Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Meio Ambiente firma parceria para fechar lixões no Amapá

O acordo pretende acabar com esses espaços nos 16 municípios do Estado, além de estruturar projetos de desestatização, com foco na gestão de resíduos sólidos.

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O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram um acordo que pretende acabar com lixões no estado do Amapá. A reunião aconteceu no começo de fevereiro e a previsão é de que em até três meses o banco nacional informe os projetos elegíveis. 

Segundo o ministro da pasta, Joaquim Leite, a iniciativa promove o crescimento do país, além da melhoria ambiental. “Esse era um desafio que o Brasil tinha e agora o Governo Federal toca essa agenda, com execução do BNDES, fazendo uma transformação para todo cidadão que mora numa cidade e precisa transformar o seu lixo em algo que tenha valor econômico e possa ser reciclado, reutilizado.”

A assinatura aconteceu no começo de fevereiro. No evento, estavam presentes o governador do Estado e de todos os prefeitos amapaenses, além do presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Ele destacou os avanços que o projeto vai produzir. “Pensa em emprego, qualidade de vida, urbanização adequada e preservação ambiental. A gente está assinando o acordo agora, é um ótimo gesto político que vários outros estados e prefeitos do Brasil podem copiar. A gente vai começar os trabalhos agora para fazer essa modelagem inédita."

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Programa Lixão Zero

Iniciado em 2019, o programa Lixão Zero é um passo para a implementação da   Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Segundo dados do MMA, o programa é responsável pelo fechamento de 20% dos lixões em todo o Brasil, um total de 645 locais de descarte incorreto de lixo. A meta do governo é fechar todos os lixões até 2024.

Dados de 2020 do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento mostram que o 14,6% dos resíduos descartáveis tinham o lixão como o destino final. O painel mostra que, em todo Brasil, são 1.545 locais como esse. Para ter acesso aos dados completos, basta acessar o site

O presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental e conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambiente, Carlos Bocuhy, explica que qualquer depósito de lixo sem a impermeabilização do solo gera o chorume, que é um material altamente negativo para o meio ambiente. Ele entra no solo, vai até os aquíferos e acaba contaminando as nascentes. “ Além disso, o lixo em decomposição gera metano, que vai para a atmosfera e é um elemento muito forte, potencializador das mudanças climáticas. Ele é vinte ou até mais vezes agressivo do que o carbono na atmosfera.”, acrescenta. 

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