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Após o Ministério da Saúde confirmar, na última quarta-feira (25), a necessidade da terceira dose da vacina contra a Covid-19, estados já se mobilizam para iniciar a imunização. A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro informou, por nota, que a vacinação começará em setembro para idosos acima de 90 anos, para idosos que vivem em asilos, e também para imunossuprimidos, ou seja, pessoas que possuem sistema imunológico com baixa atividade. O esquema de vacinação será heterólogo, o que significa que a vacina usada não será a mesma das doses anteriores, como foi recomendado pelo Ministério da Saúde.
O carioca Miguel Felice, de 94 anos, recebeu com alegria a notícia da dose de reforço. “Que venha depressa! Isso [a vacina] me traz alegria, fico feliz em saber que vou tomar outra vacina, para mim foi uma tranquilidade. Estou até emocionado, obrigado pela terceira dose.”
A cidade do Rio de Janeiro já divulgou o cronograma de vacinação que inicia no dia 1º de setembro, paralelamente à vacinação de adolescentes. Do dia 1º ao dia 10, idosos que vivem em instituições de longa permanência receberão a terceira dose, a partir do dia 13 de setembro a vacinação segue até outubro, confira abaixo os calendários:
O município de Resende saiu na frente e deu início a imunização ainda no dia 30 de agosto. Os idosos residentes do Asilo Nicolino Gulhot receberam a dose de reforço nesta segunda-feira. A Secretaria Municipal informou que a dose utilizada foi a Pfizer e aguarda a chegada novas remessas de vacinas para divulgar informações sobre os próximos grupos que serão contemplados com a terceira dose.
A Secretaria de Saúde de Minas Gerais informou que a vacinação de reforço está prevista para o início do mês de setembro, mas enfatiza que o cronograma só será divulgado posteriormente porque depende da disponibilidade de doses enviadas pelo Governo Federal. “De acordo com a NOTA TÉCNICA Nº 27/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS, a administração de dose de reforço de vacinas contra a Covid-19 contemplará os idosos que deverão ser imunizados 6 meses após a última dose do esquema vacinal (segunda dose ou dose única), independente do imunizante aplicado”, afirmou a pasta.
O secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, explicou que a vacinação seguirá o esquema heterólogo da seguinte forma, "quem tomou Coronavac seu reforço vai ser ou com Astrazeneca ou com Janssen ou com Pfizer. Quem tomou Astrazeneca o reforço poderá ser dado ou por Coronavac ou com Pfizer."
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O Rio Grande do Sul deve iniciar a nova etapa de vacinação ainda na primeira quinzena de setembro, no dia 15. O estado estima que 1 milhão de idosos acima de 70 anos, e pessoas com alto grau de imunossupressão, receberão a dose de reforço. “Estão incluídos na nova vacinação: pacientes com imunodeficiência primária grave, em quimioterapia para câncer, transplantados com uso de drogas imunossupressoras, portadores de HIV com uma contagem de células CD4 abaixo de 200 por milímetro cúbico, usuários do corticóide prednisona ou equivalente em doses acima de 20m por dia por mais de duas semanas, usuários de drogas modificadoras da resposta imune, pacientes em hemodiálise, pacientes com doenças reumatológicas, auto inflamatórias e intestinais inflamatórias graves". Detalhou a Secretaria de Saúde por nota.
Na Paraíba ainda não foi definido o início da vacinação, apenas o público-alvo, ou seja, idosos maiores de 70 anos. “A Paraíba segue rigorosamente as orientações do Programa Nacional de Imunização (PNI), por isso ainda aguardamos informações detalhadas a respeito da aplicação da dose de reforço”. Informou a Secretaria de Saúde da Paraíba.
O infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, esclarece que o intercâmbio de vacinas heterólogas é seguro e pode ser ainda mais eficaz, de acordo com estudos. “Esquemas alternativos podem se traduzir por respostas imunes mais robustas, em função de um estímulo no sistema imunológico por mais uma via diferente através dessas vacinas de plataformas diferentes”.
Em relação às reações que a vacina pode provocar, o infectologista disse que são semelhantes aos que se sente quando a imunização é feita por doses iguais e garante “não há porque temer efeitos colaterais mais importantes”.
Ele também afirma que estudos com a vacina da Pfizer e Astrazeneca não demonstraram respostas inferiores em relação aos esquemas de vacinação homólogos. “Temos a necessidade de revacinação de boa parte da população, mais imunossuprimida ou idosa, e essas vacinas de plataforma de RNA mensageiro, como a Pfizer, se mostraram mais imunogênicas, ou seja, com uma resposta imune melhor, então ela tem sido a opção para esse grupo que vai receber a dose de reforço."
Em nota publicada na última quarta-feira (25), o Ministério da Saúde afirmou que a dose reforço vale para “quem tomou qualquer vacina contra a Covid-19 no Brasil e será realizado, preferencialmente, com uma dose da Pfizer. Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou Astrazeneca”. O ministério também definiu que a dose de reforço para idosos acima de 70 anos precisa ter um intervalo de 6 meses desde a última dose (segunda dose ou dose única em casa da vacina Janssen). Para imunossuprimidos o intervalo deve ser de pelo menos 28 dias.
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