CAMPINA GRANDE (PB): Hemocentro do município precisa de sangue Rh negativo

Agência do Rádio

• Data de publicação: 24 de Novembro de 2017, 00:00h

O Hemocentro de Campina Grande coleta, em média, 70 bolsas de sangue por dia, quantidade que aumenta para 100 em períodos de campanhas, como agora. Como ocorre na maioria das regiões do país, também em Campina Grande os tipos sanguíneos negativos são os mais difíceis de se encontrar doadores. A coordenadora do Ciclo do Sangue do Hemocentro de Campina Grande, Larissa Nogueira, fala da dificuldade de captação dos tipos sanguíneos mais raros.

“Normalmente a gente tem dificuldade com os negativos: O negativo, A negativo e AB negativo. Então, normalmente, o hemocentro sempre faz campanha. Sempre a gente está em rádio, televisão, pedindo que as pessoas venham doar. Pede que os (tipos) negativos também venham ao hemocentro doar porque esses são os mais difíceis pra gente. É um trabalho constante e contínuo, porque a gente sabe que a necessidade do hospital não avisa antecipadamente. Ela acontece.”

Segundo a coordenadora, durante os períodos de festas, como Carnaval, São João, Natal e Ano Novo, o volume de doações cai drasticamente. São nesses períodos, também, que o número de pacientes necessitando de doação de sangue aumenta bastante, em razão da alta nos índices de acidentes e outras ocorrências. Larissa lamenta ainda o baixo número de mulheres doadoras em relação aos homens e o fato da maior parte das pessoas que doam sangue da cidade não serem regulares. A coordenadora ressalta a importância das campanhas para motivar o brasileiro a doar sangue.

“Acho importante porque é uma conscientização nacional. A gente sabe que o Brasil é movido a campanhas. As pessoas, às vezes, não tem o intuito de doar, mas quando ele vê uma campanha no rádio, no jornal ou na televisão, o brasileiro tem a sensibilidade de sair para ajudar.”

Elvis Maciel, 33 anos, tem o tipo sanguíneo O negativo e doa sangue e plaquetas desde 2012, quando o pai dele precisou de transfusão de sangue. Casado, ele aguarda ansioso pelo nascimento da primeira filha. Para ele, que já doou plaquetas para muitas crianças com câncer, a chegada de Sofia é o maior incentivo para continuar ajudando a salvar vidas. O técnico administrativo da Universidade Estadual da Paraíba não esconde o orgulho em ver melhorar a saúde de quem precisa.

“Sempre o hemocentro liga pra mim. Então, eu fico meio que a disposição. Não tenho um número fixo de doação por ano. Quando eles ligam, eu vou. Mas devem dar umas quatro vezes no ano, no mínimo.”

Depois de passar pelo processo de doação de plaquetas por sete vezes, Elvis se tornou um entendedor do assunto. Segundo ele, enquanto uma doação de sangue comum dura 15 minutos, uma coleta de plaquetas dura em média uma hora.

“A asférese é um procedimento um pouco mais complexo, que separa as plaquetas de sangue. Você doa só as plaquetas e não o sangue total. Aí você senta numa máquina que bota uns tubos nas suas veias. Ele tira seu sangue, separa as partes do sangue, as plaquetas ficam e a parte vermelha do sangue volta para você. Então tem que ter paciência e disponibilidade.”

Para doar plaquetas é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos, não ter feito uso de medicações, como anti-inflamatórios, nos sete dias antes da doação. Para aqueles que vão doar sangue, é necessário estar com boa saúde, pesar acima de 50 quilos e ter entre 16 e 69 anos. Menores de 18 anos precisam da autorização dos pais ou responsáveis. O Hemocentro de Campina Grande está localizado na rua Professora Eutécia Vital Ribeiro, no bairro Catolé. Para tirar dúvidas sobre o processo de doação, ligue: 3310-7130, repetindo 3310-7130. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das sete da manhã às seis da tarde. No sábado, das sete da manhã até o meio dia e meia. Outras informações acesse saude.gov.br/doesangue.

 

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