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Sul do Piauí registra maior índice de casos de dengue em 2021

No estado, foram 3.446 notificações de dengue e 229 de chikungunya

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Mesmo com a adoção de medidas preventivas ao longo de todo o ano de 2021, o Piauí ainda requer atenção para o controle de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O número de casos de dengue registrados no estado no ano passado, apesar de menor que os registrados normalmente, não dispensa os cuidados que devem ser adotados pelas autoridades e pela população. 

É nessa época do ano, com temperaturas mais altas e chuvas mais abundantes que o mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya encontra melhores condições para se reproduzir. Então, não custa lembrar de ações simples que podem, e devem ser tomadas para que a população se mantenha sadia; como destaca o coordenador de Entomologia da Secretaria de Saúde do Piauí, Ocimar de Alencar.

"A orientação de manter o município limpo de lixo, manter os cuidados com relação aos criadouros, para não conter água de fácil acesso ao mosquito, para que ele se reproduza. Até porque a gente sabe que mais de 80% da proliferação do mosquito ocorre nos ambientes domiciliares, então os cidadãos podem interferir de forma direta nesse processo."

Ocimar de Alencar anunciou ainda que este mês já começa a ser feito o novo levantamento para registro dos casos de doenças transmitidas pelo Aedes. As ações de controle são rotineiras e intensificadas em momentos de surtos de doenças. Nestes momentos o fumacê entra em cena, com a aplicação de produtos específicos para controlar a proliferação do mosquito. 

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. 
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

https://brasil61.com/n/brasil-tem-queda-de-42-6-nos-casos-de-dengue-entre-2020-e-2021-mas-numeros-ainda-sao-altos-aede222986

Cuidados necessários 

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

  1. Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
  2. Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
  3. Feche bem os sacos e lixo.
  4. Guarde os pneus em locais cobertos.
  5. Tampe bem a caixa-d´água.
  6. Limpe as calhas.

Campanha do Ministério da Saúde orienta que as medidas para evitar água parada sejam incorporadas na rotina da população, como explica o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses da pasta, Cássio Peterka. 

“A grande importância de combater o mosquito é que não teremos pessoas doentes se não tivermos muitos mosquitos. Então a campanha desse ano ela traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para que ele faça uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça.”

Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina. 

Veja no mapa a incidência de dengue no seu município

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