LOC.: Neste Dia Mundial do Vento, celebrado em 15 de junho, o Brasil registra 21,65 gigawatts de potência fiscalizada em geração de energia eólica. A informação consta no Mapa das Energias Renováveis da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte.
Para se ter uma ideia, cada GW é capaz de abastecer uma cidade de 500 mil residências. Isso significa que o Brasil já produz energia eólica suficiente para abastecer o equivalente a mais de 10,8 milhões de casas.
Além disso, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, a ABEEólica, cada R$ 1 investido em energia eólica gera R$ 2,90 no PIB brasileiro. A presidente da associação, Elbia Gannoum, destaca a capacidade da energia eólica em levar crescimento e desenvolvimento econômico para a região onde for implantada.
TEC./SONORA: Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica.
“Nós fizemos um estudo que mostra que o PIB da Região Nordeste cresceu em torno de 21% devido a chegada dos parques eólicos e que o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal das regiões cresceu da ordem de 20%. Essa chegada dos parques eólicos, principalmente pelo fato de haver o arrendamento das terras, permite que haja uma injeção muito grande de renda nas famílias da região. E essa renda se transforma em consumo, o que chamamos de efeito multiplicador da economia.”
LOC.: Segundo o Mapa das Energias Renováveis, o Brasil conta com 813 parques eólicos em operação, sendo 218 deles no estado do Rio Grande do Norte.
O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, lembra que, há dez anos, o estado fez a própria transição energética do petróleo para a energia limpa, principalmente para a eólica, mas ainda há muito potencial para investimento.
TEC./SONORA: senador Jean Paul Prates, PT-RN.
“Em terra, nós temos um terço do nosso potencial eólico explorado, [ou seja] nós temos ainda dois terços a explorar. Portanto, temos um horizonte muito positivo de geração de empregos, de circulação de renda nas cidades e de aproveitamento econômico do recurso que, até antes disso, não era aproveitado absolutamente.”
LOC.: O senador também destaca o potencial do Brasil em geração de energia eólica offshore, na qual as turbinas são instaladas no mar, e não em terra, como na onshore. Segundo o parlamentar, é necessária a aprovação do marco legal da energia offshore, para regulamentar a produção e atrair investimentos.
Reportagem, Paloma Custódio