Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação
Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação

Itanhaém (SP) teve quase mil casos de dengue em apenas um ano

Mongaguá e Peruíbe também tem alta incidência da doença

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A taxa de incidência de dengue na região, ou seja a quantidade de pessoas com a doença a cada 100 mil habitantes, é uma das mais altas do país. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a zika e a chikungunya. A  paulista Tereza Cristina de Souza, de 60 anos, foi vítima do Aedes aegypti por quatro vezes: teve dengue três vezes e pegou zika uma vez. 

Tereza conta. que teve todos os sintomas da doença. "“Tive dengue, febre, dores nas juntas, vermelhidão no corpo, boca amarga e dor de cabeça. E fiquei ruim por uma semana." Tereza disse ainda que depois que melhorou o marido pegou a doença e que até hoje sente dores nas mãos. Quando teve zika, a dona de casa também sentiu muito incômodo.

 Itanhaém (SP) teve 995 casos de dengue em 2021.  Mongaguá e Peruíbe também tem alta incidência da doença.  

O coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, explica que, hoje, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios do país. O que não quer dizer que as cidades vizinhas não devam se preocupar com a doença, ele acrescenta.

“O vírus da dengue tem um potencial de distribuição geográfica muito rápida e muito grande", informa Peterka.

Dengue: mais de 70% dos casos se concentram em cerca de 200 municípios, nas demais cidades também devem agir

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. 

Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

Sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

Brasil tem queda de 42,6% nos casos de dengue entre 2020 e 2021, mas números ainda são altos

Cuidados necessários 

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

  1. Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
  2. Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
  3. Feche bem os sacos e lixo.
  4. Guarde os pneus em locais cobertos.
  5. Tampe bem a caixa-d´água.
  6. Limpe as calhas.

Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina. 

Veja no mapa a incidência de dengue no seu município

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