Data de publicação: 22 de Junho de 2022, 16:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:35h
Mais de 260 mil mulheres tiveram parto em gestação de alto risco no Brasil (cesariano e normal), de acordo com dados preliminares do Ministério da Saúde. O atendimento à gestante de alto risco é uma das prioridades da pasta, que deve investir R$ 1,6 bilhão na ampliação da Rede de Atendimento Materno Infantil (Rami). Mas para prevenir problemas, as mulheres devem buscar atendimento logo no início da gestação, até a 12ª semana de gravidez.
Os exames rápidos feitos na primeira consulta da gestante no Sistema Único de Saúde (SUS), como HIV e sífilis e os testes para identificação de disfunções no sangue, podem indicar a necessidade de um cuidado especial para a mulher e o bebê. Nesses casos, chamados de gravidez de alto risco, o SUS também oferece assistência integral.
O acompanhamento pré-natal adequado garante uma gestação mais saudável e diminui os riscos de morte materna ou fetais. Em 2020, segundo o governo federal, foram 1.965 óbitos maternos, número 24,2% maior do que em 2019. De acordo com a diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, Lana de Lourdes Aguiar Lima, a redução desse número é um dos principais objetivos da pasta. “Estratégias inovadoras, com recursos da Saúde Digital, estão sendo incentivados para melhoria da qualidade e do acesso às gestantes que enfrentam as barreiras de acesso comumente encontradas nas áreas remotas do país”, diz.
A enfermeira da rede pública de saúde do Distrito Federal, Isabella Damascena, alerta que não existe gestação sem risco. “A maioria tem baixo risco, mas quando há alteração, pressão alta por exemplo, há o pré-natal específico de alto risco na rede pública”, explica.
A gravidez de alto risco exige acompanhamento mais específico e em geral em clínicas materno-infantis ou hospitais, para que as gestantes sejam acompanhadas por profissionais especializados. Se em uma gestação for constatada a má formação do feto, por exemplo, essa mulher precisa ser encaminhada para uma unidade de saúde que tenha especialidade em medicina fetal, o que ocorre a partir da Atenção Secundária.
“A mulher, quando apresenta alterações durante o pré natal, tem risco aumentado de desenvolver alguma doença após a gestação e de complicar essa patologia. Por isso precisamos do cuidado específico e rigoroso”, completa a enfermeira Isabella.
Entre os fatores que caracterizam uma gravidez de risco estão:
- Doenças hipertensiva
- Gestação gemelar
- Placenta prévia
- Malformações fetais
- Diabetes gestacional
- Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis
- Problemas em gestações anteriores
Toda gestante tem direito ao pré-natal no SUS Após constatação da gravidez por exame de sangue, que pode ser feito em qualquer posto de saúde ou hospital público, a mulher deve comparecer a um posto de saúde com identidade e comprovante de residência.
Para mais informações, acesse o site do Ministério da Saúde: saude.gov.br