
A Atlas Lithium assinou um protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais comprometendo-se a investir cerca de R$ 1 bilhão em projetos localizados em cinco cidades do interior mineiro, devendo a maior parte dos recursos (R$ 750 milhões) ser aplicada na produção de lítio no Vale do Lítio, região do Jequitinhonha. O restante será destinado a projetos de minério de ferro e rochas ornamentais de quartzito na região central do estado. Segundo o governo mineiro, os projetos vão gerar 1,2 mil empregos na região de abrangência.
A previsão da empresa é produzir 300 mil toneladas/ano de lítio em áreas localizadas nos municípios de Itinga e Araçuaí, no Vale do Lítio, onde estão concentradas as principais reservas desse mineral no País.
A Atlas também vai ampliar a produção das lavras de quartzito para rochas ornamentais no distrito de Conselheiro Mata, em Diamantina, na região do Vale do Jequitinhonha, e em São Domingos do Prata, na região Central de Minas, operadas pela empresa Mineração Júpiter.
Outra empresa do mesmo conglomerado que receberá investimentos será a Apollo Resources, com ampliação da mina de minério de ferro em Rio Piracicaba, também na região Central de Minas. Nos dois empreendimentos, a previsão é de um investimento de R$ 250 milhões.
Segundo Marc Fogassa, CEO da Atlas Líthium, a expectativa da empresa é iniciar a produção no Vale do Lítio em maio de 2024 e para isso a empresa planeja utilizar um modelo de planta que será trazido pronto para o Brasil e montado no local onde acontecerá a produção. A empresa vai produzir e exportar concentrado de espodumênio com teor de 5,5 a 6% de Li2O. O início da produção será em escala menor e a empresa espera alcançar o volume de 300 mil t/ano gradativamente.
Conforme o consultor financeiro da Atlas Lithium, Rodrigo Menck (que anteriormente atuava na Sigma Lithium), a previsão é que o empreendimento gere uma receita anual de US$ 900 milhões quando atingir sua capacidade nominal, sem levar em conta a venda do rejeito, que poderia gerar um faturamento adicional de 10%.
Atualmente, o projeto encontra-se em fase de licenciamento. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou, ao assinar o protocolo de intenções, que os investimentos cumprirão todas as obrigações ambientais e contribuirão para mudar a realidade da região. “Nós temos plena convicção de que a região toda vai mudar - e para muito melhor. Temos exigido dessas empresas total responsabilidade ambiental e isso é um compromisso do Governo de Minas. Além disso, os investidores são alertados de que precisam ter responsabilidade social para serem bem recebidos no estado. Por isso, todas as empresas estão investindo em programas de treinamento de pessoas para dar oportunidade para quem mora naquela região. E é isso que nós queremos: valorizar o mineiro e dar qualidade de vida e oportunidade”, destacou.
O projeto da Atlas Lithium vem se somar ao da MG LIT (Lithium Ionic), que anunciou em julho de 2023 um investimento de R$ 750 milhões, também no Vale do Lítio, e aos empreendimentos da Sigma Lithium, CBL e Latin Resources, que já operam na região.
A empresa australiana de exploração mineral Alderan Resources assinou um acordo para comprar a Parabolic Lithium, que detém participação de 100% em sete projetos de exploração de lítio em Minas Gerais.
Os projetos abrangem 472 km² e incluem 24 licenças de exploração concedidas em sete áreas, nomeadamente Caraí, Catuji, Curral de Dentro, Governador Valadares, Itaípe, Itambacuri e Minas Novas. Todos esses projetos estão situados dentro e ao sul do Vale do Lítio.
A área abriga outros projetos em operação, como o Grota do Cirilo, de propriedade da Sigma Lithium, que mediu e indicou recursos de 77,034 milhões de toneladas (mt) com 1,43% de óxido de lítio (Li₂O). Também inclui o projeto Salinas, que é de propriedade da Latin Resources e mediu e indicou recursos de 45,2 milhões de toneladas a 1,34% Li₂O.
Como consideração inicial do acordo, a Alderan concordou em pagar 110.000 dólares australianos (US$ 70.513,30) em dinheiro e emitir 150 milhões de suas ações, a A$ 0,006 cada, após autorização dos acionistas. A contraprestação também inclui 100 milhões de opções da classe AL8OA, cada uma exercível por A$ 0,016, que expirará em setembro de 2025.
A empresa também emitirá ações, sujeitas ao cumprimento de determinados marcos. Se seis fragmentos de rocha com mais de 1% de Li₂O em pegmatitos contendo espodumênio separados no projeto forem alcançados, ele emitirá 50 milhões de ações ao preço de A$ 0,006 cada.
Se interceptações de perfuração de mais de 10 milhões forem feitas com um mínimo de 1% de Li₂O no projeto, a empresa emitirá 75 milhões de ações. Será seguido pela empresa atingindo um recurso mineral mínimo de 1% Li₂O, quando emitirá 150 milhões de ações.
Além disso, Alderan garantiu compromissos de investidores para uma colocação condicional de ações para levantar quase A$ 1,75 milhão. Sujeito à aprovação dos acionistas, emitirá 291,66 milhões de suas ações para captar recursos.
O diretor administrativo da Alderan, Scott Caithness, disse: “A aquisição do grande e altamente prospectivo pacote de arrendamento concedido da Parabolic em um distrito de lítio estabelecido no Brasil é um desenvolvimento muito emocionante para a Alderan e representa o culminar bem-sucedido da geração de projetos focados em garantir oportunidades de exploração de metais críticos de alto potencial. .
“A Parabolic tem uma equipe estabelecida no país com experiência significativa na identificação de áreas prospectivas de lítio e se ofereceu para ajudar a Alderan a acelerar suas atividades de exploração terrestre, que estão planejadas para começar no quarto trimestre de 2023.”
A Atlas Lithium anunciou nova descoberta de pegmatito raso mineralizado, resultado da perfuração gradual a oeste do carro-chefe da empresa, de 2,3 quilômetros. Esta nova área de espodumênio contendo lítio foi chamada de Anitta 4 e está localizada dentro do Projeto Neves, um conjunto de quatro direitos minerais de lítio que fazem parte do Projeto de Lítio Minas Gerais, de propriedade 100% da Atlas Lithium, em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.
Esta nova descoberta rendeu intersecções de espodumênio mineralizado visualmente identificáveis com cristais grandes e grossos, consistentes com o que geralmente é considerado de alta qualidade para processamento para produzir concentrado de lítio. A exploração futura se concentrará na delimitação de recursos de Anitta 4, que está aberta ao norte, ao sul e em profundidade, já a equipe de geologia acredita que o corpo de minério representa uma tendência maior, consistente com as características geológicas regionais vistas até o momento.
Em Anitta 4, o furo DHAB-290 cruzou o espodumênio mineralizado começando em 170 metros de profundidade com um comprimento cumulativo de interseção do espodumênio de 43,65 metros. O furo DHAB-289 rendeu um total acumulado de 18,65 metros de espodumênio mineralizado começando em apenas 70 metros de profundidade. Para as interseções acima, os ensaios estão pendentes.
Marc Fogassa, CEO e Presidente da Atlas Lithium, comentou: "Estou entusiasmado que nossos esforços tenham identificado Anitta 4, uma nova zona contendo espodumênio dentro do Projeto Neves. Os resultados até agora indicam que é outra zona mineralizada suficientemente próxima do superfície e, portanto, potencialmente passível de mineração a céu aberto."
Nick Rowley, vice-presidente de desenvolvimento de negócios, acrescentou: "O anúncio de hoje é mais um passo importante na expansão dos recursos que podem ser extraídos economicamente. Nosso objetivo é nos tornarmos um produtor de concentrado de lítio de baixo custo e alta qualidade até meados de 2025".
A Atlas Lithium foi fundada em 2011 na Califórnia e um ano depois mudou-se para Boca Raton, Flórida (EUA). Desde janeiro deste ano está listada na Nasdaq. Marc Fogassa, criador da empresa, é o principal acionista e faz uma grande aposta no mercado global de minerais críticos. Além do lítio, foco no momento, há reservas de níquel, titânio, grafita e terras raras.
Segundo ele “O custo cash de produção do nosso projeto ficará abaixo de US$ 300 a tonelada do concentrado”. O projeto da Atlas prevê produzir 300 mil toneladas por ano de concentrado de lítio grau bateria, do mineral de espodumênio extraído de mina a céu aberto.
“Creio que o projeto da Atlas será o último com mineral aflorado com extração na superfície, no Vale do Lítio, com profundidade de até 250 metros. Os demais estão previstos com lavra subterrânea. É um diferencial de custo e de desenvolvimento do projeto”
Segundo o CEO e chairman da Atlas, testes metalúrgicos realizado por empresas especializadas em geologia apontaram teor médio de lítio de 6,04% nas amostras obtidas nas perfurações. “O mercado está apto a comprar material de lítio com teor a partir de 5,5%. Tenho recebido telefonemas de montadoras de veículos buscando informações sobre o projeto”, diz.
Os investimentos no projeto, informa o executivo, ficarão acima de US$ 100 milhões na sua instalação e teria início de produção no segundo semestre de 2025. “Com outros desembolsos requeridos pelo projeto poderá atingir US$ 200 milhões”, diz.
A tecnologia da planta de concentração do espodumênio, informa, será a que é conhecida há mais de 100 anos e agora utilizada no processo de beneficiamento de lítio – DMS (tratamento pré-químico do minério por Separação de Meio Denso). O concentrado de espodumênio, obtido de rocha dura, é considerado o melhor insumo para fabricação do Hidróxido de Lítio, insumo utilizado nas fábricas de baterias.
O porto de exportação a ser usado pela Atlas será definido no estudo entre os portos de Ilhéus (BA) e Vitória (ES), tendendo mais para o segundo. A vizinha Sigma Lithium iniciou em julho seus embarques pelo porto capixaba.
De Assis, interior de São Paulo, Marc Fogassa estudou em São Paulo e foi fazer engenharia no Instituto de Engenharia Aeronáutica (ITA). Ficou pouco tempo lá e migrou em 1985, aos 18 anos, para a universidade americana MIT. Estudou também em Harvard, onde se formou em medicina, mas buscando atuar em capital de risco na área de biotecnologia. (com informações do Valor Econômico)
Na corrida pelo lítio, que envolve mineradoras, indústrias automotivas e fundos de investimento em torno da disseminação dos veículos elétricos (EV, em inglês), uma empresa, ao melhor estilo mineiro, vem colhendo resultados silenciosamente no Vale do Lítio.
Fundada em 1985, a CBL iniciou sua operação em 1991 atendendo as indústrias de medicamentos, vidros e cerâmicas, mas, principalmente, a indústria automotiva – o mineral é utilizado na fabricação de graxas. Nos últimos quatro anos, contudo, a demanda do setor de automóveis multiplicou-se e mudou radicalmente – hoje, dois terços de sua produção anual de 1,5 mil toneladas equivalente de carbonato de lítio (LCE, em inglês) tem como destino a fabricação de baterias. A empresa também produz 42 mil t/ ano de concentrado de espodumênio com 5.5% de Li2O.
O número é pequeno se comparado à necessidade mundial de cerca de 800 mil toneladas de LCE neste ano e que deve chegar a 2 milhões de toneladas em 2030. Mesmo assim, a CBL colheu os frutos do pioneirismo: o boom do lítio fez seu lucro líquido crescer mais de 11 vezes entre 2020 e 2022, de R$ 30,7 milhões para R$ 357,9 milhões. O faturamento cresceu cinco vezes, de R$ 120,5 milhões em 2020 para R$ 668,1 milhões no ano passado.
A CBL é uma empresa 100% nacional, pioneira na lavra subterrânea de pegmatito litinífero e no beneficiamento de espodumênio, minério do qual é retirado o lítio. De capital fechado e com dois sócios, os empresários Salustiano Costa Silva e Aguinaldo Pires Couto, a companhia também tem a vantagem de atuar em duas das cinco principais etapas da transformação do lítio até a bateria de carros elétricos.
A empresa opera a mina subterrânea Cachoeira, localizada em Araçuaí (MG), onde lavra o pegmatito litinífero que dá origem ao concentrado de espodumênio, utilizado para produção de compostos de lítio. A extração do minério, que contém o Espodumênio é feita através do método sublevel stopping, incluindo operações com uso de pás carregadeiras comandadas por controle remoto, perfuratrizes Jumbo, software de sequenciamento de lavra e estudos e acompanhamento geomecânico das aberturas geradas durante a lavra. Atualmente, as galerias da Mina da Cachoeira atingem até 180m de profundidade e até 5km de extensão. As reservas na mina somam 4 milhões t. A produção dos compostos de lítio se inicia com o processo de rota ácida com tecnologia adaptada pela CBL.
Além de minerar o espodumênio, um mineral com concentrado de lítio, a empresa consegue beneficiar parte da matéria-prima em carbonato e hidróxido de lítio, dois dos componentes das baterias. Outras empresas que atuam no país, como a AMG e a Sigma Lithium, só atuam na oferta do espodumênio. Todas elas ocupam a mesma região, no Vale do Jequitinhonha.
Desde 2019, a CBL exporta espodumênio, carbonato e hidróxido de lítio para países como China e Alemanha, que seguem as outras etapas de manufatura. Para aproveitar o momento positivo, a companhia está investindo para duplicar tanto sua capacidade de mineração quanto de beneficiamento até 2030. O prazo não é trivial, explica Alvarenga. A partir da próxima década, o mercado pujante para o lítio tende a desacelerar, quando a oferta alcançar a demanda.
Nesse cenário, a “corrida do lítio” se assemelharia mais a um “sprint”, segundo Alvarenga. E, para o executivo, a empresa tem sido beneficiada, justamente, por já estar no mercado. “O desafio para quem deseja entrar em um projeto ‘greenfield’ [do zero] em mineração no Brasil é que vai levar de seis a oito anos até obter todas as autorizações necessárias – e não é muito diferente disso fora do país”, reforça o executivo. Isso porque, ao atuar na mineração, passando pelo beneficiamento químico até a manufatura das baterias, há uma exigência de know-how e investimentos que podem não entregar o retorno esperado no tempo necessário até o pico da demanda, previsto para acontecer em 2030.
Com informações do Infomoney
Com a perfuração de reconhecimento de fase 1 RC nos prospectos de Bom Jesus de Baixo e Soledade Oeste no projeto Solonópole, a Oceana Lithium retornou interceptações contínuas de pegmatito de até 37m de largura - e interceptações combinadas de até 46m. Os pegmatitos são a rocha hospedeira do lítio, comumente encontrado no mineral espodumênio, e no prospecto de Bom Jesus. A perfuração foi concluída em três alvos iniciais, incluindo o poço Bom Jesus (com espodumênio), Central e Leste, além de novos alvos em Lidiane e Mina de Estanho.
No prospecto Soledade Oeste, dois alvos – Zilcar II e Rolados – foram testados e novos corpos pegmatíticos foram identificados. As melhores interceptações combinadas de pegmatitos incluem 46m da superfície até o final do furo (EoH), incluindo 37m contínuos da superfície (NGR-RC-15, alvo de mina de estanho); 21m da superfície ao EoH, incluindo 18m contínuos de 21m a 39m (SOL-RC-06, alvo Zilcar II); e 19m da superfície ao EoH, incluindo 18m contínuos de 39m a 57m (SOL-RC-08, alvo Zilcar II).
Os resultados do ensaio dos primeiros dez furos do programa de Fase 1 de 30 furos e aproximadamente dois mil metros são esperados para as próximas quatro a seis semanas.
“Estou muito animado com as interseções de pegmatitos no novo projeto Soledade Oeste e as notáveis interseções adicionais de pegmatitos de Bom Jesus de Baixo”, disse James Abson, geólogo sênior de exploração da Oceana Lithium. Segundo o geólogo, algumas das interseções estão começando a se encaixar bem e “é agradável ver pegmatitos interceptados em outros locais dentro das várias grades de solos anômalos de lítio. Estou animado com a chegada do primeiro conjunto de resultados do laboratório no final deste trimestre”. A Oceana também está interpretando dados preliminares de um levantamento de drone de alta resolução (orto-mosaico e topografia DTM) que sobrevoou os prospectos Bom Jesus de Baixo e Soledade Oeste para auxiliar com dados de superfície precisos necessários para a futura modelagem 3D.
A companhia começou a gerar receita a partir da Fase 1 e espera produzir 130.000 t em 2023
A Sigma Lithium alcançou com sucesso emissões líquidas zero de carbono com a execução bem-sucedida de sua primeira remessa de 15 mil toneladas de lítio verde Triplo Zero e 15 mil toneladas de subprodutos verdes produzidos no projeto Grota do Cirilo, em Minas Gerais. A companhia começou a gerar receita a partir da Fase 1 e espera produzir aproximadamente 130.000 toneladas de Lítio Verde Triplo Zero no ano civil de 2023, à medida que avança para a produção em escala total da Fase 1. A capacidade total de produção da Fase 2 e 3 é esperada em 2024, posicionando a Sigma como uma das maiores indústrias de lítio do mundo.
O aumento da produção da Fase 1 continua a avançar e atualmente opera com aproximadamente 75% da capacidade. A Sigma Lithium alcançou recuperação máxima de DMS de 60% e está em busca de atingir recuperação máxima de recuperação de 65% no projeto, ao mesmo tempo em que atinge especificações técnicas e pureza e de alta qualidade para o Lítio Verde Triplo Zero, com produção recente de até 6,4% de concentrado de lítio Li2O.
A primeira remessa foi produzida na planta Greentech de última geração de lítio da Sigma, um projeto sem barragem de rejeitos e com 100% deles empilhados a seco, sem a utilização de produtos químicos perigosos para o processamento de lítio. O projeto da Sigma evita a contaminação da água e do solo e contribui para a preservação dos rios e florestas da região. Além disso, devido ao baixo teor de carbono dos produtos da Sigma Lithium, a pegada de carbono após iniciativas de redução e implementação de métodos de produção ambientalmente sustentáveis foi compensada com 59 mil toneladas de créditos de carbono adquiridos da Carbonext (que são verificados por meio da Verra Verified Carbon), fazendo com que a companhia atinja o zero líquido este ano. "Estamos entusiasmados com nossa parceria com a Sigma Lithium." disse a CEO da Carbonext, Janaína Dallan. "Ana Cabral é notoriamente comprometida com a agenda ambiental e socioeconômica da companhia e gostaríamos de parabenizar a Sigma por se engajar na luta contra as mudanças climáticas com a Carbonext”. Como resultado dessas iniciativas, a Sigma Lithium é capaz de entregar a primeira remessa Triple Zero do mundo de concentrado de lítio para bateria com zero produtos químicos perigosos, zero rejeitos e zero carbono líquido. “Fomos fundados com a missão de produzir lítio ambientalmente sustentável com o menor custo possível, emissões zero de gases de efeito estufa e a eliminação de barragens de rejeitos perigosos”, disse Ana Cabral, CEO e co-presidente da Sigma Lithium. “Com a execução bem-sucedida de nossa primeira remessa, comemoramos a realização de nossa missão: fomos capazes de atingir nossa meta de zero líquido bem antes do prazo estimado e antes do setor geral de metais e mineração”. Ana disse ainda que a Sigma Lithium desempenha um papel crítico no combate às mudanças climáticas, particularmente na transição em massa para veículos elétricos. “Nossa planta Greentech de última geração utiliza energia 100% renovável, 100% de água reciclada e 100% de rejeitos empilhados a seco, e é um modelo de sustentabilidade para apoiar totalmente o setor elétrico, a indústria automobilística na redução de sua pegada ambiental. Ao alcançar com sucesso a produção líquida zero de carbono, nós provamos que a mineração pode efetivamente adotar práticas sustentáveis e preparar o caminho para um ambiente mais verde futuro", acrescentou.
Um dos investidores é Martin Rowley, recém-aposentado presidente da Allkem Limited
A Atlas Lithium anunciou que recebeu investimento de US$ 10 milhões em ações ordinárias restritas da companhia de quatro investidores com longa experiência na indústria de lítio. Um dos investidores é Martin Rowley, recém-aposentado presidente da Allkem Limited, empresa de lítio com capitalização de mercado de aproximadamente US$ 7 bilhões. O capital arrecadado será utilizado no avanço do Projeto Neves, 100% de propriedade da Atlas Lithium, no Vale do Lítio, em Minas Gerais.
Rowley tem a distinção por criar duas grandes empresas de recursos. Em 1996, o executivo co-fundou a First Quantum Minerals Ltd., companhia de cobre que tem uma capitalização de mercado atual de aproximadamente US$ 18 bilhões. Em 2009, tornou-se presidente da Lithium One Inc., que naquela época havia garantido participações nos ativos de lítio de rocha dura de Sal de Vida e James Bay na Austrália. Rowley tornou-se presidente da Galaxy Resources Limited após a fusão com a Lithium One, acrescentando ao seu portfólio a conhecida mina de espodumênio Mt. Cattlin, na Austrália.
O investidor supervisionou as operações da Galaxy Resources quando ela experimentou um crescimento significativo, resultando na fusão bem-sucedida com a Orocobre Limited em 2021, que criou a Allkem Limited. Desde a época de sua nomeação como presidente da Galaxy Resources, a capitalização de mercado da agora Allkem Limited cresceu de US$ 15 milhões para US$ 7 bilhões quando ele se aposentou como presidente da Allkem, em novembro de 2022.
Marc Fogassa, CEO e presidente da Atlas Lithium, comentou: “Rowley é um dos nomes mais ilustres no espaço do lítio. Juntamente com outros investidores, este notável grupo traz experiência inigualável, conhecimento da indústria e contatos em toda a cadeia de suprimentos de lítio. A Atlas Lithium tem a sorte de ter conquistado o interesse deles à medida que avançamos rapidamente em nosso projeto”.
Empresa irá extrair lítio nos municípios de Araçuaí, Itinga e Salinas
O Governo de Minas Gerais e a empresa MG LIT (Lithium Ionic) firmaram protocolo de intenções para a geração de mais de mil empregos diretos – além dos indiretos - na região do Vale do Jequitinhonha. Os investimentos somam R$ 750 milhões e visam o desenvolvimento do Vale do Lítio e, principalmente, em transformar a realidade dos mineiros que vivem na região.
A MG LIT irá extrair lítio nos municípios de Araçuaí, Itinga e Salinas. Em reunião na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, na qual participaram diretores da MG LIT, da Invest Minas e o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, o governador destacou a importância do projeto. “A cada dia que passa, estamos fazendo o Vale do Lítio se tornar algo concreto. Demos um passo muito importante para isso. Queremos dar emprego digno para os mineiros. Estamos dando todo o apoio a esse projeto, sem burocracias e seguindo rigorosamente a legislação ambiental. O Vale do Jequitinhonha será e - já começa a ser - o Vale da Esperança”, disse o governador. Romeu Zema.
O presidente da MG LIT, Hélio Diniz, disse que os impactos socioeconômicos do projeto para a região ajudarão a elevar a empregabilidade no estado. “O futuro é bem promissor. Acreditamos muito no potencial da região, que é enorme. Estamos bastante animados e queremos começar a trabalhar o mais rápido possível”, disse. A MG LIT espera começar a operar em 2025 e, para isto, vai investir até o final deste ano cerca de R$ 160 milhões. Os recursos serão aplicados em Minas Gerais. No total, a previsão é que sejam direcionados mais de R$ 750 milhões pela MG LIT.
O Governo de Minas tem realizado parcerias com empresas interessadas em investir no Vale do Lítio. Mas, para isso, as companhias devem apresentar ações sociais, como apoio às mulheres empreendedoras, estradas e infraestrutura, conforme recomendação do governador. “Algumas empresas já estão investindo para melhorias das estradas e pontes. Já solicitamos também que elas contribuam para o Aeroporto de Araçuaí, para que o município possa receber vôos regulares”, afirmou Zema. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, disse que o projeto é tornar o Vale do Lítio em um celeiro de desenvolvimento, transformação social e geração de empregos. “As famílias que moram na região vão sentir a transformação econômica e social que nós vamos fazer”, afirmou o secretário.
As mudanças já são percebidas, por exemplo, pela população de Itinga, com o aquecimento de alguns setores. “A região melhorou muito para emprego, tem muito dinheiro correndo”, contou o caminhoneiro José Libério Corregozinho, que percorre a região há cerca de 20 anos.
A MG LIT (Lithium Ionic) é uma empresa de mineração canadense com foco em lítio e atuando na aquisição, exploração e desenvolvimento de propriedades de lítio no Brasil para gerar valor de longo prazo para seus acionistas por meio da descoberta e potencial extração futura de lítio, um mineral que está alimentando a revolução verde. O Vale do Lítio é formado por 14 cidades: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro.
Esses municípios abrigam a maior reserva nacional de lítio, mineral empregado em diversas aplicações, como na fabricação de baterias de longa duração, que equipam veículos elétricos e aparelhos eletroeletrônicos. A demanda pelo mineral deverá crescer nos próximos anos pela indústria, de forma geral.
Segundo informações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), quatro grandes projetos de investimentos e desenvolvimento já foram atraídos para o Vale do Lítio. Com as confirmações, estão previstos cerca de R$ 5 bilhões em recursos que serão direcionados a Minas, com expectativa de chegar a R$ 30 bilhões até 2030. Os quatro empreendimentos firmados projetam mais de 3,7 mil postos de trabalho na região.