Com a aprovação de 59,91% dos credores presentes, o plano de Recuperação Judicial do Grupo João Santos foi formalizado. Na abertura da assembleia, os representantes do grupo apresentaram nova proposta propondo o dobro do valor a ser pago aos credores trabalhistas. Anteriormente, o grupo já havia firmado o maior acordo de transação tributária do Brasil com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que assegurou a quitação do FGTS a mais de 22 mil trabalhadores.
A nova proposta é fruto do diálogo entre os credores e a nova gestão do Grupo João Santos, iniciada em agosto de 2022, quando a companhia passou a ser liderada por executivos de mercado. Desde então, duas unidades fabris foram reativadas e o Grupo passou a contar com quatro fábricas em operação. Para 2025, a expectativa é que mais dois parques industrias voltem a operar, colaborando para que o Grupo retome o protagonismo na indústria do cimento.
O advogado Gustavo Matos, sócio do Matos Advogados, escritório que conduz o processo, comenta a nova fase. “A votação alcançada reflete o resultado de intensas negociações com os diversos agentes interessados no universo alcançado pelo Grupo”, afirma. Já o economista João Rogério Filho, da PPK Consultoria e responsável pela estruturação econômico-financeira do plano apresentado, destaca a importância da vitória para o crescimento do GJS. “O reperfilamento do passivo perante entes públicos e privados é mais um importante passo no novo momento desse importante Grupo Industrial”, ressalta.
Os co-presidentes do Grupo João Santos Guilherme Rocha e Nivaldo Brayner convergem no entendimento de que “o dia de hoje é um importante momento que fortalece o nosso ânimo e confiança na correção das medidas para o enfrentamento aos desafios que ainda se apresentam. Podemos afirmar que um novo tempo chegou para o Grupo João Santos”.
Segundo números divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 4,6 milhões de toneladas em fevereiro de 2024, o que representa um acréscimo de 3,9% em relação ao mesmo mês de 2023. No primeiro bimestre do ano, o setor mostrou ligeira alta de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais indutores do desempenho foram as perspectivas mais favoráveis no mercado de trabalho, com aumento da massa salarial e expansão do emprego formal e uma forte retomada dos lançamentos do Minha Casa/Minha Vida iniciada no segundo semestre de 2023.
No entanto, os indicadores de confiança caminham em direções opostas entre o otimismo e o pessimismo. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a confiança do consumidor manteve a tendência de queda, atingindo o menor nível desde maio de 2023. Apesar da redução gradual dos juros e do nível de endividamento, ambos ainda impactam na situação financeira das famílias, que é refletida na percepção pessimista dos consumidores.
Já a confiança da construção civil cresceu em fevereiro e atingiu o maior nível desde outubro de 2022. Apesar da melhora, o indicador permanece no campo do pessimismo moderado, pois a ausência de mão-de-obra e o acesso ao crédito ainda são apontados como as principais limitações ao desenvolvimento do setor.
“Existe um consenso no Brasil de que o investimento em infraestrutura é uma condição necessária para a retomada do crescimento socioeconômico, hoje um dos principais entraves que afetam nossa competitividade. O pavimento de concreto tem ganhado espaço em diversas regiões como solução competitiva em termos de custos, ganhos ambientais, qualidade para os usuários e a melhor utilização de recursos públicos e privados. Além de ser mais econômico e sustentável, apresenta longa durabilidade, que pode chegar a 30 anos, e redução da manutenção”, comenta Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
A aprovação da Reforma Tributária e sua regulamentação, a redução da Selic, o controle de inflação e a retomada de obras de infraestrutura e habitação do programa Minha Casa, Minha Vida levam o setor a manter a projeção de crescimento de consumo de cimento estimada em 2% para este ano, com um acréscimo aproximado de 1,2 milhão de toneladas, porém insuficiente para recuperar as perdas de 3 milhões de toneladas registradas em 2022 e 2023.
O Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) reveliu que as vendas de cimento somaram 4,8 milhões de toneladas no Brasil em janeiro de 2024, uma retração de 2,4% na comparação com o mesmo mês do último ano e um crescimento de 5,9% quando comparado a dezembro de 2023. Ainda que as vendas de janeiro do ano passado registrassem uma base forte, o resultado de agora sinaliza que o fraco desempenho em 2023 persiste no início de 2024.
O setor continua a sofrer o impacto dos juros e o endividamento elevado, que exercem pressão na situação financeira e no consumo das famílias, contribuindo, inclusive, para a queda na confiança do consumidor em janeiro. Apesar do controle da inflação e da resiliência do mercado de trabalho, houve um aumento da informalidade e o salário dos trabalhadores ainda permanece em uma recuperação lenta, com valores reais estagnados há quatro anos.
O mercado da construção continua em queda, tanto na venda de materiais quanto no número de lançamentos imobiliários. No entanto, o índice de confiança do setor manteve-se relativamente estável. O segmento de infraestrutura ficou menos otimista, enquanto o de edificação residencial mostrou uma maior confiança, impulsionado, principalmente pelas boas perspectivas com o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O Governo tenta acelerar as contratações do MCMV para impulsionar o programa. De qualquer forma, o reflexo dessas mudanças deve ser sentido na demanda de cimento e de materiais de construção apenas no segundo semestre.
Apesar das dificuldades, a indústria do cimento segue otimista com a retomada dos investimentos em infraestrutura e com a possibilidade de elevar a presença do cimento e do pavimento de concreto como opção nas licitações de ruas, estradas e rodovias. Fatores como esses levam a uma projeção de crescimento de consumo do produto estimada em 2% para este ano, um acréscimo aproximado de 1,2 milhão de toneladas. “A expectativa para 2024 é positiva, com crescimento esperado de 2%, longe ainda de recuperarmos as perdas acumuladas de 4,3% em 2022 e 2023. O aumento da massa salarial e do crédito, em razão da continuidade da redução dos juros, o programa “Desenrola”, MCMV e o Marco Legal das Garantias de Empréstimos, deverão impulsionar a atividade da construção e uma melhor performance da indústria do cimento”, diz Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
A FLSmidth anuncia que introduziu estratégias para separar seus negócios de mineração e cimento. Além disso, foram anunciadas metas financeiras de longo prazo para cada um dos dois negócios. A partir de 1º de janeiro de 2024, a nova estrutura empresarial está em vigor e as restantes atividades de separação deverão ser concluídas durante o primeiro semestre de 2024.
Para a empresa, os negócios de Mineração e Cimento são muito diferentes em termos de dinâmica de mercado e fundamentos da indústria. Além disso, as sinergias, a sobreposição na base de clientes e a sobreposição nas ofertas de produtos entre os dois negócios são limitadas. Consequentemente, ao separar as duas empresas, ambas se beneficiarão de uma maior flexibilidade operacional, de uma forte responsabilização e de uma maior transparência financeira. Isto permite-lhes concentrar-se nas suas próprias oportunidades e desafios únicos e, assim, maximizar todo o seu respectivo potencial. Ao longo do último ano, a FLSmidth simplificou e redimensionou o negócio de Cimento para reforçar ainda mais a posição de liderança no mercado, melhorar a rentabilidade e torná-lo adequado à finalidade com um foco estratégico nos principais produtos e serviços exigidos na indústria do cimento. “Continuamos a acreditar que o desenvolvimento econômico global e a transição verde oferecem oportunidades atraentes de crescimento a longo prazo para o nosso negócio de Cimento e que, especialmente, o negócio de Serviços detém um potencial significativo inexplorado”.
Para desbloquear todo o potencial do negócio do Cimento e maximizar o valor para os acionistas, a empresa avaliou, como parte do processo de separação pura e simples, diferentes modelos de negócio, cenários de investimento e potenciais estruturas de propriedade. Esta avaliação sugere que o negócio do Cimento poderia se beneficiar de uma propriedade alternativa. Consequentemente, o Conselho de Administração e a Direção Executiva do Grupo decidiram explorar as opções de desinvestimento disponíveis para o negócio de Cimento. “Estou verdadeiramente orgulhoso do que alcançamos com o nosso negócio de Cimento durante mais de 140 anos. Acredito firmemente que o negócio está bem posicionado para o sucesso futuro e que tem um papel significativo a desempenhar na descarbonização do cimento. No entanto, ao analisar as opções de longo prazo para a FLSmidth como negócio, para os nossos clientes e para os nossos acionistas, concluímos que uma separação de propriedade poderia ser benéfica tanto para os negócios de Mineração como para os de Cimento. Desbloquear todo o potencial do negócio de Cimento requer investimentos substanciais e atenção dedicada da gestão, que acreditamos que será mais facilmente alcançado sob uma propriedade diferente da FLSmidth”, disse o Presidente do Conselho de Administração, Tom Knutzen.
O CEO do Grupo FLSmidth, Mikko Keto, afirma que o negócio de Cimento tem demonstrado um desempenho robusto e um bom progresso estratégico nos últimos anos. “Isto me dá grande conforto na capacidade da Cement de continuar sua jornada positiva, também – e talvez ainda mais – sob outra propriedade que não a da FLSmidth. Temos uma ambição clara de fortalecer ainda mais a nossa posição de liderança no mercado de mineração e vemos enormes oportunidades de longo prazo para o negócio, apoiadas por fortes fundamentos da indústria e por uma perspectiva positiva de mercado a longo prazo. Consequentemente, a decisão de hoje de explorar opções de desinvestimento para o nosso negócio de Cimento constitui um passo fundamental para desbloquear todo o potencial a longo prazo dos negócios de Mineração e de Cimento”.
A companhia afirma que quaisquer anúncios adicionais serão feitos conforme e quando apropriado e que aguarda uma transação potencial até o final de 2024, no mínimo. Entretanto, a FLSmidth Cement continuará a executar a sua estratégia “GREEN’26”, sem alterações na liderança ou nas operações.
O Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) divulgou que o setor brasileiro vendeu 4,5 milhões de toneladas de cimento em dezembro de 2023, um ligeiro crescimento de 0,3% em relação ao mesmo mês de 2022. Com esse resultado, o setor fechou o ano de 2023 com um total de 62 milhões de toneladas de cimento vendidas, uma retração de 1,7%, ou seja, 1,1 milhão de toneladas a menos sobre o ano anterior. Esta é a segunda queda anual registrada após recuo de 2,8% em 2022. Até então, no triênio 2019-2021, mesmo com a pandemia, o setor registrou crescimentos de 3,8% em 2019, 10,8% em 2020 e 6,8% em 2021, recuperando 12 milhões de toneladas das 19 milhões perdidas no período 2015/2018.
Os baixos investimentos em infraestrutura também impactaram a venda do produto. Em 2023 o governo relançou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com previsão de desembolso de R$ 1,4 trilhão entre 2023 e 2026, mas até agora o programa não tomou a velocidade necessária e já sofreu cortes para o orçamento de 2024. Para reverter esse cenário, o SNIC considera necessário ampliar os investimentos na construção civil e incluir o pavimento de concreto como opção nas licitações de ruas e rodovias, por ser um método construtivo de maior durabilidade, mais econômico, ter mais conforto e segurança para os usuários e ainda exercer menor impacto ambiental. Em apoio à agenda climática, a indústria do cimento tem promovido esforços significativos para reduzir o impacto gerado ao meio ambiente, com ações que levaram o Brasil a se tornar uma das referências mundiais entre os países com a menor emissão de CO2 por tonelada de cimento produzida no mundo.
A indústria também tem investido em coprocessamento, atividade responsável pela transição energética substituindo o combustível fóssil por resíduo industrial, comercial, doméstico e biomassas, que já alcançou 30% de participação na matriz energética do setor, antecipando a meta prevista para 2025. A atividade, inserida na economia circular, atingiu sua melhor marca em 2022 desde o início das medições. Foram 3,035 milhões de toneladas de resíduos processados, sendo 2,856 milhões de toneladas de combustíveis alternativos e 179 mil toneladas de matérias-primas substitutas. Ao todo, a troca de combustíveis fósseis por alternativos contribuiu para que fossem evitadas cerca de 2,9 milhões de toneladas de CO2 no ano.
A ideia do posicionamento da indústria nacional é partir do Roadmap de Mitigação, lançado em 2019 e que apontava meios para reduzir a emissão de CO2 na produção de cimento, e ampliar para o ciclo de vida do produto incorporando o concreto, a construção, a eletrificação, entre tantas outras ramificações, que permitam alcançar a neutralidade climática do setor até 2050. “O desempenho da indústria do cimento vem em linha com as projeções do SNIC, que apontava a baixa performance dos setores habitacional, saneamento e logística, as altas taxas de juros e o elevado endividamento das famílias. As condições climáticas extremas com temperaturas e chuvas acima da média e seca em algumas regiões brasileiras impactaram diretamente as vendas do produto. Vale destacar os avanços ambientais da indústria brasileira do cimento como referência mundial com menores emissões de CO2 e seu projeto de neutralidade de carbono em franco desenvolvimento”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
A expectativa da indústria do cimento para 2024 é de crescimento, impulsionada em parte pelos avanços em projetos de infraestrutura, já sinalizados pelo governo para o ano, e no desenvolvimento urbano, principalmente nas áreas de habitação e saneamento. Com referência ao setor habitacional, o sistema construtivo Paredes de Concreto é uma solução para programas como o Minha Casa, Minha Vida, por trazer como benefícios a padronização e velocidade de construção, três vezes mais ágil para construir do que o sistema convencional, permitindo as construtoras utilizarem em projetos com prazos apertados e alta repetitividade. O Hub de Inovação e Construção Digital (HubiC), uma parceria da indústria do cimento com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) está focado no desenvolvimento de projetos de cimentos, concretos e sistemas construtivos mais eficientes e de menor pegada ambiental. Uma das inovações é o uso de uma impressora 3D utilizando concreto para construir cômodos ou até mesmo casas e prédios inteiros. O próximo desafio está marcado para março, quando o projeto impresso fará a entrega de uma cozinha completa de concreto.
O setor de saneamento prevê retomada de concessões e a expectativa é de investimentos de R$ 27 bilhões em 2024. Já no setor habitacional, caso o previsto no programa MCMV de entregar mais de 500 mil unidades por ano seja realizado, demandaria cerca de 2,5 milhões de toneladas de cimento. Com isso, as projeções do SNIC apontam uma retomada de crescimento na demanda de cimento. A expectativa é de uma alta em torno de 2%, desde que se efetivem programas com ênfase para a habitação, o saneamento e logística, entre outros, recuperando parte das perdas acumuladas nos dois últimos anos.
A comercialização de cimento segue afetada negativamente pelas condições climáticas extremas
Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 5,3 milhões de toneladas em novembro de 2023, uma queda de 1,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado até novembro, as vendas alcançaram 57,5 milhões de toneladas, 1,8% inferior quando comparado ao mesmo período de 2022. A combinação de taxa de juros elevada e endividamento que atingiu 76,6% das famílias brasileiras impactaram negativamente o consumo das famílias.
Para reverter esse desempenho, o levantamento mostra que será necessário ampliar os investimentos na construção civil, já sinalizado pelo Governo para 2024, no desenvolvimento urbano e de infraestrutura. Desta forma, é preciso impulsionar os programas habitacionais e a inclusão do pavimento de concreto como opção nas licitações de ruas e rodovias, por ser um método construtivo de maior durabilidade, mais econômico, que exerce o menor impacto ambiental e ainda traz conforto e segurança para os usuários. “Em um mês tradicionalmente forte em vendas para o setor, a comercialização de cimento segue afetada negativamente pelas condições climáticas extremas, somada às incertezas em relação aos rumos da economia e endividamento das famílias”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
No momento em que líderes mundiais discutem alternativas para mitigar as alterações climáticas, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), participaram da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28, em Dubai. O presidente da ABPC/SNIC, Paulo Camillo Penna, representou a cadeia produtiva do cimento em debates sobre a agenda de sustentabilidade do setor e enfrentamento da mudança climática, no estande da Confederação Nacional da Indústria – CNI.
A indústria cimenteira foi a primeira a firmar compromisso de neutralidade climática, em escala global, dentro do programa Race to Zero da ONU, e agora avança no seu compromisso de neutralidade climática no Brasil. A ideia do posicionamento da indústria nacional é a partir do Roadmap Brasil, lançado em 2019 e que apontava meios para reduzir a emissão de CO2 na produção de cimento, e ampliar para o ciclo de vida do produto, incorporando o concreto, a construção, a eletrificação, entre tantas outras ramificações que permitam alcançar a neutralidade climática do setor até 2050. Este novo projeto reforça ainda mais o protagonismo da indústria nacional na agenda climática, que ocupa historicamente uma posição de referência entre os países com a menor emissão de CO2 por tonelada de cimento produzida no mundo, tendo estado à frente desse indicador em mais de 20 dos 30 anos da série histórica.
A indústria brasileira do cimento tem um importante compromisso com a sustentabilidade, principalmente no que se refere à substituição de combustíveis fósseis por fontes alternativas de energia. Essa atividade de coprocessamento, responsável pela transição energética na cadeia produtiva do cimento, substituiu 30% do combustível em 2022, sua melhor marca, antecipando a meta prevista para 2025. Foram 2,856 milhões de toneladas de resíduos processados, evitando cerca de 2,9 milhões de toneladas de CO2.
O setor quer assumir um compromisso de neutralidade climática, em escala global
No 8º Congresso Nacional do Cimento (CBCi), que acontece de 6 a 8 de novembro de 2023, no Renaissance São Paulo Hotel, a indústria brasileira do cimento lançará as bases do Roadmap Net Zero para acelerar a transição rumo a uma economia neutra em carbono. O setor quer assumir um compromisso de neutralidade climática, em escala global, dentro do programa Race to Zero da ONU, para avançar seu compromisso de neutralidade climática no Brasil.
A ideia do posicionamento da indústria nacional é a partir do Roadmap Brasil ampliar o ciclo de vida do produto, incorporando o concreto, a construção, a eletrificação, entre tantas outras ramificações que permitam alcançar a neutralidade climática do setor até 2050. O Roadmap Brasil foi lançado em 2019 e apontava meios para reduzir a emissão de CO2 na produção de cimento. Esta ambição da indústria do cimento mostra que o objetivo é ser protagonista na agenda climática brasileira, que ocupa historicamente uma posição de referência entre os países com a menor emissão de CO2 por tonelada de cimento produzida no mundo, tendo estado à frente desse indicador em mais de 20 dos 30 anos da série histórica. “A iniciativa vem num momento mais do que oportuno, quando se discute no âmbito nacional a descarbonização dos setores industriais – e da economia como um todo – com ativa participação da indústria do cimento na esfera setorial e federal”, comenta o presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Paulo Camillo Penna.
No acumulado do primeiro semestre, o Brasil registrou 30,3 milhões de toneladas comercializadas
Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 5,3 milhões de toneladas em junho de 2023, um aumento de 1,3%quando comparada ao mesmo mês de 2022. No acumulado do primeiro semestre, o Brasil registrou 30,3 milhões de toneladas comercializadas, uma queda de 1,8% na comparação com o mesmo período do último ano.
Os principais indutores do consumo de cimento, construção imobiliária e infraestrutura, desaceleraram no período em virtude da dificuldade no acesso ao crédito, em meio a taxa de juros elevada, redução de lançamentos, operações de financiamento imobiliário e renda no nível do período anterior à pandemia. Segundo os setores pesquisados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) - indústria, serviço, comércio e construção, - a confiança desta última foi a única que apresentou queda em junho, devido à percepção de uma fraca demanda nos próximos meses. O viés pessimista, porém, não se estendeu em todas as áreas da construção, influenciadas pelas novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) anunciadas pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS), que aumentam o subsídio para unidades habitacionais, o valor do imóvel financiado e redução da taxa de juros para famílias de baixa renda, impulsionando a construção residencial.
A taxa de juros continua dificultando o acesso ao crédito, sendo responsável ainda pela diminuição nas vendas de unidades imobiliárias, o que compromete ainda mais o desempenho da indústria do cimento. “A economia do Brasil começa a apresentar sinais de recuperação com a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), controle da inflação e melhora dos indicadores do mercado de trabalho. Ainda assim, a indústria brasileira do cimento segue cautelosa na sua avaliação de desempenho, apontando para uma estabilidade de vendas em 2023 com relação ao ano anterior”, diz Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
A expectativa do setor é de melhora para os próximos meses, impulsionada pelas obras do ciclo imobiliário recente, com reforço do Programa Minha Casa, Minha Vida e retomada de obras paradas e de infraestrutura. O anúncio do governo federal de ampliar o subsídio e reduzir as taxas de juros do MCMV, traz um alento ao setor e deve impulsionar os investimentos em construção civil no país. O sistema construtivo vem sendo cada vez mais utilizado, devido a qualidade e velocidade de execução, pois é três vezes mais ágil do que o sistema convencional, permitindo utilizá-lo como solução em projetos com prazos apertados e alta repetitividade, além de entegrar conforto térmico e acústico à obra. O setor tem apreensão ainda com as recentes alterações dos Marco do Saneamento Básico. O Censo Demográfico divulgado pelo IBGE indicou que a população brasileira aumentou 6,5% (para 203 milhões) entre 2010 e 2022, enquanto o número de residências cresceu 34% (para 91 milhões) no período, o que dificulta mais ainda o cumprimento das metas de universalização do saneamento básico, mas a indústria de cimento está pronta para fornecer os cerca de 5 milhões de toneladas do insumo necessário para o atingimento desse objetivo.
Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 30,3 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2023, uma queda de 1,8% quando comparada ao mesmo período do último ano. O desempenho do setor no semestre foi impactado pelos juros elevados, alto endividamento e inadimplência das famílias.
Apenas em junho, as vendas alcançaram 5,3 milhões de toneladas de cimento, um crescimento de 1,3% na comparação com o mesmo mês de 2022. Os principais indutores do consumo de cimento, construção imobiliária e infraestrutura, desaceleraram no período em virtude da dificuldade no acesso ao crédito, em meio à taxa de juros elevada, redução de lançamentos, operações de financiamento imobiliário e renda no nível do período anterior à pandemia.
Segundo pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os setores de indústria, serviço, comércio e construção registraram altas, com exceção do último junho, devido à percepção de uma fraca demanda nos próximos meses. Porém, esse viés pessimista não se estendeu a todas as áreas da construção, influenciadas pelas novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), anunciadas pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS), que aumentam o subsídio para unidades habitacionais, o valor do imóvel financiado e redução da taxa de juros para famílias de baixa renda. impulsionando a construção residencial. Houve uma melhora na confiança da indústria e do consumo, que avançou em junho, atingindo o maior nível desde fevereiro de 2019. Os resultados foram motivados pelo alívio da inflação e a expectativa de queda dos juros. No entanto, ainda é cedo para confirmar um otimismo devido à situação de alto endividamento das famílias, baixo nível dos estoques de obras e a fraca demanda.
A taxa de juros continua dificultando o acesso ao crédito e é responsável ainda pela diminuição nas vendas de unidades imobiliárias, o que compromete ainda mais o desempenho da indústria do cimento. “A economia do Brasil começa a apresentar sinais de recuperação, com a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), controle da inflação e melhora dos indicadores do mercado de trabalho. Ainda assim, a indústria brasileira do cimento segue cautelosa na sua avaliação de desempenho, apontando para uma estabilidade de vendas em 2023 com relação ao ano anterior”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC. O setor segue atento à possível redução da Selic a partir de agosto, a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária – imprescindível para equalizar a carga tributária e promover a reindustrialização tão necessária para o crescimento do Brasil.
Segundo números do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 4,6 milhões de toneladas em abril de 2023, uma queda de 11,6% na comparação com o mesmo mês de um ano atrás. No acumulado do quadrimestre, houve um recuo de 3,1% em relação ao mesmo período de 2022.
O fraco desempenho é explicado pela instabilidade na economia, marcado por indicadores internos desfavoráveis como aumento no desemprego, aliado com a lenta recuperação dos salários e juros em patamar alto, continuam a impactar o setor. Com este cenário, as vendas de materiais de construção seguem em queda, assim como os lançamentos e financiamentos imobiliários, reflexo da alta taxa de juros (13,75%) e do baixo poder de compra da população. “Os resultados apontam para um preocupante desempenho da indústria do cimento frente às discussões da Lei Básica do Saneamento, do arcabouço fiscal, incertezas quanto à evolução da Reforma Tributária e a falta de perspectiva de uma redução da taxa básica de juros. Ademais, persiste forte pressão de custo dos insumos que integram o processo produtivo do setor”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
Apesar deste cenário negativo, a construção atingiu o maior nível desde novembro de 2022, influenciada pelas expectativas dos empresários nos segmentos de Edificações Residenciais e de Obras Viárias, enquanto a indústria vê alguma melhora no escoamento dos estoques e nas transações comerciais entre os setores, apesar do nível de demanda estar abaixo do normal, deixando o mercado mais cauteloso no horizonte de seis meses. Já o índice de confiança do consumidor estagnou em abril em patamar considerado baixo em termos históricos, diante do cenário relacionado a um alto endividamento, principalmente das famílias com menor renda, a um aumento da perspectiva de inflação e dificuldade no acesso ao crédito.