LOC.: O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, anulou nesta segunda-feira (8) todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no âmbito da Operação Lava Jato.
A decisão de Fachin não torna o ex-presidente inocente, mas considerou que o ex-juiz federal Sérgio Moro e a juíza federal Gabriela Hardt, que o substituiu em seguida, não poderiam julgá-lo nesses três casos específicos.
O especialista em Advocacia Estratégica Luís Maximiliano Telesca acredita que a decisão do ministro está correta.
“Se o plenário do STF falou que os casos de corrupção na Petrobras são investigados em Curitiba ok, mas aqueles que não tem conexão direta com a Petrobras não têm que ser julgados lá.”
LOC.: Segundo o ministro, outros casos de agentes políticos denunciados em circunstâncias semelhantes às de Lula, a 2ª Turma do Supremo já vinha transferindo esses processos para a Justiça Federal do Distrito Federal.
O advogado criminalista do escritório Marcílio e Zardi Advogados, Leandro Pachani, considerou a decisão do ministro estratégica.
“Por mais que se reconheça a incompetência, é fundamental que não se deixe de lado a suspensão, sobretudo pela lógica que está sendo demonstrada através dos diálogos que foram captados pela Operação Spoofing.”
LOC.: A operação investiga as invasões às contas de Telegram de autoridades brasileiras e de pessoas relacionadas à operação Lava Jato. Para o advogado, o ministro teria se antecipado ao julgamento da parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro.
A decisão não zera o jogo, processos contra Lula serão entregues à seção judiciária federal do Distrito Federal para uma reanálise. No entanto, a Procuradoria Geral da República (PGR) já anunciou que recorrerá à anulação.
Reportagem, Rafaela Gonçalves
NOTA
LOC.: O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, anulou nesta segunda-feira (8), todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no âmbito da Operação Lava Jato.
A decisão de Fachin não torna o ex-presidente inocente, mas considerou que o ex-juiz federal Sérgio Moro e a juíza federal Gabriela Hardt, que o substituiu em seguida, não poderiam julgá-lo nesses três casos específicos.
Juristas dividem opiniões a respeito da decisão. Alguns defendem a atuação. Outros acreditam que foi uma decisão estratégica, pela proximidade do julgamento da parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro no âmbito da Operação Spoofing, que investiga os diálogos vazados do Telegram à época do julgamento de Lula.
Reportagem, Rafaela Gonçalves