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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (14) que metade da população brasileira vacinável, isto é, acima dos 18 anos, vai receber as duas doses da vacina contra a Covid-19 até setembro. A projeção de imunização de 50% dos adultos, aproximadamente 80 milhões de pessoas, foi dada por Queiroga à Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
“Foi perguntado quando teríamos um maior percentual da população vacinada com a segunda dose. A expectativa é de que em setembro tenhamos 50% da população vacinável, ou seja, acima de 18 anos, imunizada”, declarou.
Queiroga voltou a confirmar que, com o andamento da vacinação no país, será possível vacinar toda a população brasileira adulta com duas doses até o fim do ano. Já o grupo mais vulnerável de pessoas deve ter completado o esquema vacinal até setembro.
Até o final de agosto, o Brasil deve receber cerca de 100 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus. São esses números que dão suporte à projeção do ministro da Saúde, que explica as ações da pasta para acelerar a campanha de vacinação.
“O que o MS tem feito é buscar a antecipação de doses, o que já conseguimos com a Jassen, cerca de 1,8 mi de doses, que estavam previstas para o último trimestre. Também conseguimos antecipação de 7 mi de doses da Pfizer para julho”, destacou.
O ministro da Saúde relatou que se reuniu com Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, nesta terça-feira (13). Do encontro, ficou acordado que o Consórcio Covax Facilty, iniciativa liderada pela organização para aquisição e distribuição de imunizantes, vai enviar quatro milhões de doses ao Brasil nas próximas semanas. Um milhão deve chegar até amanhã, disse Queiroga. Mais três milhões de vacinas desembarcam no país nas próximas semanas.
O Ministério da Saúde distribuiu mais de 147 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para estados e municípios. Dessas, 117 milhões foram aplicadas, sendo cerca de 85,7 milhões referentes à primeira dose e 31,6 milhões à dose de reforço ou única, no caso do imunizante da Janssen.
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Durante a audiência, o ministro da Saúde foi questionado sobre os entes da federação que estão antecipando a aplicação da segunda dose de vacinas, como alternativa para frear o avanço de variantes da Covid-19 pelo país. O estado do Rio de Janeiro, por exemplo, vai antecipar em quatro semanas a dose de reforço da vacina da AstraZeneca, cujo intervalo entre as duas doses recomendado é o dobro.
Queiroga afirmou que deveria prevalecer o intervalo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o mesmo que é informado pelas fabricantes das vacinas durante o processo de obtenção do registro. "Não há um consenso na ciência a respeito disso. Pelo contrário. O que tenho visto é os pesquisadores da AstraZeneca dizerem que o espaçamento garante maior eficácia das vacinas”, avaliou.
Ele também lembrou que 3,4 milhões de brasileiros não retornaram às salas de vacinação para tomar a segunda dose. O problema ensejou até a criação de uma campanha de conscientização promovida pela pasta em suas redes sociais.
O ministro da Saúde também esclareceu qual o entendimento do órgão sobre a inclusão dos adolescentes entre 12 e 18 anos entre as pessoas que devem receber a vacina. Atualmente, o Programa Nacional de Imunização (PNI) só prevê a imunização de pessoas que atingiram a maioridade.
No Brasil, apenas a Pfizer tem autorização da Anvisa para vacinar adolescentes. Queiroga disse que o Ministério da Saúde deve se posicionar sobre o assunto nas próximas semanas. “Não há uma evidência sólida em relação à vacinação de adolescentes. Mas isso é alvo de discussão no PNI e esse tema será discutido na próxima reunião do PNI, a inclusão de adolescentes entre 14 e 18 anos”, adiantou.
“Se esse grupo for incluído pelo PNI, essa decisão deve ser capilarizada para o Brasil inteiro. O que discordamos é que, na ponta, municípios de forma discricionária façam alterações no que foi pactuado pela Câmara Técnica Tripartite”, criticou.
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Mais uma vez, o ministro prometeu a implementação de uma política de testagem em massa da população. A meta do Ministério da Saúde é testar com o teste de antígeno até 20 milhões de brasileiros por mês. O programa já está aprovado em todas as esferas, com participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
A ideia do órgão é testar sintomáticos que deem entrada na Atenção Primária à Saúde em busca de atendimento e assintomáticos, em locais de grande circulação, como aeroportos, rodoviárias e transporte público, isolando os casos positivos e seus contactantes.
“Já distribuímos 3 milhões de testes de antígenos rápidos. Essa política de testagem já está aprovada. Estamos em detalhes finais para aquisição desses testes junto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Isso envolve não só o teste em si, mas o rastreamento desses indivíduos com o devido isolamento dos casos positivos”, concluiu.
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