Com mais de 1,7 mil casos de dengue confirmados em 2020, microrregião de Dracena (SP) entra em estado de alerta

Agência do Rádio

• Data de publicação: 01 de Abril de 2020, 11:37h

Mesmo em meio à pandemia de coronavírus, os cuidados contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti não devem ser esquecidos
TextoTexto para rádio

Municípios da microrregião de Dracena estão em estado de alerta por causa do crescente número de casos de dengue. Mesmo em meio à pandemia de coronavírus, os cuidados contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti não devem ser esquecidos.

Os dados mais recentes da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo apontam que os dez municípios que integram a microrregião somam mais de 1,7 mil casos até o momento. A prefeitura de Dracena confirmou a morte de duas pessoas por dengue. As vítimas eram homens aposentados, de 83 e 78 anos, e estavam internadas na Santa Casa Misericórdia de Dracena.

Segundo o governo municipal, a Vigilância Epidemiológica realiza visitas periódicas nas residências e dá orientações de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue, além de fazer campanhas educativas.

O último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, em março, apontou que, entre os quatro sorotipos da dengue, os tipos 1 e 2 foram os mais frequentes no estado de São Paulo.

O superintendente de Controle de Endemias de São Paulo, Marcos Boulos, destaca que a circulação do sorotipo 2 causa preocupação pelo fato de boa parte da população não estar imune ao vírus.

“Os quatro sorotipos podem circular até simultaneamente. O tipo 2 chega agora, depois de muito tempo ausente. Como a população não está imune a ele, como ocorre com o tipo 1, a tendência é você ter mais doentes com o sorotipo 2.”

É importante lembrar ainda que a Zika e a chikungunya também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus da chikungunya pode evoluir para formas crônicas. O da Zika também gera impacto importante, principalmente para as gestantes, já que a doença pode causar microcefalia nos bebês.

O Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, alerta que o período de maior incidência da dengue no país vai coincidir, muito provavelmente, com o pico de contaminação do COVID-19 e, por isso, é fundamental que a população aproveite a quarentena para, também, se proteger do mosquito transmissor.

“Nós teremos, pelo menos, três epidemias simultâneas: coronavírus, que é uma novidade; teremos Influenza, que é uma rotina, todo ano acontece, e teremos, também, o pico de dengue. Então, é fundamental, e eu tenho chamado atenção, aproveitem que estão em casa e limpem o quintal, eliminem os focos de dengue”.

O Ministério da Saúde alerta que a população precisa combater o mosquito transmissor da dengue de forma permanente. A recomendação é tirar 10 minutos do dia para verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa. Faça sua parte. Saiba mais em saúde.gov.br/combateaedes. 

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LOC.: Municípios da microrregião de Dracena estão em estado de alerta por causa do crescente número de casos de dengue. Mesmo em meio à pandemia de coronavírus, os cuidados contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti não devem ser esquecidos.

Os dados mais recentes da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo apontam que os dez municípios que integram a microrregião somam mais de 1,7 mil casos até o momento. A prefeitura de Dracena confirmou a morte de duas pessoas por dengue. As vítimas eram homens aposentados, de 83 e 78 anos, e estavam internadas na Santa Casa Misericórdia de Dracena.

Segundo o governo municipal, a Vigilância Epidemiológica realiza visitas periódicas nas residências e dá orientações de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue, além de fazer campanhas educativas.

O último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, em março, apontou que, entre os quatro sorotipos da dengue, os tipos 1 e 2 foram os mais frequentes no estado de São Paulo.

O superintendente de Controle de Endemias de São Paulo, Marcos Boulos, destaca que a circulação do sorotipo 2 causa preocupação pelo fato de boa parte da população não estar imune ao vírus.

TEC./SONORA: Marcos Boulos, superintendente de Controle de Endemias de São Paulo.

“Os quatro sorotipos podem circular até simultaneamente. O tipo 2 chega agora, depois de muito tempo ausente. Como a população não está imune a ele, como ocorre com o tipo 1, a tendência é você ter mais doentes com o sorotipo 2.”

LOC.: É importante lembrar ainda que a Zika e a chikungunya também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus da chikungunya pode evoluir para formas crônicas. O da Zika também gera impacto importante, principalmente para as gestantes, já que a doença pode causar microcefalia nos bebês.

O Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, alerta que o período de maior incidência da dengue no país vai coincidir, muito provavelmente, com o pico de contaminação do COVID-19 e, por isso, é fundamental que a população aproveite a quarentena para, também, se proteger do mosquito transmissor.

TEC/SONORA: Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira

“Nós teremos, pelo menos, três epidemias simultâneas: coronavírus, que é uma novidade; teremos Influenza, que é uma rotina, todo ano acontece, e teremos, também, o pico de dengue. Então, é fundamental, e eu tenho chamado atenção, aproveitem que estão em casa e limpem o quintal, eliminem os focos de dengue”.

LOC: O Ministério da Saúde alerta que a população precisa combater o mosquito transmissor da dengue de forma permanente. A recomendação é tirar 10 minutos do dia para verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa. Faça sua parte. Saiba mais em saúde.gov.br/combateaedes.