• Data de publicação: 29 de Maio de 2019, 06:43h
LOC.: A dona de casa Mayana Ferreira tinha muita dificuldade para engravidar. Mas, aos 27 anos, conseguiu realizar o sonho de ser mãe e trazer ao mundo a Ana Vitória, atualmente, com nove meses.
Mesmo com gravidez e parto tranquilos, a pequena Ana não conseguiu sugar o peito da mãe nas primeiras 12 horas de vida. Foi aí que profissionais do Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher – Inácia Pinto dos Santos ajudaram, com orientações sobre a pega correta.
Depois disso, foi só alegria. Além de conseguir alimentar a filha, a produção de Mayana foi tão grande que ela se tornou uma doadora de leite materno. De acordo com a moradora do bairro Viveiros, aqui, de Feira de Santana, ela chegou a doar seis litros por semana.
TEC./SONORA: Mayana Ferreira, 27 anos, dona de casa.
“Liguei para me informar – porque estava com bastante leite – e saber como doar. Eu me prontifiquei e, no dia seguinte, já vieram na minha casa, fizeram todo o processo.”
LOC.: A enfermeira do Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher, Nadja Maria, explica porque é tão importante que todos os recém-nascidos tenham como primeiro alimento o leite materno. Segundo ela, é ainda mais importante para prematuros e bebês de baixo peso, uma vez que o alimento ajuda na recuperação e no fortalecimento desses bebês.
TEC./SONORA: Nadja Maria, enfermeira do Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher – Inácia Pinto dos Santos
“É uma criança que não tem problema gástrico, respiratório. Ela desenvolve melhor, tranquilamente, sem problemas de infecção.”
LOC.: Já a Mayara de Oliveira, de 21 anos, que também mora em Feira, teve uma gravidez tranquila, mas, na metade do sexto mês, João Pedro se apressou e nasceu prematuro. Com um mês de nascido, ele precisa de 25 mililitros por dia. A mãe só consegue tirar cinco mililitros. Ela se emociona ao falar da ajuda recebida pelas mamães doadoras.
TEC./SONORA: Mayara de Oliveira, 21 anos, estudante.
“O sentimento que eu tenho pelas mães doadoras de leite materno é de gratidão. Se não fosse por elas, meu filho não receberia leite materno, que eu não tenho para dar a ele nesse momento.”
LOC.: Na Bahia, entre janeiro e maio deste ano, foram coletados apenas 1.221 litros de leite materno para quase dois mil recém-nascidos, de acordo com a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH).
Em Feira de Santana, é possível se cadastrar em duas unidades: no Banco de Leite Humano do Hospital Cleriston Andrade, que é referência em aleitamento materno no estado; e também no Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher – Inácia Pinto dos Santos.
Outra opção é o posto de coleta de leite humano que fica na Unidade de Saúde da Família Fraternidade I e II. Quem tiver interesse em ser uma doadora, pode ligar para o telefone (75) 3602-0630. Quando for feito o cadastro, um carro do Corpo de Bombeiros vai semanalmente à casa da mãe para buscar os frascos.
Doe leite materno, alimente a vida. Para mais informações, acesse saude.gov.br/doacaodeleite.