Data de publicação: 28 de Outubro de 2022, 17:15h
LOC.: Mais de 10 milhões de reais foram apreendidos pelas forças de segurança durante o período eleitoral de 2022. Os dados foram divulgados pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (28), no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN).
TEC./SONORA: Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública
(4'52"): "Nós tivemos aí mais de 10 milhões de reais apreendidos em dinheiro vivo pelas polícias entre um pouquinho antes do primeiro turno e até a chegada do segundo turno. Informações de todos os lados de que esse recurso -- claro, as investigações estão em andamento, outras já foram concluídas --, eram recursos utilizados para compra de voto. Isso fere de morte o direito de livre votar do povo brasileiro e a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal estarão extremamente atentas a esse tipo de crime no Brasil. Isso não será admitido, isso não será tolerado"
LOC.: Desse montante citado pelo ministro, R$ 5,8 milhões foram recolhidos pela Polícia Rodoviária Federal, e os demais da Polícia Federal – R$ 4,4 milhões entre valores e bens –, e das forças de segurança estaduais. O período de referência é entre o dia 15 de agosto, início do período eleitoral, até a mais recente atualização nesta sexta.
Neste segundo turno, decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de permitir a gratuidade do transporte público significaram novos desafios para a pasta.
TEC./SONORA: Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública
(9'25"): "Tiveram algumas decisões do Supremo, eu tive conhecimento ao longo da semana, e as instituições foram se adequando a isso, ao transporte de eleitores, né, que agora tem algumas mudanças. Não nos cabe aqui comentar a decisão, mas temos que cumprir a decisão, mas nós vamos cumprir por óbvio que da melhor forma possível e atentando também para a segurança das pessoas, porque muitas vezes o transporte é feito de uma forma totalmente sem segurança, totalmente que põe a vida e a integridade dessas pessoas em risco".
LOC.: Sobre um possível adiamento das eleições motivado pelas denúncias de falta de inserções em rádios de diversas regiões do país, Torres foi taxativo.
TEC./SONORA: Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública
(14'37"): "Não houve nenhum tipo de conversa sobre isso, isso não faz parte da entrevista mas da nossa parte eu digo que não tratamos esse assunto com o presidente".
LOC: As denúncias foram feitas pela campanha do presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro. Os advogados do chefe do Executivo nacional entraram com uma ação no TSE pedindo a suspensão da propaganda de rádio da coligação adversária, baseada em relatório entregue por empresa contratada. O ministro Alexandre de Moraes, presidente da Justiça Eleitoral, no entanto, considerou inepta a representação. O ministro alegou que o pedido, abre aspas, “é deduzido de maneira totalmente vaga e genérica, buscando uma tutela final, a rigor, indeterminada; sem, contudo, se fazer acompanhar das provas necessárias à demonstração do quanto alegado”, fecha aspas.
O caso foi remetido ao STF e o presidente anunciou, na última quarta-feira (26), que vai recorrer da decisão de Moraes.
E esta sexta-feira marca também o último dia para debates políticos, para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, e para a divulgação paga, na imprensa escrita, referente ao segundo turno das Eleições 2022, conforme institui a legislação eleitoral.
Com colaboração de Sophia Stein, reportagem, Álvaro Couto.