LOC.: O mercado regulado de carbono está prestes a virar lei. O projeto, já aprovado nas duas casas legislativas, foi enviado para a sanção do presidente Lula. Depois disso, passará por um período de regulamentação. Na proposta constam dois tipos de mercado: o regulado e o voluntário. A implantação do mercado regulado será feita de forma gradual ao longo de seis anos.
As empresas que terão algum tipo de controle no mercado regulado de carbono são as mais poluentes — como as que produzem petróleo, gás, carvão e cimento — e que liberaram para a atmosfera mais de 10 mil toneladas de CO² por ano. E as que estão entre 10 mil e 25 mil toneladas de CO² ano terão regras mais rígidas.
As mais poluentes precisam se submeter ao órgão gestor do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). Com isso, as empresas deverão entregar ao SBCE um plano de monitoramento das emissões, assim como um relatório anual de emissões e remoções de gases.
Para as empresas que ficarem acima desse patamar — de 25 mil toneladas de CO² ano — as obrigações ainda incluem o envio anual de um relato de conciliação periódica de obrigações, documento que deverá comprovar que as emissões de gases poluentes foram iguais À captação desses gases.
Serão 5 fases de implantação da lei. Nos dois primeiros anos será a fase de regulamentação; na fase seguinte os operadores das atividades reguladas terão um ano para implantar instrumentos de medição para fazer o relato das emissões; depois haverá uma fase de apresentação de relatório ao órgão regulador e só então será feita a implantação plena.
Reportagem, Livia Braz