LOC.: Com o objetivo de melhorar e agilizar a análise e o registro de medicamentos no Brasil, parlamentares tentam aprovar o PL 7082/2017. Atualmente, o texto aguarda para ser votado no Plenário da Câmara.
Dados da Interfarma apontam que um estudo clínico no Brasil leva, em média, cerca de 215 dias para ser aprovado.
Segundo o deputado federal Diego Garcia, (PODE-PR), o Projeto de Lei busca, além de maior agilidade, promover expansão do setor no mercado interno, assim como aumentar a disponibilidade de remédios para pacientes com doenças consideradas raras.
TEC./SONORA: Diego Garcia, deputado federal
“É um avanço para o desenvolvimento de pesquisa no nosso país. É um verdadeiro presente para as famílias, para pessoas com doenças raras, num momento de pandemia, em que muitas delas se sentem ignoradas, desprezadas, principalmente por conta do foco que a pandemia exige. Mas, essas pessoas dependem do acesso a essas pesquisas e a esses medicamentos.”
LOC.: De autoria da ex-senadora Ana Amélia, o PL pretende instituir novas regras para o processo administrativo que envolve as pesquisas clínicas com seres humanos. Na corrida por vacinas contra a Covid-19, por exemplo, o Brasil foi um dos países a realizar pesquisas com a participação de pessoas no intuito de atestar segurança e eficácia de imunizantes.
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC), Greyce Lousana, há muito espaço no Brasil para a condução de ensaios clínicos em diversas áreas.
TEC./SONORA: Greyce Lousana, presidente da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica
“Quanto melhores as condições de um país, obviamente, mais investimento a gente tem. Tais condições vão desde a estrutura dos locais, de capacitação das equipes, enfim, aliado obviamente a uma estabilidade econômica e política.”
LOC.: Um dos focos da matéria é dar mais agilidade ao processo. Para isso, estabelece que a análise ética de estudos pelos CEPs, com emissão de parecer, não poderia durar mais do que 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias.
Reportagem, Marquezan Araújo