LOC.: Um levantamento da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto, a Abcon, mostra que as operadoras privadas de saneamento possuem, até o momento, 199 contratos firmados em várias partes do país.
No estado de Mato Grosso, o município de Rosário Oeste, que tem cerca de 17 mil habitantes, conta com investimento de R$ 410 mil. Para a superintendente técnica da Abcon, Ilana Ferreira, a atuação das empresas privadas no saneamento traz mais eficiência para o setor.
TEC./SONORA: Ilana Ferreira superintendente técnica da Abcon
“No caso da operação privada, a tarifa é definida antes, e a atuação com as metas de qualidade, atendimento e investimento são atendidas e cumpridas do ponto de vista contratual.”
LOC.: Outro levantamento que trata da situação do saneamento básico foi divulgado pela CNI. De acordo com o balanço, até 2026, dez desestatizações serão conduzidas pelo BNDES ou municípios. Para este ano, estão previstas seis concessões e PPPs de empresas estaduais e autarquias microrregionais.
Na avaliação do especialista em Infraestrutura da CNI, Matheus de Castro, a participação privada vai garantir a oferta de mais qualidade e estimular a ampliação dos serviços do setor público.
TEC./SONORA: Matheus de Castro, especialista em Infraestrutura da CNI
“Sabemos das dificuldades que o setor público encontra há mais de uma década na realização desses investimentos, e isso penaliza muito nossa capacidade de modernizar nossa infraestrutura. Então, precisamos aumentar a participação privada na gestão dos ativos de infraestrutura. Mas, apesar de o caminho ser esse, sabemos da importância de aumentar também os investimentos públicos. Nós investimos tão pouco que não podemos contar só com um tipo de investimento.”
LOC.: Após dois anos da entrada em vigor do novo marco legal do saneamento, em 2022, as operadoras privadas do setor ampliaram sua participação em 45%, na comparação com o ano passado.
Reportagem, Marquezan Araújo