LOC.: Mais de duas mil e cem cidades conseguiram aumentar a cobertura vacinal em crianças com um ano de idade. Oito vacinas registraram alta na procura, segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a outubro. Com esse resultado, o Brasil atingiu a meta de 95% de aplicação de imunizantes do calendário infantil considerados fundamentais até o primeiro ano de vida.
Na opinião do médico infectologista Hemerson Luz, esse crescimento é resultado de uma estratégia que levou em conta um planejamento de regionalização.
TEC./SONORA: Hemerson Luz, médico infectologista
“É muito diferente planejar levar a vacina a um município do Sertão do Nordeste, por exemplo, quando comparado com uma comunidade ribeirinha na Amazônia. Além disso, a caderneta vacinal está sendo digitalizada e os principais postos de saúde dos municípios também poderão acessar a caderneta de qualquer cidadão”,
LOC.: O médico Francisco Job, que também é infectologista, faz um alerta: o cenário apresentado, por enquanto, é apenas uma reversão de tendência, pois a cobertura geral ainda está longe da que era no passado. O especialista destaca que a vacinação de idosos no Brasil também precisa de mais atenção.
TEC.SONORA: Francisco Job, médico infectologista
“Grandes lacunas precisam ser preenchidas por uma postura mais proativa da atenção primária e das equipes de saúde de família. Isso exige uma proatividade maior para aumentar a cobertura entre os idosos da vacina da gripe e da vacina da Covid.”
LOC.: Entre as vacinas que tiveram aumento na procura estão a de Hepatite A, Pólio, Pneumocócica e Meningocócica. O imunizante que protege de difteria, tétano e coqueluche também teve crescimento, assim como as duas doeses da tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola. A vacina contra a febre amarela, indicada aos nove meses de idade, completa a lista.
Reportagem, Lívia Azevedo