Data de publicação: 02 de Junho de 2023, 17:30h, atualizado em 02 de Junho de 2023, 17:30h
LOC.: A implementação de um piso salarial mais alto para enfermeiros, definido no Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN), que estabelece salários de R$ 2,3 mil a R$ 4,7 mil, tem gerado preocupações sobre o impacto financeiro nas prefeituras em todo o Brasil.
O prefeito de Sarandi (RS), Nilton Debastiani, expõe que para cobrir os gastos do reajuste, o município tem necessidade de um repasse de no mínimo R$ 100 mil por mês, R$ 1,2 milhão por ano.
TEC./SONORA: Nilton Debastiani - Prefeito de Sarandi
“Nós queremos que eles ganhem esse valor, eu acho que merecem, mas faz parte de um contexto, nós temos outras categorias dentro do município também e todas elas merecem, mas desde que haja uma fonte para suportar essas despesas.”
LOC.: No último dia 30, em uma reunião na Confederação Nacional de Municípios, o presidente da CNM Paulo Ziulkoski expressou que apesar de não serem contra o reajuste em si, a exigência do aumento do piso salarial da enfermagem poderá sobrecarregar os orçamentos municipais.
TEC./SONORA: Paulo Ziulkoski - Presidente da CNM
"Acho que todo mundo tem que ganhar bem e os enfermeiros têm que ganhar. Agora, tem que ter dinheiro para pagar. Nesse período, faltando um ano e meio para terminar o mandato, os municípios brasileiros já estão ultrapassando o limite de gastos em todas as áreas, com conta no vermelho. O que pode ser feito? Se um piso deste entrar em vigor, aprofunda essa crise."
LOC.: A CNM destacou que a atualização do salário mínimo para profissionais de enfermagem resultará em um aumento de R$ 10,5 bilhões nos custos municipais. Enquanto a PEC 25/2022 permanece parada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, prefeitos estão buscando pressionar os legisladores para a votação da proposta.
Reportagem, Sophia Stein