• Data de publicação: 20 de Agosto de 2019, 14:43h
LOC.: A carreira de Lázaro Ramos no cinema começou em 1998 com a cinebiografia de Carla Perez, “Cinderela Baiana”. Em coletiva com os jornalistas, durante o Festival de Cinema de Gramado, Ramos brincou com o fato, já que o longa protagonizado pela ex-dançarina do É o Tchan é considerado uma das piores produções brasileiras. O ator confessou: se arrepende de ter interpretado um dos amigos da moça na película, o Chico. Para ele, o cinema é marcado por fases.
Na fase atual, Lázaro foi homenageado com o Troféu Oscarito, nesta segunda-feira (19). O prêmio é dedicado a atores e atrizes que marcaram o cinema brasileiro, e o ator baiano, com certeza, está entre eles. Estrelando obras marcantes como “Madame Satã”, “Carandiru” e “Meu Tio Matou um Cara”, ele foi ovacionado e aplaudido de pé pela plateia do Palácio dos Festivais.
Outros profissionais das telonas e telinhas, que também participavam do evento, como Bruna Marquezine, citaram o exemplo de garra, competência e talento exibido pelo homenageado.
Lázaro Ramos relembra da adolescência, quando fazer cinema era apenas um sonho.
TEC./SONORA: Lázaro Ramos, ator
“Não achei que faria nenhum filme, achei que era só um lugar que eu ficaria sentadinho imaginando que um dia estaria lá. O Festival de Gramado faz parte desses sonhos, lá em Salvador eu já escutava ‘ah, o festival de Gramado, aquele tapete vermelho, tal filme estreou lá, falaram isso do filme’. Eu ficava olhando esse lugar e ficava pensando que um dia queria ir lá visitar. E hoje chego aqui e vou receber um prêmio por um conjunto de uma obra que é fruto do investimento de pessoas em mim.”
LOC.: Emocionado, Ramos completa dizendo que recebeu um prêmio que representa o conjunto de uma obra do fruto de investimento de pessoas nele.
TEC./SONORA: Lázaro Ramos, ator
“Agradecer não só ao Festival de Gramado, mas a todo mundo que um dia olhou para mim e viu algum valor.”
LOC.: Atualmente, Lázaro vive a experiência de não só atuar em teatros e filmes, mas também dirigiu o longa “Medida Provisória”. Um filme sobre o futuro brasileiro, no qual o governo decreta uma medida que obriga os cidadãos negros a migrarem para a África na intenção de “retornar às suas origens”. O filme tem previsão de estreia para 2020.
Além de Lázaro Ramos, neste ano o Festival de Cinema de Gramado já homenageou Carla Camurati. Nos próximos dias, serão homenageados Maurício de Sousa e Leonardo Sbaraglia. A premiação das mostras competitivas será no sábado (24).
Reportagem, Sara Rodrigues