Data de publicação: 25 de Setembro de 2023, 01:30h
LOC.: A geração de energia elétrica em usinas eólicas offshore pode ampliar em 3,6 vezes a capacidade energética do país. É o que aponta um estudo da Confederação Nacional da Indústria, a CNI.
Segundo o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, a exploração da energia eólica offshore associada à produção de hidrogênio de baixo carbono pode aumentar a competitividade do Brasil no cenário internacional.
TEC./SONORA: Davi Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI
“Hoje temos no Brasil um potencial de 700 gigawatts totalmente inexplorado, mas que pode mudar radicalmente o panorama energético do país, principalmente quando se conecta com outras agendas, como o próprio hidrogênio sustentável, o qual o Brasil tem grandes vantagens comparativas de produção e atendimento à demanda, principalmente internacional.”
LOC.: A CNI fez um mapeamento da faixa costeira do Brasil e identificou as áreas com maiores oportunidades de exploração das usinas eólicas em mar. São elas: a região entre os estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte; a área entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo; e a região da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.
A presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, afirma que a abertura de parques eólicos offshore nessas regiões vai atrair novos investimentos.
TEC./SONORA: Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica.
“Está havendo uma corrida de investimentos, principalmente das empresas do setor de óleo e gás, que estão querendo investir em energias renováveis. E por já conhecer a exploração do mar, elas têm muito interesse em investir em eólica offshore. Então abrir essa nova tecnologia para investimento vai ser muito importante para o Brasil, porque isso vai trazer PIB, vai trazer geração de emprego e de renda para a população.”
LOC.: Para garantir mais previsibilidade, regras claras e segurança jurídica aos investimentos em energia eólica offshore, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que regulamenta o modelo de cessão de áreas, a cobrança de outorgas e os critérios para a realização de leilões.
O projeto de lei já passou pelo Senado e, na Câmara dos Deputados, está aguardando a designação de um relator na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Casa.
A estimativa da Associação Brasileira de Energia Eólica é que o Congresso aprove o projeto de lei ainda este ano, para que o primeiro leilão seja realizado em 2024 e a construção dos parques eólicos ocorra até 2028.
Reportagem, Paloma Custódio