LOC.: Em entrevista coletiva na noite desta quinta-feira (02), o Ministério da Saúde divulgou os resultados do EPICOVID19-BR, o maior estudo epidemiológico do país sobre o coronavírus.
Dividida em três fases, com início em maio, a pesquisa analisou 89.397 pessoas de todas as regiões do país e foi conduzida pela Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul.
Entre os resultados, pesquisadores levantaram que dentre as pessoas que participaram do estudo, 91% apresentaram sintomas e 9% eram assintomáticas. O coordenador do estudo epidemiológico, Pedro Hallal, destaca que o alto percentual de pessoas sintomáticas não significa que todas vão precisar de atendimento médico.
TEC./SONORA: Pedro Halla, coordenador do estudo
“É claro que esse número tem que ser considerado com o devido cuidado. Não estamos querendo dizer que 91% das pessoas vão precisar de atendimento hospitalar. Estamos dizendo que os sintomas da Covid-19 aparecem e isso é uma boa notícia para a secretaria de Vigilância da Saúde para desenvolver protocolos para tentar identificar pessoas sintomáticas e com isso, impedir a disseminação da doença.”
LOC.: O estudo da Universidade Federal de Pelotas apontou também a estimativa da letalidade da infecção por coronavírus. Os resultados mostram taxa de letalidade de 1,15%, o que significa que a cada 100 pessoas infectadas pelo vírus, uma vai a óbito.
O coordenador da pesquisa, Pedro Hallal, explica que a taxa pode variar, mas que pode ser considerado um número sólido.
TEC./SONORA: Pedro Halla, coordenador do estudo.
“Tem coisas que fazem esse número poder ser um pouco maior, tem coisas que fazer esse número poder ser um pouco menor, mas 1,15%, baseado em dados reais e não em projeções matemáticas, é um número que a gente considera bastante sólido ”
LOC.: A pesquisa levantou informações sobre distanciamento social. Da primeira fase até a última, no final de junho, o percentual de pessoas que saem de casa diariamente subiu de 20% para 26%.
O estudo mostrou ainda que os 20% mais pobres da população brasileira tem o dobro da infecção do que os 20% mais ricos da população.