Equipe de robótica do SESI de Curitiba (PR) cria bala feita de casca de banana que diminui estresse e erosão dentária nos astronautas

Aline Dias

• Data de publicação: 28 de Fevereiro de 2019, 17:03h

Os alunos vão participar da etapa nacional do Torneio de Robótica, no Rio de Janeiro
TextoTexto para rádio

Alunos do Serviço Social da Indústria (SESI) da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) criaram uma bala que para diminuir a erosão dentária e controlar o estresse sofrido por astronautas durante missões espaciais. O projeto classificou a equipe de robótica do SESI para a final do Torneio SESI de Robótica FIRST® LEGO® League, que vai ocorrer no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 15 e 17 de março. 

Esta é a primeira vez que a Esquadrão Lego, formada por 10 alunos do ensino médio, consegue chegar até a etapa nacional da competição. Para esta temporada, com o tema “Into Orbit”, que em inglês significa “no espaço”. Sofia Guimarães, 15 anos, é uma das integrantes da equipe e explica que depois de muito pesquisarem, ela e os colegas chegaram à produção de uma bala neutralizadora de PH bucal obtida a partir de cascas de banana, a Balanana.

“A bala vai ser feita com a casca de banana porque a casca de banana é descartada facilmente. E como a casca é descartada, ninguém sabe quais benefícios ela oferece. Um dos benefícios é que vai ajudar na liberação do triptofano, que é um aminoácido, que vai ajudar a liberar a serotonina, que é o neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer”, explica a estudante.

O torneio possui três tipos de avaliação: Projeto de Pesquisa para colocar as ideias no papel; Design do Robô para desenvolvê-lo; Desafio do Robô, quando a equipe tem de cumprir missões com o próprio robô; e por final, a Core Values, quando é avaliado o trabalho em equipe.

Para o professor do clube de robótica do SESI da CIC e técnico da equipe, Lucas Hohmann, a robótica auxilia os alunos a assimilarem melhor todos os conteúdos, tendo melhor desempenho do que o obtido a partir das aulas tradicionais. O professor também ressalta que o torneio tem influência positiva no desenvolvimento da empatia e autonomia dos jovens. “Tenho certeza que quando eles chegarem no mercado de trabalho vão estar extremamente preparados. Alunos que têm esse torneio no currículo tem chances altíssimas de entrarem em boas empresas. É um tipo de trabalho muito valorizado”, destaca.

Crédito: Ítalo Novais/Agência do Rádio Mais

O torneio
O desafio da temporada, “Into Orbit”, explora a temática espacial, envolvendo satélites, comunicação, sobrevivência e aspectos psicológicos em que os astronautas estão sujeitos em uma viagem espacial. Crianças e jovens de 9 a 16 anos podem participar do torneio de robótica.

O Serviço Social da Indústria (SESI) investe em programas de robótica desde 2006 e organiza o torneio no Brasil. Cada equipe deve ter obrigatoriamente dois treinadores: técnico e mentor; e dois a 10 competidores. As equipes precisam resolver um conjunto de problemas do mundo real vivenciados por profissionais como cientistas e engenheiros. 

Para a gerente de Educação Profissional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Vanessa Frason, essa experiência fortalece a capacidade de inovação, criatividade e raciocínio lógico dos alunos, além de torna-los competentes para o mundo do trabalho. “O fato de a gente trabalhar com situações da vida real é importante porque vai dar para ele uma noção de como efetivamente as coisas funcionam no mundo real e certamente isso vai facilitar para ele depois, futuramente, uma formação profissional”, ressalta. 

Quer saber mais sobre robótica?
Acesse: http://www.portaldaindustria.com.br/sesi/canais/torneio-de-robotica/
 

Continue Lendo





Receba nossos conteúdos em primeira mão.

LOC.: Pela primeira vez, a equipe de robótica do SESI de Curitiba se prepara para a etapa nacional do Torneio SESI de Robótica FIRST® LEGO® League, que será realizado em março, no Rio de Janeiro (RJ). A Esquadrão Lego, formada por dez alunos do ensino médio, criou uma bala que para diminuir a erosão dentária e controlar o estresse sofrido por astronautas durante as missões espaciais. 

Sofia Guimarães, 15 anos, integrante da equipe, explica que depois de muito pesquisarem, ela e os colegas chegaram à produção de uma bala neutralizadora de PH bucal obtida a partir de cascas de banana, a Balanana.
 

 

TEC./SONORA: Sofia Guimarães, estudante 

“A bala vai ser feita com a casca de banana porque a casca de banana é descartada facilmente. E como a casca é descartada, ninguém sabe quais benefícios ela oferece. Um dos benefícios é que vai ajudar na liberação do triptofano, que é um aminoácido, que vai ajudar a liberar a serotonina, que é o neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer.”
 


LOC.: O professor do clube de robótica do SESI e técnico da equipe, Lucas Hohmann, destaca que o torneio ajuda a ampliar o conhecimento e a desenvolver empatia e autonomia dos jovens, além de já prepará-los para o mercado de trabalho.

TEC./SONORA: Lucas Hohmann, técnico

“Tenho certeza que quando eles chegarem no mercado de trabalho vão estar extremamente preparados. Alunos que têm esse torneio no currículo tem chances altíssimas de entrarem em boas empresas. É um tipo de trabalho muito valorizado.”
 


LOC.: O SESI é o responsável pela realização do torneio no Brasil.  O objetivo da competição é fazer com que os estudantes conheçam o mundo da ciência e tecnologia de uma forma divertida, a partir da construção e programação de robôs feitos com peças de Lego.

Reportagem, Aline Dias