LOC.: Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, mostram que o Brasil criou quase 203 mil empregos a mais com carteira assinada em julho. O número é a diferença entre o total de contratações menos os profissionais demitidos. O total de admissões chegou a 1,8 milhão. Já as demissões foram 1,6 milhão no período.
Segundo o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, o destaque foi para o setor de serviços que teve um saldo de mais de 81 mil novos postos de trabalho. Mas ele destaca o bom desempenho da indústria como contribuição para o crescimento de novas vagas.
TEC./SONORA: José Carlos Oliveira, ministro do Trabalho e Previdência
“Quero salientar que o crescimento do emprego ocorreu nas 27 Unidades da Federação, encabeçadas por São Paulo. Tivemos um crescimento nos cinco segmentos da economia. Também é o segundo mês consecutivo que o salário real de admissões cresce. Nós atribuímos a isso a queda da inflação, a participação da indústria, é o segundo mês que esse setor apresenta elevação; e a queda no desemprego.”
LOC.: Na indústria geral, o saldo foi de 50.503 admissões. Projeções do governo apontam que, para o setor, haverá crescimento nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro. Isso deve render um saldo positivo de aproximadamente 200 mil postos de trabalho.
O resultado pode, inclusive, contribuir para o aumento da média salarial, uma vez que os profissionais do setor costumam ter maior qualificação. É o caso do mineiro de Belo Horizonte Dalison Silva, de 37 anos, que buscou formação como técnico de refrigeração e climatização.
TEC./SONORA: Dalison Silva, empreendedor
“Graças a essa certificação, trilhei meu caminho profissional. Atualmente, estou me preparando para internacionalizar minha empresa. Darei continuidade à minha carreira profissional, aplicando meus conhecimentos adquiridos pelo SENAI e ao longo dos 19 anos de carreira profissional atuantes no Brasil, expandindo ao mercado americano.”
LOC.: De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, compilado pelo Observatório Nacional da Indústria, o setor vai demandar ainda 9 milhões e seiscentos mil trabalhadores qualificados em ocupações industriais até 2025. As áreas com maior demanda por formação são: transversais; metalmecânica; construção; logística e transporte; e alimentos e bebidas.
Reportagem, Marquezan Araújo