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O empresário Fausto Rossi tem 30 anos e é sócio da empresa Widesys – Softwares para imobiliárias e corretores de imóveis, na cidade de Pato Branco (PR). Ele conta que, aos poucos, o negócio foi ganhando corpo à medida que foram sendo agregados recursos de website para publicar anúncios na internet e integrá-los com redes sociais, além dos principais portais imobiliários do país.
Enquanto muitos empreendimentos tiveram que fechar as portas por causa das medidas de segurança exigidas em virtude da pandemia, Fausto Rossi afirma que, para ele, houve resultado positivo, com um aumento de 170% nas vendas, na comparação com o mesmo período de 2019.
“Isso deve-se, por exemplo, às imobiliárias que abriram os olhos para a tecnologia, buscando enfrentar esse momento "desconectado" mas sem perder a conexão com seus clientes. Outro exemplo são as imobiliárias que já possuíam um sistema de gestão, mas que na busca de reduzir seus custos acabaram buscando soluções que atendessem às necessidades com um valor mais acessível, como as nossas soluções”, destaca o empresário.
“Sempre estivemos envolvidos com os programas do Sebrae e atualmente estamos participando do programa Tech by Sebrae, do Sebrae/PR. Já passamos por todas as ações da linha de startups até chegar ao Tech by Sebrae, o que contribuiu muito para que estivéssemos melhor preparados na chegada da pandemia”, justifica Fausto Rossi.
Assim como Rossi, outros empreendedores brasileiros conseguiram driblar a crise por meio da aquisição de novos conhecimentos e ampliação do desenvolvimento da empresa. Nesse sentido, uma iniciativa do Ministério da Economia visa justamente proporcionar a disseminação de programas para remover obstáculos que atingem a produtividade e a competitividade. Trata-se do Mobilização pelo Emprego e Produtividade.
O programa é dividido em planos macros, nos quais há a presença de ações mais específicas que atendem de acordo com a necessidade de cada localidade e empreendimento. No geral, o intuito é mobilizar governos locais e representantes do setor produtivo na direção de aprovar políticas públicas que possam simplificar a vida de quem produz e gerar mais emprego e renda.
A meta é que a iniciativa seja instalada em todas as Unidades da Federação, com o apoio de governos estaduais e do Sebrae. A “caravana” de instalação do programa já passou, por exemplo, por estados como Ceará, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Pernambuco e São Paulo.
Uma das contribuições do Sebrae dentro do Mobilização pelo Emprego e Produtividade foi a implementação da estratégia de Encadeamento Produtivo. A ideia é promover a inserção competitiva e a melhoria do desempenho dos empreendimentos de pequeno porte, sejam fornecedores, desenvolvedores, startups e empresas de base tecnológica.
Marcelo Marinho, de 47 anos, é morador de Aracaju (SE) e proprietário da empresa CPF Parafusos, que fabrica e comercializa esse tipo de peça. Atualmente, a empresa conta com oito funcionários. Marcelo explica que teve que fechar as portas por um tempo e, na reabertura, enfrentou dificuldades para encontrar matéria-prima e até mesmo produtos.
No entanto, a esperança de uma retomada segura para Marcelo também está atribuída a programas ofertados pelo Sebrae, como o Encadeamento Produtivo, que está entre os quais ele já aderiu para fortalecer as estratégias da CPF Parafusos.
“O Sebrae nos ajuda desde o começo da nossa empresa, em 1996. Nem você acredita no seu potencial, mas eles acreditam. Muitas vezes dá vontade de desistir, mas eles vão contra o desestímulo. Nós participamos bastante de projetos deles e sempre foi benéfico para todos”, avalia Marinho.
O propósito do programa é, de um lado, identificar a demanda tecnológica e de gestão do mercado, de outro, a oferta das pequenas empresas junto às médias e grandes empresas. Após essa fase, o Sebrae e instituições parceiras dão início às ações que preparam as pequenas empresas para atenderem aos requisitos demandados pelo mercado e aproximam demandantes e ofertantes.
Com esse alinhamento, é possível favorecer o comprometimento e o aumento da confiança nas relações, além de fazer com que médias, grandes empresas e pequenos negócios compartilhem resultados a serem alcançados de forma conjunta, no médio e longo prazo.
Na avaliação do diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Eduardo Diogo, fazer muito não significa, necessariamente, que está se fazendo o suficiente. Segundo ele, o País precisa avançar economicamente e, para isso, é preciso que haja o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para micro e pequenas empresas, como é o caso dessa mobilização.
“Temos que fazer mais e precisamos de cada um de vocês para nos ajudar, para cobrar de todos nós. A maneira que se mede a eficiência de uma organização é efetivamente o desempenho do público-alvo que ela se propõe a ajudar. E a gente vê o nosso público-alvo: 14,3 milhões de pessoas no Brasil inteiro e ainda temos muito a fazer para elas”, destaca.
Os pequenos empreendimentos podem contar, ainda, com mais uma estratégia elaborada pelo Sebrae no sentido de promover a visibilidade e o desenvolvimento desses negócios. A entidade lançou o documento “Guia do Candidato Empreendedor” com o apoio Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), do Instituto Rui Barbosa, com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil.
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No guia, o gestor terá acesso a pacotes de produtos para que os municípios possam fortalecer o desenvolvimento, permitindo o aprimoramento contínuo do ambiente de negócios, dando prioridade para o setor econômico mais favorável para o local.
O documento, intitulado “Seja um candidato empreendedor – 10 dicas do Sebrae”, trata-se de um compilado de informações que podem auxiliar candidatos (as) a prefeito (a) e vereador (a) nas eleições municipais deste ano. A dica é valorizar os pequenos negócios, já que esses empreendimentos são relevantes no processo de geração de emprego e renda.
Entre as orientações está a inclusão do desenvolvimento econômico na agenda de prioridades da gestão municipal, a construção de parcerias com o setor produtivo, o investimento em programas de desenvolvimento a partir das vocações e proporcionar a formalização de empreendimento e de Micro e Pequenas Empresas.
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