Luiz Carlos Hauly. Foto: Will Shutter/ Câmara dos Deputados
Luiz Carlos Hauly. Foto: Will Shutter/ Câmara dos Deputados

Luiz Carlos Hauly afirma que Brasil vai crescer 9% ao ano após reforma tributária

Cobrança eletrônica automática de impostos seria a alternativa para reduzir a burocracia no sistema brasileiro, segundo o economista

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

ÚLTIMAS SOBRE ECONOMIA


Para o economista Luiz Carlos Hauly, que defende a aprovação da reforma tributária (PEC 110/2019), uma saída válida para simplificar o sistema brasileira é a implementação de tecnologia para cobrança automática de impostos. O especialista em tributação destacou o modelo Abuhab 5.0, que cobra o imposto a partir da nota fiscal. 

“Ao fazer automatizado, nós vamos eliminar uma gordura trans enorme desse processo. Deixando as cadeias produtivas neutras, o Brasil vai se tornar o país com maior capacidade concorrencial do mundo, e vai crescer a 9% ao ano. Crédito frio, nota calçada, nota paralela, isso vai ser totalmente eliminado com automação proposta”, considerou. 

A declaração foi feita nesta sexta-feira (11), na Comissão Senado do Futuro (CSF), onde senadores e especialistas na área tributária se reuniram com  objetivo de debater a necessidade de reduzir a burocracia no sistema brasileiro de cobrança de impostos.

Relator do marco do setor elétrico acredita que projeto será aprovado este ano na Câmara dos Deputados

COMBUSTÍVEIS: senador pede urgência em tramitação de PEC que busca reduzir preço do diesel e do gás de cozinha

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também defendeu a modernização no sistema de cobrança de impostos. Segundo o parlamentar, o Brasil precisa investir mais em processos que diminuam burocracias que impedem o crescimento econômico e social do país. 

“Não dá para se ter uma boa arrecadação e um bom sistema funcionando se não houver um sistema informatizado, digitalizado. E, no Brasil, não tem. O próprio governo é totalmente analógico. No Brasil, temos um orçamento de R$ de 150 bilhões para a Saúde, mas não há controle de estoque de medicamento”, pontuou. 

Impactos imediatos 

Se a tecnologia sugerida for de fato implantada, os impactos serão imediatos no dia a dia das transações de consumo. A medida visa simplificar a comercialização de qualquer mercadoria.

Segundo o idealizador dessa ferramenta, o empresário e fundador do Destrava Brasil, Miguel Abuhab, o modelo já foi apresentado ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, e para as principais instituições financeiras do Brasil.

“A nossa proposta é que o valor e o número da nota fiscal sejam integrados com o sistema bancário. O imposto passa a ser calculado e conferido pelo estado, o recolhimento é automático pelo sistema bancário, as transações bancárias passam a ter suporte contábil. Teremos uma carga tributária adequada na base do consumo e, finalmente, impostos não cumulativos”, explicou. 

A partir desse modelo, a cobrança do imposto será feita a cada circulação do dinheiro e não da mercadoria, como é atualmente. O tributo será retido de forma automática a cada pagamento de nota fiscal e ficará na cidade e estado onde se realiza o consumo. 

A expectativa é de que isso também acarrete o fim da cumulatividade de impostos para as empresas, e a partilha e a transferência diária da arrecadação do IBS (Imposto sobre bens e serviços) para a União, estados e municípios. Para o contribuinte, será o fim da autodeclaração e da maior parte da burocracia contábil. 
 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.