Foto: Sedec/MT
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Tecnologias espaciais podem auxiliar na compreensão da dinâmica de ocupação de uso territorial em Mato Grosso

Uso das tecnologias traz a necessidade de desenvolver agenda de conectividade

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O desenvolvimento industrial de Mato Grosso pode ser otimizado com o auxílio de tecnologias espaciais. Através do uso de satélites, o estado pode obter dados climáticos mais precisos, melhorar a compreensão da dinâmica de uso territorial, identificar características de solos e a incidência de minerais que possam ter aproveitamento econômico. Tudo isso abre caminho para extensão da atividade econômica mato-grossense.

“É toda uma inteligência territorial, que feita a partir de satélites tem baixo custo de operação e alta efetividade na sua operação. Isso vai permitir, por exemplo, que o estado de Mato Grosso e toda a sociedade possam compreender a ocupação e uso do território e identificar possibilidades de fraude e desmatamento ilegal”, explica Gustavo de Oliveira, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT). 

O uso das tecnologias espaciais, no entanto, passa pela ampliação da agenda de conectividade no estado. Mato Grosso tem a terceira maior área entre os entes federados (903,357 km²), ficando atrás apenas do Pará e do Amazonas. Isso faz com que investimentos em telecomunicações através de bases fixas terrestres tenham custo extremamente elevado, o que abre as portas para cobertura de transmissão de dados com tecnologia via satélite.

Um exemplo do uso de tecnologia espacial está na segurança do uso de equipamentos na agroindústria. Colheitadeiras e plantadeiras, por exemplo, passam a ter controle operacional em tempo real, o que facilita o monitoramento por parte dos proprietários e até dos agentes de segurança de onde o equipamento se encontra. 

“Alguns estudos na área da agroindústria apontam que equipamentos podem ter performance até 30% superior se operarem conectadas à internet, porque parâmetros de operação e parâmetros de programação vão sendo atualizados e corrigidos em tempo real, melhorando a performance”, destaca Gustavo de Oliveira. 

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Reunião

Em outubro, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, se reuniu com representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB) e apresentou as demandas do estado em relação ao setor espacial. Foi relatada a dificuldade com a conectividade na unidade da Federação e apresentadas as potencialidades do agronegócio, infraestrutura e logística que podem utilizar as tecnologias oferecidas pela agência espacial. 

O presidente da AEB, Carlos Augusto Teixeira de Moura, afirmou que sistemas espaciais podem enriquecer informações sobre financiamento de safras e riscos meteorológicos, além de dar mais segurança, não só para o produtor, mas também para o financiador. 

Segundo Carlos Moura, neste mês de novembro a equipe da Agência Espacial Brasileira deve apresentar ao governo do estado projetos e iniciativas que solucionem as demandas colhidas durante as visitas presenciais e videoconferências.

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