Jeep/Divulgação
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Vacina e reformas estruturantes: deputado Daniel Coelho indica caminho para recuperação da economia pernambucana

Estado registrou a quinta maior taxa de desemprego do País em 2020, de acordo com IBGE. Empresários industriais estão pessimistas quanto ao faturamento a curto prazo

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Levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) aponta que 85,8% dos empresários do setor acreditam que vão ter queda ou estagnação de faturamento. Apenas 14,2% creem em uma recuperação a curto prazo. O pessimismo em relação ao controle da pandemia da Covid-19 é uma das principais justificativas para o resultado.
 
O estudo da Fiepe ressalta que os industriais apontam a vacinação em massa e aprovação das reformas, sobretudo a tributária, como cruciais para a retomada consistente da economia. O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania/PE) destaca que a imunização é o primeiro passo para a volta à normalidade. 
 
“A vacina não impulsiona a economia. Ela interrompe um ciclo de grave crise sanitária e também econômica. Claro que isso não é o suficiente, mas sem vacina não haverá recuperação econômica, seja em Pernambuco ou qualquer outro estado brasileiro ou qualquer lugar do mundo. A normalidade só é atingida com o processo de vacinação pleno”, afirma. 

PE: Retomada econômica do setor industrial depende da aprovação de reformas estruturantes

Balanço

A criação de postos de trabalho a partir de julho de 2020 não foi suficiente para que a economia pernambucana acabasse o ano passado com saldo positivo. Pelo contrário. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, o estado perdeu 5.163 vagas no mercado de trabalho.
 
Segundo dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última quarta-feira (10), Pernambuco encerrou o ano de 2020 com taxa média de desemprego de 16,8%, a quinta maior do País, atrás apenas da Bahia, de Alagoas, Sergipe e Rio de Janeiro. 
 
Segundo o deputado Daniel Coelho, o índice de desemprego no estado não se explica, apenas, pelos efeitos da crise sanitária. Há, também, falta de infraestrutura, logística e qualificação de mão de obra. 
 
“A taxa de desemprego evidente que tem as correlações com o Covid, mas também tem os aspectos locais. Falta infraestrutura, transporte de qualidade e formação profissional em algumas áreas. Os desafios são imensos e passam pela formação, educação e as condições criadas para que os investimentos ocorram aqui”, diz. 
 
Presidente da Fiepe, Ricardo Essinger elenca o que, para ele, são pontos importantes para a economia do País e do estado voltar a crescer. “Será necessário equilibrar as contas públicas e atrair investidores que aceitem o risco do País. Para elevar a confiança dos investidores será necessário consolidar a reforma trabalhista e tirar do papel algumas reformas estruturantes, como as reformas administrativa e tributária, além do pacto federativo e as privatizações.”

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