Data de publicação: 30 de Abril de 2021, 03:00h, atualizado em 01 de Maio de 2021, 00:14h
LOC.: Estudos brasileiros que usam plasma convalescente para tratamento contra o coronavírus estão em fase final. A terapia consiste na transfusão do sangue (plasma) de uma pessoa que já foi infectada e está curada, para um paciente que ainda está em tratamento da Covid-19. Assim, os anticorpos produzidos pelo indivíduo recuperado fornecem imunidade ao paciente que enfrenta a doença.
Desde 2020, o Hemocentro de Brasília participa da pesquisa, juntamente com outras instituições brasileiras e até internacionais. O hematologista e chefe da divisão técnica do Hemocentro de Brasília, Alexandre Nonino, disse que os estudos ainda apresentam resultados divergentes.
TEC./SONORA: Alexandre Nonino, hematologista e chefe da divisão técnica do Hemocentro de Brasília
“Temos dados animadores e dados que não mostram melhoras no quadro, seja redução da evolução para casos graves, seja redução da mortalidade. Seguindo os estudos, provavelmente, para funcionar, ele deve ser usado precocemente nas infecções, até 72 horas do início dos sintomas.”
LOC.: A infectologista Ana Helena Germóglio explica que os riscos da transfusão de plasma convalescente são os mesmos de transfusão convencional, e que o receptor pode apresentar reações adversas.
TEC./SONORA: Ana Helena Germóglio, infectologista
“Todo plasma e sangue coletado passa por testagem para hepatite B, hepatite C, hepatite A, sífilis, HIV, HTLV. A transfusão de plasma pode levar a alguma alergia porque existem anticorpos ali dentro. Existem riscos de síndrome respiratória aguda e complicação cardíaca.”
LOC.: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde autorizam o uso e experimentos realizados a partir do plasma sanguíneo, também assegurado por lei. Porém, as instituições lançaram a nota técnica 33/2021, que atualiza as recomendações sobre o uso de plasma convalescente de indivíduos vacinados contra a Covid.
NOTA
LOC.: Os estudos brasileiros que usam plasma convalescente para tratamento contra o coronavírus estão em fase final. A terapia consiste na transfusão do sangue de uma pessoa que já foi infectada e está curada para um paciente que ainda está em tratamento da Covid-19. Assim, os anticorpos produzidos pelo indivíduo recuperado fornecem imunidade ao paciente que enfrenta a doença.
Desde 2020, o Hemocentro de Brasília participa da pesquisa, juntamente com outras instituições brasileiras e até internacionais. Os resultados têm se mostrado divergentes, sendo funcional apenas em pacientes em início de tratamento contra o coronavírus.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde autorizam o uso e experimentos realizados a partir do plasma sanguíneo, também assegurado por lei. Porém, as instituições lançaram a nota técnica 33/2021, que atualiza as recomendações sobre o uso de plasma convalescente de indivíduos vacinados contra a Covid.
Segundo nota da Anvisa, “até o presente momento, os estudos de eficácia do uso de plasma convalescente para o tratamento de pacientes com Covid-19 são preliminares, carecendo de mais evidências controladas para comprovação de uso terapêutico”.
Reportagem, Laísa Lopes