09/02/2024 20:00h

Amazonas, Pará e Tocantins são os principais estados que registraram crescimento

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As regiões Norte e Nordeste vêm apresentando uma tendência de crescimento de casos de Covid-19 nas últimas semanas, de acordo com a Fiocruz. O período do carnaval preocupa especialistas nesse sentido, já que a aglomeração é a principal característica da folia. Por isso alguns cuidados devem ser mantidos nessa época, especialmente com pessoas dos grupos de risco. 

No Norte, 8.757 casos de Covid-19 foram registrados de 1º a 27 de janeiro deste ano. No Nordeste foram 7.190 novos casos no período. Os dois representam quase a metade dos registros do país (34.833), de acordo com dados do Ministério da Saúde. 

O último boletim Infogripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (8), mostra que entre as capitais, oito apresentam sinal de aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19: Belém (PA), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).

O pesquisador e coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, fala sobre essa tendência de alta no Norte, que antes foi observada em outras regiões do país.

“Nós temos alguns estados da região Norte que iniciaram o processo na virada do ano, início de janeiro, que ainda estão apresentando sinal de crescimento, especificamente por Covid-19. Os principais estados que estão nessa situação são Amazonas, Pará, Tocantins, além do estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste”, explica.

A infectologista Clarissa Cerqueira reforça que após o carnaval existe um risco ainda maior de aumento de casos de Covid-19 em diversos locais, por isso manter a vacinação em dia é ainda mais importante.

“A gente vem observando uma tendência de aumento de casos e isso muito provavelmente tem a ver com as festas de final de ano, com essa proximidade, e também com a vacinação. A gente não pode esquecer que tem doses extras, de reforço, e que isso pode interferir no vírus que está circulando e no número de casos”, analisa. 

Cuidados

A professora Josivalda Alves, que mora no bairro da Paralela, em Salvador, vai aproveitar a folia mas não deixará de lado a prevenção. 

“Alguns cuidados são sempre importantes para evitar mais contaminação, por exemplo eu estou levando o meu álcool. Antes de comer, quando percebo que minha mão está suja, eu vou usando, deixo no bolso. Outra coisa, eu tomei todas as doses [da vacina]. Acabou o carnaval, dá um tempo para encontrar pessoas idosas da sua família, porque a gente nunca sabe quando vai estar contaminando outras pessoas”, comenta. 

Na Bahia, em janeiro, 1.073 novos casos de Covid e 13 mortes pela doença foram registrados, 468 casos e três mortes em Salvador. Na capital baiana, até o momento, 1.768.801 pessoas tomaram a dose de reforço da vacina (3ª dose). Já a 4ª dose foi aplicada em 927.956 pessoas e a 5ª em 6.495. Mais de 620 mil tomaram a vacina bivalente. 

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02/02/2024 21:15h

Região Norte lidera o ranking de alta nos casos

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Dos dez estados que apresentaram tendência de alta de casos de Covid-19 no mês de janeiro, o Tocantins foi o que teve o maior aumento. Na primeira semana epidemiológica, de 1º a 6 de janeiro, foram 124 casos da doença. Já na quarta semana, de 21 a 27 de janeiro, o número saltou para 1.906 casos — quase 17 vezes maior. Em seguida, estão Roraima, Pará e Rondônia. Os dados são do Painel Coronavírus, do Ministério da Saúde. 
 
Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Covid-19 também apresentam tendência de alta em estados do Norte e Nordeste, de acordo com o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como explica o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes. 

“A gente teve, ao longo do final do segundo semestre do ano passado, a retomada da Covid-19 gerando aumento de casos de SRAG, iniciando pelo Centro-Sul, depois estados da região Nordeste e agora a gente vê esse processo na região Norte. Temos esse cenário heterogêneo, Continua os casos de Covi-19 desencadeando casos de SRAG afetando fundamentalmente a população de idade mais avançada e também as crianças pequenas”, analisa. 

A jornalista Fernanda Costa, 26, é de Salvador e teve Covid pela terceira vez, no mês de janeiro. Ela diz que, comparados com as anteriores, os sintomas foram muito mais brandos. 

“No primeiro dia eu senti dor de garganta muito forte que não passava mesmo com medicação, então no dia seguinte eu resolvi procurar uma emergência para saber exatamente o que eu estava tendo. Os sintomas eram muito parecidos, só que mais leves: dor de garganta, coriza muito forte. Eu já tomei as quatro doses da vacina, então pareciam sintomas gripais tirando o cansaço do corpo, aquela fadiga muito forte”, conta. 

Causas 

O infectologista Robson Reis explica as possíveis causas desses aumentos de contaminação. 

“Final de ano geralmente as pessoas costumam ficar mais próximas, porque frequentam centros de compras, as festas familiares, as confraternizações. Outra situação é que muitas pessoas não se vacinaram com a vacina bivalente, que tem uma proteção maior contra as variantes do SARS-CoV 2 que passaram a circular. Também soma-se a isso a queda natural da imunidade das pessoas com o passar do tempo”, observa.  

No entanto, o médico ressalta que não há motivo para pânico: “Os números servem de alerta, principalmente para pessoas dos grupos de risco, mas vivemos um outro cenário  e já sabemos diagnosticar melhor e tratar a doença”, explica.

Em todo o país, foram registrados 34.833 casos novos de Covid-19 e 212 mortes pela doença em janeiro deste ano. Ao todo, 38.338.153 pessoas foram infectadas pelo coronavírus — e 709.407 morreram desde o início da pandemia no país em 2020. 

Confira os estados com maiores aumentos (1ª semana = 1º a 6/01/2024 / 4ª semana = 21 a 27/01/2024):

1. Tocantins: 124 casos na 1ª semana / 2.030 na 4ª semana 
2. Roraima: 29 casos na 1ª semana / 236 na 4ª semana 
3. Pará: 511 casos na 1ª semana / 3.390 na 4ª semana 
4. Rondônia: 378 casos na 1ª semana /1.820 4ª semana 
5. Goiás: 701 casos na 1ª semana / 2.130 na 4ª semana 
6. Amazonas: 218 casos na 1ª semana / 660 na 4ª semana 
7. Bahia: 586 casos na 1ª semana /1.070 na 4ª semana 
8. Rio de Janeiro: 2.140 casos na 1ª semana / 3.470 na 4ª semana 
9. Espírito Santo: 468 casos na 1ª semana / 629 na 4ª semana  
10. Santa Catarina: 739 casos na 1ª semana / 951 na 4ª semana 

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25/11/2023 20:00h

Os valores não utilizados até 31 de dezembro deverão ser devolvidos

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Os gestores dos municípios têm até o dia 31 de dezembro para utilizar os recursos destinados pelo governo federal para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. De acordo com a Portaria 884/2023, o recurso tem como objetivo garantir a continuidade dos benefícios socioassistenciais para as famílias.

O especialista em orçamento Cesar Lima explica que os valores deveriam ser utilizados até o final do ano passado, mas como vários municípios ainda tinham um grande volume desses recursos, foi aprovada uma lei para estender esse prazo até dezembro de 2023.

“Eles podem ser utilizados para compra de veículos, equipamentos, para custeio, e para assistência social voltada para o tratamento das mazelas da Covid”, comenta. 

Com o dinheiro é possível fazer a identificação de novas famílias e indivíduos que necessitam do Sistema Único de Assistência Social (Suas). O recurso não pode ser utilizado para a compra de cestas básicas, aluguel social e auxílio funeral, já que são benefícios eventuais e possuem recursos específicos. 

Caso o município não utilize os recursos dentro do prazo estabelecido deve ser feita a devolução à União por Guia de Recolhimento. 

Cenário 

O infectologista Robson Reis diz que estamos vivendo um momento de aumento de casos em algumas regiões, mas que há motivos para preocupação. No entanto, ele alerta que é preciso chamar a atenção para a vacinação, já que parte da população ainda não buscou a dose bivalente, que protege contra as variantes, por exemplo. 

“Esse aumento no número de casos pode ser explicado pelo surgimento e circulação de novas variantes do vírus inicial da Covid-19 e elas, muitas vezes, têm a capacidade de driblar o nosso sistema imunológico. Há também as pessoas que acabam contraindo a Covid e tem sintomas brandos que interpretam a doença como uma simples virose e continuam a sua vida normal, transmitindo para outras pessoas”, analisa. 

De acordo com o painel Coronavírus do Ministério da Saúde, o país tem 38.048.773 casos de Covid-19 confirmados e 707.470 mortes. Na última semana foram registrados 26.496 novos casos da doença. 

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12/11/2023 18:00h

A temperatura pode variar entre 17° e 41°

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Para esta segunda-feira (13), a previsão é de muitas nuvens, mas sem chuvas no Amapá, Tocantins e na microrregião de Conceição do Araguaia no Pará.

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas podendo haver trovoadas em Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Baixo Amazonas e sudoeste paraense.

Nas demais regiões do Pará, muitas nuvens com possibilidade de chuva isolada.

A temperatura mínima para a região Norte fica em torno dos 17° em Santa Isabel do Rio Negro no Amazonas. A máxima prevista é de 42° na cidade de Corumbiara, em Rondônia. A umidade relativa do ar varia entre 35% e 90%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

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21/08/2023 15:30h

Até o momento, mais de 16 milhões de brasileiros receberam a vacina bivalente, segundo o MS

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O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de uma nova variante da Covid-19 no Brasil. Conhecida popularmente como Éris, a EG.5 é uma subvariante da Ômicron e foi registrada em ao menos 51 países, de acordo com a Organização Mundial da Saúde(OMS). No país, a doença foi identificada em mulher de 71 anos, no estado de São Paulo. De acordo com a pasta, ela apresentou apenas sintomas leves e está com o quadro vacinal completo. 

A infectologista do Centro Especializado em Doenças Infecciosas do Distrito Federal (CEDIN-DF) Joana D’arc Gonçalves da Silva diz que essa nova variante já circula um certo tempo no mundo. “No Brasil, a gente tem um aumento de algumas variantes que vai crescendo de forma silenciosa, porque a gente não tem uma testagem muito eficaz. E a análise genômica demora um pouco no Brasil. Ela também observa que essa variante foi classificada como de baixo risco porque não apresenta mutações no padrão de gravidade da doença. “Não teve mais hospitalizações ou maior mortalidade com relação a ela”, aponta. 

Para ela, é necessário monitorar a evolução. “Os órgãos responsáveis, os centros de vigilância, eles devem ficar atentos para fazer a identificação dos casos e o monitoramento, seguir aqueles pacientes que foram diagnosticados com essa nova variante, para a gente ver o comportamento do vírus na nossa população”, avalia.

O médico infectologista Hemerson Luz destaca: “A variante EG.5 é considerada de interesse pela Organização Mundial de Saúde porque apresenta uma maior transmissibilidade e vem aumentando o número de casos pelo mundo”. O especialista acrescenta que a maior preocupação é com o atendimento nos hospitais. “Temos que ressaltar que esses casos não são mais graves, mas podem aumentar a demanda pelos serviços de saúde”.

Cautela e autocuidado

Na opinião de Joana D’arc, o momento ainda é de cautela e autocuidado. De acordo com a infectologista, mesmo com todos os cuidados necessários para evitar a propagação da covid-19  — como lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool 70%, evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas ou manter uma distância mínima de cerca de um metro de qualquer pessoa tossindo ou espirrando —, a vacina ainda é a maneira mais eficaz de evitar casos graves da doença.

“O que a gente tem de principal prevenção continua sendo a vacina. A bivalente, por exemplo, a gente tem uma cobertura muito baixa, mesmo a população-alvo não atingiu a meta esperada. Então, a principal recomendação é que a gente siga esse calendário e que se faça o reforço, porque a bivalente cobre, evita a hospitalização e complicação com relação a essas variantes —  e a gente está tendo um prejuízo por causa dessa baixa cobertura”, recomenda.

O médico Hemerson Luz reconhece que muitas pessoas ainda se preocupam com a covid-19, mas ele explica: “Aquele cenário do início da pandemia que apresentava, muitas vezes, o colapso do serviço de saúde em muitos locais, provavelmente não ocorrerá novamente”. Para ele, o mais importante é proteger as pessoas mais vulneráveis.

“É o momento em que se deve proteger as pessoas que fazem parte dos grupos de risco, como aqueles que têm mais de 65 anos, com comorbidades, doenças crônicas, como problemas pulmonares, problemas de imunidade ou quem esteja fazendo tratamento, que o sistema imunológico acaba perdendo um pouco da sua competência”, relata.

Para a infectologista do Centro Especializado em Doenças Infecciosas do Distrito Federal (CEDIN-DF), Joana D’arc da Silva, as pessoas não precisam ter medo, apenas atenção. “Você vai para um local, um ambiente fechado e que tem risco de ter infecção e baixa ventilação, então use a máscara. A outra coisa é testar. Você tem sintoma respiratório? Vamos testar pra você saber se você tá infectado e evitar essa propagação do vírus e, claro, vacinar”, orienta.

O infectologista Hermerson Luz diz que é importante ficar atento aos sinais de uma possível infecção. “Caso alguém tenha sintomas gripais, sintomas respiratórios como nariz entupido, tosse, coriza e febre deve se isolar, procurar atendimento médico o quanto antes para fazer o diagnóstico e utilizar a máscara, justamente para diminuir a possibilidade da transmissão do coronavírus”, alerta.

Manter o esquema vacinal atualizado

Segundo o especialista, apesar das mudanças estruturais do coronavírus na sua proteína Spike, que seria a parte do vírus que se liga com a célula do hospedeiro, ela teve origem na Ômicron. “Por isso, a vacina bivalente deve conferir algum grau de proteção, por isso é muito importante manter o esquema vacinal atualizado”, salienta.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 16 milhões de pessoas receberam a dose bivalente da vacina contra a Covid-19. O imunizante é ofertado a todos os brasileiros maiores de 18 anos que tenham completado o esquema primário da vacinação, com as duas doses ou a dose única. 

Manter hábitos de higiene ajudam na prevenção

A médica Joana D’arc  da Silva lamenta que muitas pessoas já se esqueceram de alguns cuidados básicos. “A gente tinha com frequência o álcool gel disponível em diferentes locais, hoje em dia já está mais raro encontrar isso, as pessoas já estão deixando o hábito de higienizar as mãos, já estão esquecendo alguns cuidados básicos.”

E ela acrescenta: “O reforço é para a gente prestar atenção nos nossos hábitos, mas não é de pânico, é de responsabilidade e o próprio governo também com as medidas, ofertando a testagem para as pessoas que precisam e também disponibilizando os insumos para que as pessoas possam fazer a vacina bivalente e atualizar os outros calendários de vacinas para outros vírus como a gripe, para não ter aí uma superposição de doenças”, pontua.

A infectologista do CEDIN-DF acredita que é importante que todos avaliem os riscos. “Cada indivíduo vai ver se está imunizado, se fez todo o esquema vacinal, ou se tem alguma doença imunossupressora, se tem risco de complicação. Então eu diria que é o momento da gente prestar atenção nos nossos hábitos e nos nossos sintomas. Se apresentar algum sintoma, é melhor não ir para festividades, para locais de alta circulação”, lembra.

O Ministério da Saúde informou que segue monitorando permanentemente o cenário epidemiológico da doença e reforça que, apesar da nova variante, a situação no país permanece estável. A Pasta está atenta às informações sobre novas subvariantes e mantém contato permanente com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o cenário internacional. Além disso, o MS ressalta que está disponível em toda a rede do SUS, gratuitamente, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo.
 

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05/05/2023 21:00h

São Paulo lidera o ranking na lista de estados com maior número de casos confirmados

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O Brasil registrou a marca de 37.487.971 casos confirmados de Covid-19 até o momento. Desse total, 38.553 casos foram registrados nos sistemas nacionais durante a semana epidemiológica (SE) 17. Além disso, o país tem 701.833 mortes por coronavírus, 339 deles registrados nos sistemas oficiais.

De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde, São Paulo e Minas Gerais são os estados com maior número de casos da doença, o Acre ocupa a última posição no ranking.

O infectologista Julival Ribeiro explica que apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado o fim da emergência sanitária, manter o ciclo vacinal atualizado é extremamente importante. 

“Mesmo a OMS tendo declarado fim da emergência sanitária no mundo inteiro em relação a COVID-19, eles tomaram essa medida tecnicamente porque o número de casos está caindo, o número de vacinação tem aumentado no mundo inteiro, os casos graves também. Já existem também alguns tratamentos, portanto, essa medida foi muito salutar feita pela Organização Mundial da Saúde. Entretanto, é muito importante a população saber que o vírus ainda continua circulando”. 

Atualmente, 512.864.042 de vacinas contra o Coronavírus já foram aplicadas. “A coisa mais importante é, quem não se vacinou ainda, tomar o seu ciclo de vacina e para aqueles que estão completamente vacinados  fazer a sua dose de reforço, porque a vacina é a melhor estratégia de prevenir casos graves, hospitalizações e mortes”, destacou Ribeiro. 

A enfermeira Grazielly Silva (30), mora em Samambaia Sul, no Distrito Federal. Ela conta quais foram as dificuldades que enfrentou quando foi infectada pelo vírus da Covid-19. 

“Uns três meses depois que começou o pânico da Covid, eu me infectei. Mesmo me mantendo isolada, acabei pegando. Foi bem difícil! Primeiro porque era tudo muito novo e havia muitos casos graves, internações… então o susto foi horrível e eu tive alguns sintomas como perda de paladar, olfato, cansaço. Durou cerca de dez dias e eu melhorei. Hoje eu ainda tenho alguns cuidados que acabei me acostumando, como passar álcool em compras, usar máscaras em locais cheios”, contou.

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20/04/2023 16:20h

“A vacina previne casos graves do vírus, hospitalizações e mortes”, informa o infectologista Julival Ribeiro

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Até o momento, foram aplicadas no Brasil 10.011.286 doses da vacina bivalente contra  Covid-19. O imunizante é utilizado como reforço em grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos (mais de 60 anos), pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos, gestantes e puérperas. 

 O infectologista Julival Ribeiro recomenda que a melhor estratégia para prevenir a Covid-19 é através da vacinação. “Depois de vários meses convivendo com a Covid-19, não há nenhuma dúvida em relação ao benefício da vacina. Ela previne casos graves, hospitalizações e mortes”, pontua.

Público prioritário para a vacinação com a dose bivalente  

  • Pessoas com comorbidades
  • Idosos de 60 anos ou mais 
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e seus trabalhadores
  • Pessoas imunocomprometidas, a partir de 12 anos de idade
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade)
  • Gestantes e puérperas
  • Trabalhadores da saúde
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade)
  • População privada de liberdade e adolescentes em medidas socioeducativas
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade  

Com 3.188.619 aplicações, São Paulo é o estado com o maior número de doses do imunizante aplicadas, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro, com 1.062.290 e 1.048.135, respectivamente. Roraima, Acre e Amapá são os estados que possuem o menor número de doses aplicadas, com 8.095, 10.926 e 17.031, nessa ordem.

O infectologista ressalta a importância da vacina bivalente, pois ela possui cepas mais atualizadas do vírus e que estão mais circulando no mundo. "É muito importante que as pessoas que ainda não tomaram a vacina se vacinem. Além disso, aquelas que já foram vacinadas e estão elegíveis para a vacina bivalente devem recebê-la", completa.

Comorbidades listadas para vacinação  

  • Arritmias cardíacas;
  • Cardiopatias congênita no adulto;
  • Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar;
  • Diabetes mellitus;
  • Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas;
  • Doença hepática crônica;
  • Doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares;
  • Doença renal crônica;
  • Hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves;
  • Hipertensão Arterial Resistente (HAR);
  • Hipertensão arterial estágio 3;
  • Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo;
  • Insuficiência cardíaca (IC);
  • Miocardiopatias e Pericardiopatias;
  • Obesidade mórbida;
  • Pneumopatias crônicas graves;
  • Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados;
  • Síndromes coronarianas;
  • Síndrome de Down e outras Síndromes genéticas;
  • Valvulopatias.   

Para se vacinar, é preciso levar um documento de identificação e, caso possível, o cartão de vacina contendo as doses das vacinas anteriores contra Covid-19. A vacina bivalente será aplicada após quatro meses da última dose de reforço ou da segunda dose. Aqueles que não receberam a primeira ou a segunda dose precisarão começar o esquema vacinal com a dose monovalente, que também está disponível nas unidades da Secretaria de Saúde.

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17/04/2023 18:15h

A vacina bivalente é voltada para pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença

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Até o momento, mais de 9 milhões de doses de imunizantes bivalentes contra a Covid-19 foram aplicadas no Brasil. As vacinas são utilizadas como reforço em grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos a partir de 60 anos, pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos, gestantes e puérperas.

Para ter acesso a dose de reforço bivalente é necessário estar com o ciclo vacinal completo, como explica a infectologista Larissa Tiberto. “Estar com o cronograma vacinal completo é fundamental manter a memória imunológica, a fim de diminuir a contaminação e evitar casos graves da doença, o que diminui a mortalidade no mundo inteiro”, ponderou.

A especialista destaca a segurança do imunizante e a importância da responsabilidade de cada indivíduo para acabar com os casos de covid-19: “A vacina bivalente é uma vacina segura, que protege contra variante ômicron e suas subvariantes. Só fazendo uma proteção preventiva que teremos chances de acabar de vez com a pandemia”, explicou.

Segundo dados do Ministério da Saúde, dentre o total de doses aplicadas, 1,5 milhão foram em pessoas de 60 a 64 anos; 1,6 milhão em pessoas de 65 a 69 anos; 1,6 milhão em pessoas de 70 a 74 anos; 1,1 milhão para os de 75 a 79 anos e 1,2 milhão no público de 80 anos ou mais.

Completar o ciclo vacinal é a forma mais eficaz para se proteger contra o vírus  da Covid-19. Se você está com alguma dose em atraso, procure a unidade de saúde mais próxima para se vacinar, mesmo que não esteja no grupo prioritário. 

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03/04/2023 17:45h

Com 130.850.785, o estado de São Paulo possui o maior número de doses aplicadas

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Pessoas com idade entre 12 e 59 anos e com comorbidades já podem tomar a dose de reforço contra a Covid-19 com a vacina bivalente. O Ministério da Saúde recomenda que o interessado tenha recebido ao menos duas doses de vacinas monovalentes como esquema primário.

De acordo com o MS, a estimativa é que sejam contempladas nesta nova fase cerca de 9 milhões de pessoas que se encaixam no grupo com cerca de 20 tipos de comorbidades.

Werciley Júnior, infectologista, explica que a vacina bivalente contém tanto a cepa inicial do Covid-19 quanto a Omicron, que no momento é a cepa prevalente. 

“A partir do momento que a gente associa essas duas cepas, a gente está potencializando o corpo a produzir anticorpos para covid incluindo também as últimas cepas circulantes”, completa o especialista.

O infectologista pontua que a vacina bivalente aumenta a proteção e a capacidade de geração de anticorpos mais adequadas ao organismo.

Gabriela Pereira, estudante de comunicação organizacional, tem 23 anos e mora na Asa Sul (DF). Ela conta que pegou covid após tomar 3 doses da vacina e os sintomas apresentados foram leves. 

“Eu realmente só fiz o teste porque voltei a trabalhar presencialmente depois da vacinação e aí descobri que um colega do trabalho tinha pegado Covid. Eu estava com sintomas de gripe muito leves, nariz escorrendo, tosse seca, mas nada muito grave. Fiz o teste, deu positivo, fiz meu isolamento tranquilamente, mas eu digo que eu só tive esses sintomas leves graças à vacinação”, conta.

Público prioritário para a vacinação com a dose bivalente  

  • Pessoas com comorbidades
  • Idosos de 60 anos ou mais de idade
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e seus trabalhadores
  • Pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade)
  • Gestantes e puérperas
  • Trabalhadores da saúde
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade)
  • População Privada de Liberdade e Adolescentes em Medidas Socioeducativas
  • Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade

Comorbidades listadas para vacinação  

  • Arritmias cardíacas;
  • Cardiopatias congênita no adulto;
  • Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar;
  • Diabetes mellitus;
  • Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas;
  • Doença hepática crônica;
  • Doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares;
  • Doença renal crônica;
  • Hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves;
  • Hipertensão Arterial Resistente (HAR);
  • Hipertensão arterial estágio 3;
  • Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo;
  • Insuficiência cardíaca (IC);
  • Miocardiopatias e Pericardiopatias;
  • Obesidade mórbida;
  • Pneumopatias crônicas graves;
  • Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados;
  • Síndromes coronarianas;
  • Síndrome de Down e outras Síndromes genéticas;
  • Valvulopatias.

Cobertura da vacina bivalente

Ao todo, foram aplicadas 511.013.066 doses da vacina bivalente em todo o Brasil. O estado de São Paulo, é a região que contabiliza mais doses aplicadas, chegando a 130.850.785 doses e seguido pelo Rio de Janeiro com o total de 41.244.159 aplicações.

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23/01/2023 15:45h

Estudos brasileiros já foram publicados e está em fase de avaliação do potencial e efeito da medicação. A pesquisa foi elaborada pela Fiocruz em parceria com o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP)

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está tentando desenvolver um antiviral de uso oral contra a Covid-19, em parceria com o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP). O estudo brasileiro foi publicado recentemente na revista científica Nature Communication e pesquisadores batizaram a substância de “MB-905. Trata-se de uma cinetina, um tipo de citocinina sintética. As citocininas são uma espécie de hormônio vegetal que atuam na divisão celular. 

A pesquisa ainda está em fase de estudo pré-clínicos, que são testes que avaliam o potencial efeito terapêutico, ou seja, atividade farmacológica e identificam efeitos tóxicos do medicamento, em animais, laboratório e ambientes controlados. Depois disso, inicia-se o processo de solicitação para os testes em seres humanos. 

A infectologista Lívia Vanessa Ribeiro explica que existem três fases de testes clínicos para o medicamento ser aprovado para a população. 

“Depois da fase de estudos pré-clínicos, iniciam-se os ensaios clínicos de fase 1, feita com população reduzida de voluntários saudáveis para verificar se a substância tem o mesmo comportamento que demonstrou em animais. Na fase 2, aumenta o número de participantes, incluindo pessoas que têm a doença, definindo dose, perfil de segurança e apresentação. Na fase 3 é feito ensaio clínico que compara o novo medicamento com os tratamentos-padrão já aprovados. Só então é possível encaminhar resultados para agências reguladoras, no caso do Brasil a Anvisa”, explica.

Além disso, a vice-presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal conta que ainda não é possível falar sobre o fim do coronavírus, mas já é um passo importante.

“Espera-se que, além de impedir/reduzir a replicação viral, iniba a atividade inflamatória exacerbada do paciente, reduzindo as apresentações graves e críticas da doença, principalmente os quadros de síndrome respiratória aguda grave. Não podemos falar em fim do SARS-CoV-2 ou da Covid-19, mas caso se mostre eficaz nos ensaios clínicospoderá ser uma importante ferramenta para evitarmos formas graves, incluindo hospitalizações e óbitos”, enfatiza. 

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