LOC.: A quebra de patente de vacinas sugeridas nos projetos de lei 12/2021 e1171/2021 vai gerar mais desconfiança sobre o Brasil e aumentar os problemas do país no campo diplomático. É o que acredita o senador Carlos Viana (PSD-MG).
Além disso, o parlamentar explica que as medidas propostas não garantem acesso a como fabricar a vacina contra a Covid-19, pois a patente se relaciona apenas sobre a forma de comércio e não sobre a fabricação.
TEC./SONORA: Carlos Viana, senador
“Apenas quebrar o acordo comercial não nos dá, naturalmente, o conhecimento necessário para que a vacina seja produzida. Daí, mais uma vez, a necessidade que toda e qualquer decisão seja tomada mediante consenso internacional, para que seja fruto de um acordo e da remuneração correta para a pesquisa científica.”
LOC.: Pelos termos do PL 12/2021, por exemplo, o Brasil é dispensado de cumprir algumas exigências adotadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), o que acarreta rompimento do acordo Trips.
Advogado Especialista em Direito Público, Eliseu Silveira explica que a quebra de patentes das vacinas pode ter boas intenções, inicialmente. No entanto, pode acarretar complicações jurídicas e financeiras às companhias e ao governo, no futuro.
TEC./SONORA: Eliseu Silveira, advogado Especialista em Direito Público
“Acontece que, o simples descumprimento temporário do acordo Trips pode causar implicações jurídicas mais graves no futuro. A suspensão do acordo Trips e a suspensão do direito dessas empresas de terem recebimento de royalties pode gerar, no futuro, uma implicação financeira tanto para o governo brasileiro quanto para essas empresas que estão comprando vacina.”
LOC.: Em Minas Gerais, a primeira dose da vacina contra a Covid-19 foi aplicada em quase 3 milhões. Por outro lado, até o momento, o total de doses aplicadas na segunda fase de imunização está em pouco mais de 1 milhão. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde.
Reportagem, Marquezan Araújo
NOTA
LOC.: A quebra de patente de vacinas sugeridas nos projetos de lei 12/2021 e1171/2021 vai gerar mais desconfiança sobre o Brasil e aumentar os problemas do país no campo diplomático. É o que acredita o senador Carlos Viana (PSD-MG).
Além disso, o parlamentar explica que as medidas propostas não garantem acesso a como fabricar a vacina contra a Covid-19, pois a patente se relaciona apenas sobre a forma de comércio e não sobre a fabricação.
Carlos Viana esclarece, ainda, que as duas matérias representam o rompimento unilateral do Acordo Trips, por parte do Brasil, o que também não vai contribuir para ampliar e acelerar o acesso da população à vacina contra a Covid-19.
Em Minas Gerais, a primeira dose da vacina contra a doença foi aplicada em quase 3 milhões de pessoas. Por outro lado, até o momento, o total de doses aplicadas na segunda fase de imunização está em pouco mais de 1 milhão. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde.
Reportagem, Marquezan Araújo