LOC: Olá, sejam bem-vindos ao Entrevistado da Semana. Eu sou Jalila Arabi e comigo está o presidente do Inep, Alexandre Lopes. Nós vamos falar sobre as provas do Enem, que serão aplicadas ainda neste mês de janeiro.
Presidente, muito obrigada por nos receber.
TEC./SONORA: Alexandre Lopes, presidente do Inep
“Obrigado por estar aqui com vocês.”
LOC.: Presidente, para começar, quais as principais medidas de segurança contra a Covid-19 elaboradas pelo Inep para quem vai fazer a prova do Enem?
TEC./SONORA: Alexandre Lopes, presidente do Inep
“A principal foi o distanciamento. Colocamos menos alunos em cada sala, garantindo um espaçamento maior entre eles. O uso da máscara será obrigatório. Tanto os participantes quanto os aplicadores terão que usar a máscara durante todo o período da prova. Além disso, intensificamos a higienização. Vamos fazer uma limpeza maior nas áreas de uso comum, como banheiros, corredores. Também vamos disponibilizar álcool em gel para todos os participantes do Enem e a identificação do aluno será do lado de fora, de modo que só vai entrar no ambiente da sala aquelas pessoas que vão fazer a prova naquele local.”
LOC.: E o senhor considera que essas medidas também vão funcionar em municípios menores, sem muita estrutura ou pessoas para fazerem uma fiscalização adequada? O que o Inep vai fazer para auxiliar esses municípios?
TEC./SONORA: Alexandre Lopes, presidente do Inep
“Já temos uma experiência de aplicação do Enem em mais de 1,7 mil municípios. Fizemos uma visita prévia às escolas e às instalações, então o consórcio aplicador foi pessoalmente a todos os locais de prova. Serão cerca de 14 mil locais de prova neste ano. Nós temos um trabalho intenso de capacitação dos aplicadores. Nesse ano, algumas capacitações que eram feitas presencialmente foram realizadas a distância, mas foram feitas. Houve todo um trabalho de treinamento, de capacitação com aquelas pessoas que vão participar no dia da aplicação do Enem e reforçando as orientações em relação às medidas de segurança por conta da Covid-19.”
LOC.: Mesmo com a pandemia, essa edição do Enem recebeu mais de 5 milhões e 700 mil inscrições, um aumento de 13% em relação a 2019. A que o senhor atrela isso?
TEC./SONORA: Alexandre Lopes, presidente do Inep
“Durante o período de inscrição, houve uma maior exposição e discussão na imprensa. Então uma maior divulgação do período [de inscrições do Enem] pode ter ajudado a aumentar a quantidade. A outra medida foi um trabalho que nós fizemos com os secretários estaduais de educação. Junto com o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), trouxemos nesse ano de 2020 uma novidade. Todos os dias, a gente mandava para as secretarias um mapa dos inscritos da rede pública por município. O secretário sabia como estava a inscrição dos seus alunos dentro do estado. Então, ele podia trabalhar com sua rede, com seus diretores para que os alunos fossem inscritos. Esse trabalho conjunto com os secretários de Educação foi muito importante e acho que ajudou a aumentar a quantidade de inscritos. Tivemos estados em que a quantidade de inscritos concluintes do ensino médio da rede pública foi 100% maior que em 2019, e acreditamos que foi esse trabalho de parceria nosso com os secretários de Educação.”
LOC.: Caso o candidato descubra que está com Covid-19 pouco antes da prova, o que ele deve fazer? Existe um prazo certo para avisar o Inep?
TEC./SONORA: Alexandre Lopes, presidente do Inep
“Isso também é uma novidade. Não só por conta da Covid-19, mas no edital do Enem tem uma relação de doenças infectocontagiosas que dá direito ao participante fazer a reaplicação em fevereiro, nos dias 23 e 24 de fevereiro. Se ele tiver alguma dessas doenças, na semana anterior ao domingo de prova – e ele pode fazer isso tanto no primeiro quanto no segundo dia de prova – ele vai entrar na página do participante, solicitar fazer a prova de reaplicação e vai juntar a documentação necessária. Por exemplo: o exame, o laudo médico. A gente vai analisar e pode conceder realização da prova de reaplicação. Isso é para garantir que as pessoas que tenham doença contagiosa não vão ao local de prova, que fiquem em casa, mas não percam o Enem.”
LOC.: E para tranquilizar os estudantes, o senhor pode reforçar o que é preciso levar no dia das provas? A que horas é preciso chegar para não se atrasar?
TEC./SONORA: Alexandre Lopes, presidente do Inep
“O tempo de prova e a abertura dos portões são os mesmos das outras edições do Enem. O que ele precisa levar: primeiro, uma caneta transparente de tinta preta. Além disso, é obrigatório o uso de máscara. Ele tem que levar máscara ou mais de uma se ele quiser trocar durante a aplicação. Tem que tomar cuidado também com dispositivos eletrônicos. Implementamos em 2019, e vamos fazer de novo nesse ano, que se algum dispositivo eletrônico tocar durante a aplicação da prova, mesmo que esteja no porta-objetos debaixo da cadeira, o participante será eliminado. Então é importante tomar cuidado, desligar o celular, desligar os alarmes. E levar um documento original com foto. Não é obrigatório, mas a gente orienta que leve o cartão de confirmação porque lá tem o local de prova, para ele não se confundir. Essa é uma sugestão, não é obrigatório. Obrigatório é o uso da máscara, do documento original com foto e o uso da caneta preta de corpo transparente. E ter tranquilidade. Acho que agora, na reta final, tem que ter serenidade, tranquilidade, focar na realização da prova. Nós investimos mais de R$ 69 milhões só em medidas de prevenção à Covid-19. Houve investimento, um grande trabalho de planejamento para que a prova seja aplicada com segurança. O jovem deve se preocupar agora com a prova, fazer uma boa prova e ter um bom resultado.”
LOC.: Presidente, muito obrigada pelos esclarecimentos sobre o Enem.
TEC./SONORA: Alexandre Lopes, presidente do Inep
“Eu que agradeço, sempre à disposição de vocês.”
LOC: Nós conversamos com o presidente do Inep, Alexandre Lopes. O Entrevistado da Semana fica por aqui. Obrigada pela sua audiência e até a próxima. Tchau!