• Data de publicação: 30 de Junho de 2019, 05:00h
LOC.: O acordo assinado entre Brasil e os Estados Unidos para uso comercial da Base de Alcântara, no Maranhão, pode inserir o país no mercado mundial de lançamentos de foguetes ao espaço, fazendo com que o país detenha um por cento desse mercado. Isso representaria um ganho estimado de 10 bilhões de dólares a partir de 2040, segundo o deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA). O parlamentar é relator do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
O parecer já deveria ter sido votado já no início da última semana pelo colegiado, mas a análise foi adiada por falta de consenso entre os parlamentares, como explica o deputado Hildo Rocha.
TEC./SONORA: Hildo Rocha, deputado federal
“Esse tema já é discutido a bastante tempo. Já houve várias audiências públicas e não existe mais nenhuma dúvida. O acordo não fere nem de longe a soberania brasileira e já pode ser votado”
LOC.: Quem também concorda com esse posicionamento é o especialista em direito internacional Bernardo Pablo Sukiennik.
TEC./SONORA: Bernardo Pablo Sukiennik, advogado
“Atualmente, a base não está operando. Com essa parceria com os Estados Unidos, isso seria possível e representaria o ingresso de recursos aos cofres brasileiros”.
LOC.: De acordo com o deputado Hildo Rocha, a aprovação do acordo também trará grandes benefícios para o Maranhão e para o próprio município de Alcântara.
Em seu relatório, o parlamentar lembrou que a utilização do Centro Espacial vai movimentar o comércio local, além de expandir o fluxo em bancos, hotéis e restaurantes.
TEC./SONORA: Hildo Rocha, deputado federal
“Ao alugar algum espaço lá dentro da Base de Lançamento de Alcântara, vamos ter retorno financeiro, além de gerar empregos qualificados”.
LOC.: Entre outros pontos, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) possibilitará o desenvolvimento e aperfeiçoamento do Programa Espacial Brasileiro, uma vez que será permitido ao governo federal utilizar os recursos financeiros para este fim.
Depois de passar pela Comissão de Relações Exteriores, o acordo ainda será apreciado em outros dois colegiados: Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) e a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ). Só após o aval desses colegiados o texto será votado pelo Plenário da Câmara.
Reportagem, Juliana Gonçalves