CARTA COMPROMISSO

27/05/2021 15:38h

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e mineradoras associadas realizou, dia 25 de maio, o seminário interno ‘Carta Compromisso – Grupo de Trabalho Comunicação & Reputação’

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e mineradoras associadas realizou, dia 25 de maio, o seminário interno ‘Carta Compromisso – Grupo de Trabalho Comunicação & Reputação’ Entre os temas abordados, compliance, transparência e comunicação, práticas que precisam convergir na governança das mineradoras para a construção de uma reputação aceita, respeitada e reconhecida pelas pessoas. O evento integra a agenda de ações estabelecidas pelo setor mineral para cumprir as metas estabelecidas no documento ‘Carta Compromisso IBRAM Perante a Sociedade’. 

Participaram como expositores e debatedores Paulo Nassar, diretor-presidente da Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial; Duncan Grieve, advogado associado da Cadwalader, Wickersham & Taft LLP; e Thiago Jabor Pinheiro, sócio do Mattos Filho Advogados. O seminário teve a mediação de Neuma Eufrázio, gerente de governança e compliance da Anglo American. Participaram da abertura Flávio Penido, diretor-presidente do IBRAM, Paulo Henrique Soares, diretor de Comunicação e Raquel Pessôa, gerente de Comunicação da Anglo American.

“Hoje tivemos a grata oportunidade de falar de um tema relevante para nossa sociedade e para o meio empresarial que é o compliance. É o caminho para construirmos negócios cada vez mais saudáveis, pautados na ética. É oportunidade para a troca, o diálogo e o aprendizado para todos”, disse Raquel Pessôa. O seminário online registrou audiência de 130 pessoas. Segundo Flávio Penido, o setor mineral está em processo de transformação e realiza ações para melhorar cada vez mais seus indicadores de sustentabilidade, de segurança operacional, ao mesmo tempo em que reforça as práticas de transparência no seu relacionamento com a população brasileira. 

Thiago Pinheiro, sócio do Mattos Filho Advogados, disse que a empresa apoia os clientes no que se refere ao compliance: a melhorar seus controles internos, estabelecer programa de integridade, melhorar processos internos das organizações para evitar ocorrências e lidar com elas quando acontecem. Disse que a Carta Compromisso do Ibram apresenta compromissos voluntários das mineradoras. “Estabelecem marcos de conduta que podem ser cobrados posteriormente dos integrantes desse movimento setorial. E acabam funcionando como incentivos para a adoção de políticas e boas práticas corporativas. São posicionamentos superimportantes, vistos com bons olhos”, afirmou.

Duncan Grieve, advogado associado da Cadwalader, Wickersham & Taft LLP, disse que o programa de compliance de uma companhia tem que contar com a participação de todos. “Compliance não é um tema conceitual; é como gerenciar riscos na prática”, afirmou Grieve, passando algumas dicas sobre a adoção de um programa de compliance, entre as quais: proceder a avaliação inicial dos riscos como passo fundamental para traçar o programa de compliance; envolver o maior número de pessoas da organização e até mesmo consultores externos, se for o caso; estabelecer procedimentos de compliance realistas e concentrar atenção prioritária nas áreas de operação do negócio que geram mais riscos.

Paulo Nassar, da Aberje, disse que fundos de investimento internacionais e as empresas que recebem aportes, como as mineradoras, são pressionados a adotarem as boas práticas relacionadas ao ESG. Segundo Nassar, essa é uma oportunidade para subsidiar o trabalho dos comunicadores, que precisam desenvolver narrativas relacionando os valores corporativos relacionados a diversas questões que são cada vez mais cobradas pela opinião pública, como é o caso das questões socioambientais e as conectadas à governança das organizações. “A empresa bem representada nesse sentido tem um patrimônio valioso(...) os dirigentes não administram mais apenas produtos, bens, mercados, mas, também, o ‘simbólico da organização’, que não é mais algo que possa ser considerado intangível; ele tem representação econômica”, afirmou.

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