LOC.: As equipes de Atenção Básica de Mato Grosso realizaram oito mil consultas de pré-natal que abrangem seis ou mais atendimentos por gestante, em 2021. Essa é a quantidade mínima recomendada pelo Ministério da Saúde. No Brasil, o número foi de quase 408 mil durante o mesmo período. Os dados são do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica.
Mesmo com cobertura pré-natal pelo SUS em todas as regiões do país, o quadro de mortalidade materna e infantil acende o alerta das autoridades de saúde. Isso porque 90% das causas de mortes durante a gravidez ou parto, como hipertensão, hemorragia e síndromes infecciosas, podem ser evitadas com atenção à saúde precoce e de qualidade.
Para reverter essa situação, o Ministério da Saúde vai investir, em 2022, mais R$ 624 milhões ao financiamento atual de R$ 977 milhões para reestruturar a rede de saúde materna-infantil brasileira.
Segundo a diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Lana Aguiar, garantir atendimento humanizado e mais próximo possível do cidadão é uma responsabilidade compartilhada entre governo federal, estados e municípios.
TEC./SONORA.: Lana Aguiar, diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde
“O enfrentamento da mortalidade materna é uma responsabilidade de todos os gestores das três esferas de governo, do gestor federal, estadual e do municipal, bem como uma responsabilidade de toda a sociedade. Aos estados e municípios cabe a organização da rede de atenção materna e infantil do seu território, de modo a atender a necessidade específica dessa população feminina.”
LOC.: O pré-natal segue um protocolo para monitoramento da saúde da gestante e do bebê. Durante os atendimentos, os profissionais de saúde preparam as mulheres para a maternidade por meio de orientações sobre hábitos de vida e higiene pré-natal, conversam sobre a importância de manter o estado nutricional apropriado e sobre o uso de medicações. As consultas também tratam das manifestações físicas próprias da gravidez, servem de apoio psicológico para as futuras mamães e são um momento importante para a gestante tirar dúvidas e dividir preocupações e experiências.
Um trabalho estruturado que oferece acolhimento e respeito, mas também depende de planejamento e organização, como detalha a diretora do Departamento de Saúde da Família, Renata Costa.
“Não só financiamos as ações, como estabelecemos diretrizes e orientações técnicas para o desenvolvimento de todas elas. Um dos nossos indicadores de desempenho é o pré-natal das gestantes. Queremos evitar que crianças fiquem órfãs, quando perdem a mãe na hora do parto, e que mães não percam seus filhos por conta de uma morte infantil que seria evitável se tivesse o cuidado adequado.”
LOC.: Para mais informações, acesse o site do Ministério da Saúde: gov.br/saude. Ou entre em contato com a Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso, pelo telefone (65) 3613-5387.
Reportagem, Gabriel Spies e Rafaela Gonçalves