O Pará é o estado que mais contratou recursos do AgroAmigo na região Norte. Os paraenses já assinaram 6.368 contratos de microcrédito rural desde dezembro de 2024, e lideram com um montante de R$ 74,4 milhões liberados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). Em toda a região, o total em financiamentos para agricultores familiares soma R$ 136,4 milhões.
O pescador Nailson Assunção Portilho, 26 anos, contratou crédito pela primeira vez com o AgroAmigo. O paraense vive na Ilha Patrimônio, uma entre as mais de vinte que compõem o arquipélago fluvial de Cametá. O município, localizado à margem esquerda do Rio Tocantins, fica a aproximadamente 150 quilômetros de distância da capital Belém, na fronteira entre a Amazônia Central e Oriental.
Na região do Baixo Tocantins, onde mora o jovem ribeirinho, os povoados mantêm um forte vínculo com os rios e igarapés, exercendo variadas atividades produtivas voltadas para o consumo familiar e o mercado local. Nailson conta que a organização dessas atividades é influenciada diretamente pela variação das estações do ano, e leva em consideração a capacidade de regeneração da biodiversidade.
Durante a piracema, período do ano em que os peixes se reproduzem, os pescadores artesanais brasileiros recebem o benefício do Seguro Defeso. Como uma forma de acessá-lo, os trabalhadores da região se associam à Colônia de Pescadores Z-16 de Cametá, para obter a inscrição no Registro Geral de Pesca (RGP). “Todo dia 1º de novembro, a pesca é fechada. Recebemos o Seguro Defeso para não pescar durante quatro meses. Um salário mínimo por mês. Quando chega dia 1º de março, a pesca é reaberta, que é justamente nesse período que os peixes já se desenvolveram e cresceram”, explica o jovem.
Nailson se associou à Colônia Z-16, em 2018. No final do ano passado, agentes de finanças da CACTVS — uma das instituições de pagamento credenciadas pela Caixa Econômica Federal para ofertar o AgroAmigo — fizeram uma apresentação do microcrédito para os membros da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA) e das federações vinculadas, incluindo a Federação dos Trabalhadores da Aquicultura e Pesca do Pará (Fetape Pará), cujo presidente é o mesmo da Z-16. “A colônia tem em torno de 16 mil associados. Somos 116 coordenadores de base, cada um atuando na sua localidade. Eu consegui acessar o microcrédito, e na coordenação que lidero, tiveram mais pessoas que conseguiram acessar”, lembra o pescador.
A Caixa logo identificou que a demanda pelo microcrédito era grande no Baixo Tocantins. A partir disso, outros técnicos foram contratados pela CACTVS para atuar na região, fazendo contatos com entidades vinculadas à Fetape Pará, e buscando outras parcerias nas áreas da pesca e da agricultura junto a instituições privadas e públicas — incluindo prefeituras, secretarias municipais e estaduais. Uma das profissionais contratadas pela CACTVS foi Camila Fernandes Barra. “Há um ponto de referência no Pará, que é a Superintendência da CAIXA. Nós acompanhamos as agendas deles nos municípios, participando de eventos para apresentação do microcrédito e fazendo a prospecção de novos clientes”, explica Camila.
Depois desses encontros, os agentes de microfinanças retornam aos municípios para acompanhar as demais etapas do processo de contratação do crédito, desde a assinatura do contrato até a liberação do recurso. Nailson assinou o seu contrato de microcrédito rural em 27 de dezembro de 2024, com o recurso de R$ 12 mil. No ato da solicitação, fez, junto à Camila, um plano de investimento para comprar um motor para seu barco. O motor foi mais barato do que o valor total do crédito, custando cerca de R$ 8 mil. “Por conta disso, como ele fez o investimento, logo ele solicitou o reembolso quando o crédito caiu na conta dele”, esclarece a Agente de Microfinanças.
Para o ribeirinho, o AgroAmigo abre portas e novas oportunidades. “Como a gente mora no interior, na zona na ribeirinha, as coisas são mais difíceis. Quando tem família grande e custo de vida alto, tendo vontade de ter a sua embarcação, chega no final do mês, não sobra o recurso para conseguir”, lamenta o jovem .
Quando não tinha um motor no seu barco, Nailson levava até 60 minutos percorrendo as vilas das ilhas vizinhas, para vender seu pescado. “Hoje eu levo em torno de 30 minutos”, afirma. Com essa economia de tempo, ele consegue otimizar as vendas, aumentar a renda e garantir o sustento da família: dos pais, da esposa, Maria Alice, e do filho Nicolas Arthur, de quatro aninhos. "Agora ficou mais fácil. Pega o pescado, coloca no barco, vai na vila, vende e volta logo", conclui o pescador.
Clique aqui e acesse a página do AgroAmigo para saber como ter direito ao microcrédito rural.
Serão beneficiados os municípios nos estados da Acre, Pará e Rio Grande do Sul
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, autorizou, nesta sexta-feira (29), o repasse de R$ 10.918.636,17 para ações de resposta em cidades afetadas por desastres. Receberão os recursos o estado do Acre e municípios nos estados do Pará e do Rio Grande do Sul. As portarias com os repasses foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Confira:
Os valores destinados a cada município são definidos por critérios técnicos da Defesa Civil Nacional e variam conforme o valor solicitado no plano de trabalho, magnitude do desastre e número de desabrigados e desalojados, entre outros parâmetros.
Municípios que tiverem o reconhecimento federal de situação de emergência ou estado de calamidade pública podem solicitar recursos ao MIDR para ações de defesa civil. As solicitações devem ser realizadas por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). A partir dos planos de trabalho enviados, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e valores propostos. Após a aprovação, os repasses são formalizados por meio de portaria no DOU, liberando os valores correspondentes.
A Defesa Civil Nacional também oferece uma série de cursos a distância para capacitar e qualificar agentes municipais e estaduais no uso do S2iD. O objetivo é preparar os profissionais das três esferas de governo para responderem de forma eficiente às situações de emergência. Confira aqui a lista completa dos cursos.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (29), a situação de emergência em 12 cidades afetadas por desastres nos estados da Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. As portarias com os reconhecimentos foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Confira mais detalhes abaixo.
Passam por um período de estiagem os municípios de Jaguarari, Jussara e Mairi, na Bahia; Congo, Frei Martinho, Monte Horebe e Nova Olinda, na Paraíba, e Inajá e São Joaquim do Monte, em Pernambuco. Já Setubinha, em Minas Gerais, Felipe Guerra, no Rio Grande do Norte, enfrentam a seca, que é um período de ausência de chuva mais prolongado do que a estiagem.
Por outro lado, a cidade de Caraguatatuba, em São Paulo, obteve o reconhecimento federal de situação de emergência por causa de vendaval.
Agora, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.
Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.
A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.
Serão beneficiados os municípios nos estados do Pará e do Rio Grande do Sul
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, autorizou, nesta quinta-feira (28), o repasse de R$ 1.262.826,76 para ações de resposta em cidades afetadas por desastres. Receberão os recursos municípios nos estados do Pará e do Rio Grande do Sul. As portarias com os repasses foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Confira:
Os valores destinados a cada município são definidos por critérios técnicos da Defesa Civil Nacional e variam conforme o valor solicitado no plano de trabalho, magnitude do desastre e número de desabrigados e desalojados, entre outros parâmetros.
Municípios que tiverem o reconhecimento federal de situação de emergência ou estado de calamidade pública podem solicitar recursos ao MIDR para ações de defesa civil. As solicitações devem ser realizadas por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). A partir dos planos de trabalho enviados, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e valores propostos. Após a aprovação, os repasses são formalizados por meio de portaria no DOU, liberando os valores correspondentes.
A Defesa Civil Nacional também oferece uma série de cursos a distância para capacitar e qualificar agentes municipais e estaduais no uso do S2iD. O objetivo é preparar os profissionais das três esferas de governo para responderem de forma eficiente às situações de emergência. Confira aqui a lista completa dos cursos.
A expansão do programa do Governo Federal de microcrédito produtivo orientado para pequenos produtores, o AgroAmigo, para as regiões Norte e Centro-Oeste foi tema da entrevista do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, no programa Bom Dia, Ministro, da EBC, nesta quinta-feira (28). A política pública visa garantir que comunidades indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e agricultores familiares tenham acesso efetivo a crédito e assistência técnica.
Com orçamento reforçado em R$ 1 bilhão dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO) e do Centro-Oeste (FCO), a iniciativa busca beneficiar mais de 100 mil famílias. É a primeira vez que os recursos do FNO e do FCO, anteriormente restrito a médias e grandes empresas, são utilizados para atender pequenos produtores.
Waldez Góes também ressaltou que a intenção é aumentar ainda mais o recurso disponível para as operações. “O microcrédito veio para ficar. No ano que vem, o Banco da Amazônia prevê operar R$ 1 bilhão e meio. E nós vamos operar R$ 1 bilhão pela Caixa Econômica. Então, no ano que vem, só na Amazônia, vai chegar em torno de 2 bilhões e meio de reais de microcrédito”, projeta o ministro.
Os valores de crédito variam conforme o perfil do beneficiário: R$ 8 mil para jovens (18 a 29 anos), R$ 12 mil para homens e R$ 15 mil para mulheres, com possibilidade de somar R$ 35 mil por propriedade ao ano. Os recursos podem ser usados para investimento em infraestrutura produtiva — como construção de reservatórios, armazéns, sistemas de irrigação, recuperação de pastagens, aquisição de matrizes e reprodutores, ou montagem de pequenas agroindústrias — e também para custeio de despesas do dia a dia, como compra de sementes, adubos e ração.
De acordo com o ministro, os recursos contam com garantias do próprio fundo constitucional e estão associados a políticas de apoio à agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), assegurando a compra da produção. “O presidente Lula determinou que o crédito chegue à mão de todos. Não basta produzir: é preciso garantir que haja mercado e renda para essas famílias”, reforçou.
O ministro Waldez Góes explicou que a expansão para o Norte e Centro-Oeste foi pensada para superar barreiras logísticas que antes dificultavam o acesso ao crédito nessas regiões. “As dificuldades que antes poderiam ser barreiras, como distâncias, rios, ramais, igarapés, agora temos tecnologia para isso. Temos parceiros institucionais”, ressaltou Góes.
O programa adota a estratégia de mutirões de crédito e conta com agentes de campo habilitados pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco da Amazônia. O objetivo é reduzir a burocracia e aproximar as políticas públicas dos cidadãos, garantindo que o beneficiário saia com o crédito contratado e já pronto para produzir.
O acesso ao crédito é feito por meio do aplicativo Conquista+. Após abrir a conta, o agricultor solicita o atendimento de um agente de crédito credenciado, que acompanha todo o processo, da proposta à liberação do recurso, inclusive com visitas às comunidades e propriedades. Cooperativas, associações e sindicatos agrícolas também podem orientar e apoiar na solicitação. “Criamos várias possibilidades para a pessoa acessar o crédito”, ressaltou Waldez Góes. “Se um produtor mora próximo a uma agência bancária, ele pode ir diretamente; se mora longe, ele entra no aplicativo ou participa de um mutirão e um operador de crédito vai até ele. O importante é que o crédito chegue de forma rápida e desburocratizada, permitindo que o agricultor planeje, produza e tenha retorno”, explicou o ministro.
Durante a entrevista, Waldez Góes também falou sobre a chegada do primeiro navio da nova rota entre a China e a Amazônia, no próximo sábado (30). A embarcação vinda do Porto de Gaolan, em Zhuhai, um dos principais terminais da Grande Baía e ponto estratégico para o fortalecimento do comércio com o Brasil, vai atracar no Porto do Amapá. A nova conexão vai reduzir drasticamente o tempo de transporte entre a Amazônia e a China, fortalecendo o comércio internacional com foco no desenvolvimento regional, bioeconomia e integração produtiva.
As associações comerciais têm desempenhado papel cada vez mais relevante na vida dos empresários e no desenvolvimento econômico das cidades brasileiras. Além de apoiar diretamente seus associados, essas entidades têm ampliado sua atuação para transformar as comunidades em que estão inseridas. Esse movimento, conduzido nacionalmente pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), ganha novo fôlego com a tramitação no Congresso Nacional do projeto de lei que institui o Dia Nacional do Associativismo, uma forma de reconhecer a importância dessas organizações para o país.
Um exemplo vem de Barra Mansa (RJ). O vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado do Rio de Janeiro, Matheus Gattás, explica que a Associação Comercial da cidade tem atuado de forma estratégica para unir interesses empresariais e desenvolvimento regional.
“Na associação comercial de Barra Mansa, pensamos de forma plural. Nosso associado vai estar bem quando a cidade e a região estiverem bem”, afirma. “Um dos principais projetos é a participação em uma companhia de desenvolvimento econômico junto com a prefeitura. Compramos terrenos para implantar condomínios industriais, o que favorece o associado com custos subsidiados e atrai empresas, gerando empregos e receitas para o município.”
Já em Marília (SP), a Associação Comercial e de Inovação (ACIM) se tornou referência ao estimular a modernização dos negócios. O presidente da entidade e vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, Carlos Bittencourt, destaca o papel do Connect Ambiente de Inovação, um hub, uma rede de inovação que já chegou a 12 cidades paulistas.
“O Connect promove inovação por meio de uma aceleradora, uma incubadora e um instituto de pesquisa. É uma rede que está ajudando empresários a transformar ideias em negócios de impacto”, explica.
Atuando em rede e com foco na colaboração entre diferentes públicos e setores, o Connect promove ciência, tecnologia e inovação para transformar projetos em negócios de impacto. Com essa estrutura, empresários, startups e instituições podem se conectar, compartilhar conhecimentos e gerar soluções inovadoras que beneficiam não apenas os negócios, mas toda a comunidade.
Para a CACB, casos como os de Barra Mansa e Marília mostram como o associativismo vai além da defesa de interesses da classe empresarial, refletindo em benefícios para toda a sociedade. Ao estimular inovação, atrair indústrias ou criar empregos, essas associações fortalecem o ambiente de negócios e a qualidade de vida nas cidades.
O Projeto de Lei nº 3245/2025, de autoria do deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), propõe instituir o Dia Nacional do Associativismo, a ser comemorado anualmente no dia 15 de julho, data escolhida em homenagem à fundação da Associação Comercial da Bahia em 1811 .
O PL foi apresentado em 3 de julho de 2025 e está atualmente na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. A proposta, articulada pela CACB, tem como objetivo valorizar a cultura associativista no país, estimular o fortalecimento das associações civis, comerciais, empresariais e comunitárias, e reconhecer o papel do associativismo no desenvolvimento econômico, social e democrático do Brasil — sem gerar feriados ou custos adicionais para o poder público.
A primeira declaração ministerial do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20, que sela o compromisso das nações com o tema, norteou o Bate-Papo com a Defesa Civil nesta quinta-feira (28). O documento, aprovado em novembro do ano passado durante evento do G20 em Belém, no Pará, é um marco na temática da redução de desastres. O encontro foi transmitido pelo canal do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) no YouTube. Mediado pelo chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), Rafael Machado, o bate-papo contou com a presença da oficial de programas do Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR), Adriana Campelo, e da coordenadora de relações institucionais da Sedec, Glaucia Hassler.
A declaração foi aprovada por unanimidade entre os países membros e convidados do GTRRD enquanto o Brasil presidia o grupo. Para Adriana Campelo, a postura brasileira durante as negociações até a aprovação final do documento fez a diferença. “Foi uma declaração histórica. Essa declaração tem um cunho político muito importante e o sucesso dela se deve a habilidade do Brasil de fazer as negociações mesmo com os contextos culturais e interesses prioritários diferentes para cada país”, afirmou.
As dificuldades para chegar ao resultado final foi um dos pontos lembrado pela coordenadora Glaucia Hassler. “Durante a presidência brasileira, nós enfrentamos vários desafios. Tentou-se fazer uma declaração durante a presidência da Índia, país que oficializou e instituiu esse grupo de trabalho, mas, infelizmente, não foi possível dentro dos diversos contextos das nações envolvidas. Acredito que o sucesso da declaração no Brasil se deve ao trabalho de coordenação que foi feito. O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, é muito conciliador e soube conduzir as discussões de forma a trazer um consenso. Além disso, a sua forma de lidar fez com que os participantes se sentissem pertencentes ao grupo. Portanto, houve muito esforço da parte brasileira, mas também muita receptividade dos outros Estados”, destacou Glaucia.
A coordenadora de relações institucionais da Sedec ressaltou ainda que a aprovação do documento foi uma grande conquista. “Quando recebemos a presidência da Índia, tínhamos algumas prioridades em pauta, como sistemas de alerta precoce efetivos, infraestrutura resiliente, financiamento para a redução do risco de desastres e soluções baseadas na natureza para que isso assegurasse a recuperação, reabilitação e reconstrução, além de trazer mais resiliência para as cidades. No entanto, durante a presidência do Brasil, nós inovamos e trouxemos outro princípio mais importante e transversal a todos, que é o combate às desigualdades para reduzir as vulnerabilidades. Diante disso, o grupo foi extremamente receptivo e a nossa declaração reflete um consenso a respeito dessa prioridade”, completou.
Após a aprovação do documento no ano passado, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, chegou a pedir que a declaração fosse seguida por todos os países. “Nossa intenção é que as nações coloquem esse documento em prática, priorizando a redução do risco de desastres, diminuindo as desigualdades e as vulnerabilidades e mitigando os danos”, afirmou Waldez na época.
Confira a declaração ministerial na íntegra AQUI.
Estão na lista municípios dos estados do Acre, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta quinta-feira (28), a situação de emergência em cinco cidades afetadas por desastres nos estados do Acre, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. As portarias com os reconhecimentos foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Confira mais detalhes abaixo.
Os municípios de Rio Branco, no Acre; Saboeiro, no Ceará, e Açu, no Rio Grande do Norte, enfrentam a seca, que é um período de ausência de chuva mais prolongado do que a estiagem.
Por outro lado, as cidades de Passa Quatro, em Minas Gerais, e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, obtiveram o reconhecimento federal de situação de emergência por causa de queda de granizo e fortes chuvas, respectivamente.
Agora, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.
Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.
A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.
“Garantir segurança hídrica é promover dignidade e desenvolvimento”, destacou o secretário Nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) Giuseppe Vieira, durante a 1º NORVERDE – Conferência e Feira de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, nesta quarta-feira (27), em Aracaju (SE). Ao participar do painel sobre planejamento e gestão da água, ele ressaltou que o Nordeste é uma região estratégica que exige soluções inovadoras e integradas, alinhadas ao compromisso de reduzir desigualdades e ampliar o acesso à água.
O evento reuniu gestores públicos, especialistas, representantes do setor privado e da sociedade civil para discutir soluções voltadas ao desenvolvimento sustentável da região. A conferência abordou temas como recursos hídricos, energias renováveis, gestão de resíduos e economia circular, reforçando o papel da região como protagonista na agenda ambiental do Brasil. “O NORVERDE não é apenas um encontro de dois dias, é a semente de um movimento que queremos ver florescer em Sergipe e em todo o Nordeste, mostrando que essa região pode e deve ocupar um lugar de destaque nas agendas de sustentabilidade do Brasil e do mundo”, afirmou Rodrigo Cordeiro, CEO da NESTY’ - Dados, Comunidades, Digital e Conteúdo, realizadora do evento.
Representando o MIDR, o secretário Nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Vieira, participou do painel “Summit Recursos Hídricos: Planejar para não faltar – Segurança Hídrica do Nordeste”. O debate trouxe especialistas para tratar da importância do planejamento integrado e de políticas públicas que assegurem água de qualidade e em quantidade para a população nordestina. Vieira destacou a relevância da cooperação entre os diferentes setores para enfrentar os desafios da gestão hídrica e reforçou o papel estratégico do Estado de Sergipe nas agendas ambientais e de desenvolvimento sustentável. “O Nordeste é uma região estratégica que exige soluções inovadoras e integradas”, afirmou.
O secretário destacou, ainda, iniciativas voltadas ao fortalecimento da segurança hídrica e aos investimentos do MIDR em grandes obras estruturantes que asseguram o abastecimento de água e promovem o desenvolvimento regional. Ganharam destaque na apresentação iniciativas como o Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e o Programa Água para Todos, fundamentais para reduzir desigualdades sociais e ampliar a disponibilidade hídrica no país. “Garantir segurança hídrica é promover dignidade e desenvolvimento. Nossas ações no Nordeste, em Sergipe e em todo o Brasil, estão alinhadas ao compromisso de reduzir desigualdades, ampliar o acesso à água e impulsionar um futuro sustentável para as próximas gerações”, afirmou o secretário.
Além do titular da SNSH, participaram do painel Fernando Vieira, diretor-geral da Iguá Sergipe; Nazareno Marques de Araújo, diretor da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); Alexandre Kepler, presidente da ABRhidro; e Leonardo Góes Silva, ex-presidente da Embasa. O debate foi moderado por Sandro Costa, diretor do Centro de Apoio Operacional de Proteção dos Recursos Hídricos do Ministério Público de Sergipe.
Com discussões que reforçam a importância do planejamento e da integração de esforços, o NORVERDE consolida-se como um marco para o fortalecimento de práticas sustentáveis no Nordeste, abrindo caminhos para novas parcerias e soluções em prol do desenvolvimento regional. O evento segue até quinta-feira (28), no Vidam Hotel, em Aracaju.
Fortalecer atividades industriais e cadeias produtivas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com a disseminação de novas tecnologias para impulsionar projetos de infraestrutura e agricultura. Esse é o objetivo da nova parceria entre o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), firmada nesta quarta-feira (27), por meio da assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica. Visando a agregação de valor local, a geração de emprego e renda, e a redução de desigualdades regionais, o documento estabelece convergências operacionais entre os instrumentos de desenvolvimento industrial da ABDI e os instrumentos de desenvolvimento regional do MIDR.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou que a industrialização é condição essencial para que a Amazônia alcance um novo patamar de desenvolvimento. “Nós, enquanto servidores públicos colaboradores do presidente Lula, vamos estar mais unidos, focados nessa estratégia. A ABDI tem muita experiência, e pode ajudar muito para o desenvolvimento regional considerando esse foco da industrialização”, afirmou, completando: “E nós não podemos deixar que a bioeconomia se transforme em negócio de poucos, porque também acaba concentrando muita renda”.
O acordo prevê o intercâmbio de dados, informações e tecnologias relacionadas a três eixos principais de atuação conjunta. Isso inclui a implementação da metodologia Building Information Modeling (BIM), da ABDI, para otimizar obras da administração pública, reduzindo prazos, custos e retrabalhos, e a integração dos projetos AGRO 4.0 e NEO AGRO 4.0, da ABDI, com as demandas dos polos das Rotas de Integração Nacional, incluindo os municípios que abrangem o Programa Cidades Intermediadoras.
O secretário Nacional de Desenvolvimento Regional, Daniel Furtado, ressaltou que o ACT tem a finalidade de buscar sinergias com outras iniciativas do ministério, apoiando os territórios prioritários da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). “Enxergamos diversas sinergias entre as iniciativas já em andamento no MIDR com as ações da ABDI. A metodologia BIM, por exemplo, se conecta totalmente com o nosso programa Cidades Intermediadoras, ao programa INOVA — lançado recentemente para equipamentos para os setores produtivos —, e também ao Rotas de Integração Nacional. Estamos falando de um conjunto de estratégias para melhor explorar oportunidades, principalmente no Norte e no Nordeste”, destacou.
A parceria também prevê ações conjuntas de compartilhamento de dados, realização de eventos técnicos e inclusão de perspectivas regionais nas iniciativas da Nova Indústria Brasil (NIB). Para o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, o acordo reforça a missão da Agência de contribuir para uma nova indústria que seja mais sustentável e inclusiva, alcançando também regiões historicamente menos atendidas pelas políticas industriais. “Esse acordo é para potencializar as ações da ABDI e do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. É muito importante que a gente consiga desenvolver a indústria nas diferentes regiões do Brasil, superando as históricas desigualdades regionais”, ressaltou.
Na ocasião da assinatura do documento, o ministro Waldez Góes reforçou a necessidade de investir em políticas públicas de fomento à bioeconomia para oportunizar a participação dos agricultores familiares no processo de desenvolvimento.