LOC.: O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) estuda transformar Fundos de Desenvolvimento Regional do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste em fundos de natureza privada. Segundo o Governo Federal, o objetivo da medida é fomentar a atividade econômica nessas regiões ao possibilitar a atração de investimentos privados para projetos de infraestrutura.
Pelo estudo da pasta, os fundos vão poder ser utilizados como garantidores de parcerias público-privadas (PPPs) e também atuar por meio da participação em fundos de investimento que tenham como foco áreas como saneamento básico, mobilidade urbana, iluminação pública e gestão de resíduos sólidos.
Segundo o Executivo, o atual saldo dos Fundos de Desenvolvimento é de R$ 6,5 bilhões. Pela proposta, esse valor poderia ser repassado para os novos fundos privados sem impactar no resultado primário.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o governo irá mexer a forma de atuação dos fundos.
TEC./SONORA: Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional
“O grande problema hoje do Brasil é a qualidade dos projetos que são apresentados para serem arrematados pela iniciativa privada. Nós estamos mudando a forma como os Fundos de Desenvolvimento Regional atuam para permitir que parte dos recursos que lá estão alocados sejam disponibilizados para estruturar esses projetos.”
LOC.: Outra mudança proposta pelo MDR trata da renegociação das dívidas referentes aos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. O objetivo é permitir às instituições financeiras administradoras – Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Banco do Brasil – a concessão de descontos nesse tipo de operação.
A advogada especialista em Direito Civil e Trabalhista, Amanda Caroline, explica que a proposta de renegociação de dívidas é passo importante para o desenvolvimento regional.
TEC./SONORA: Amanda Caroline, advogada.
“Essa prática tem uma característica muito importante que serve para fomentar a região onde esse empreendedor está estabelecido. A partir do momento em que são criadas condições para que o empreendedor consiga arcar com suas dívidas, o valor que ele vai pagar para os bancos vai ser revertido para que novas operações sejam feitas e estimular mais ainda o desenvolvimento regional.”
LOC.: Pelo estudo do Ministério do Desenvolvimento Regional, a renegociação de dívidas referentes aos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste poderá beneficiar 300 mil pessoas físicas e jurídicas das regiões com descontos de até 70% do valor total dos créditos a serem renegociados, com prazo de quitação de até 120 meses.