Data de publicação: 01 de Outubro de 2021, 12:10h
LOC.: Seguiu para o Senado o projeto de lei (PL 5829/19), que estabelece que consumidores que produzam e utilizem fontes de energia renovável, como a solar, paguem uma tarifa pelo uso de fios de distribuição de energia. O encargo deve recair sobre o estado do Amazonas, que possui um dos maiores índices de desenvolvimento em capacidade energética fotovoltaica do norte do Brasil.
Segundo o deputado federal Marcelo Ramos (PL/AM), a medida deve garantir a manutenção da viabilidade econômica da energia solar, sem encarecer a tarifa.
TEC./ SONORA: Marcelo Ramos, deputado federal (PL/AM)
“O modelo atual, em que todos os custos de distribuição e transmissão são distribuídos única e exclusivamente entre os consumidores cativos, acabava encarecendo a tarifa dos consumidores do Amazonas de forma transversal.”
LOC.: Mais da metade da tarifa de energia elétrica dos brasileiros hoje é composta por encargos, subsídios e impostos. A vice-presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (ABRACE), Daniela Coutinho, destacou que a geração distribuída é o caminho mais sustentável para o futuro, mas é preciso rever essas regras, visto que os que possuem geração distribuída usam o sistema de distribuição e não pagam por esse serviço, gerando custos para os demais consumidores.
Além disso, os custos para gerar energia solar caíram muito nos últimos anos, com equipamentos mais eficientes e mais baratos.
TEC./SONORA: Daniela Coutinho, vice-presidente da ABRACE.
“É perfeitamente possível seu crescimento de forma sustentável e equilibrada, sem pesar para os demais consumidores e especialmente para a indústria, que tem a sua competitividade fortemente afetada pelo custo da energia elétrica.”
LOC.: O setor produtivo sofre com a alta carga de impostos e subsídios embutidos na conta de luz, o que vem afetando a sua competitividade e a retomada da economia.
Para que a modalidade distribuída se desenvolva de forma sustentável, de acordo com a associação, os subsídios repassados via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) devem ser equilibrados, sem sobrecarregar o consumidor de energia e especialmente o consumidor industrial.
Reportagem, Rafaela Gonçalves